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RESENHA DA BOLSA - HARAMOTO -  QUARTA-FEIRA 14/01/2015

ÁSIA: A turbulência persistente nos mercados de commodities tem inflamado a aversão ao risco na maioria dos mercados acionários da Ásia nesta quarta-feira, com Tóquio e Sydney renovando novas mínimas, após os stocks americanos recuarem modestamente, revertendo os ganhos anteriores, com ações de energia caindo na sequência da queda dos preços mais baixos das commodities.

Contribuiu para o sentimento, a notícia de que o Banco Mundial reduziu sua previsão de crescimento mundial para 2015 e 2016. O líder global de desenvolvimento prevê um crescimento global de 3% para este ano, abaixo da expectativa de 3,4% feito em junho, com as perspectivas econômicas decepcionantes na zona do euro, Japão e algumas das principais economias emergentes susceptíveis de compensar o benefício de preços mais baixos do petróleo.

Afetada por uma moeda mais forte, Nikkei do Japão fechou com baixa de 1,71%, em seu nível mais baixo em quase um mês. O dólar americano foi buscar 117,1 ienes no final do dia, em comparação com 117,8 no fechamento de terça-feira, atingindo novamente os exportadores. Peso pesados do índice como ​​Softbank e Fast Retailing também caíram 2,6 e 3,8%, respectivamente. O último, após a sua marca de roupas, Uniqlo, ser criticado por más condições de trabalho em suas fábricas chinesas. Enquanto isso, o gabinete do primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe aprovou um orçamento recorde de $ 812.000.000.000 para o ano fiscal com início em 01 de abril, enquanto corta novos empréstimos pelo terceiro ano consecutivo em uma tentativa de equilibrar o crescimento e a reforma fiscal.

O referencial da Austrália, S & P ASX 200, caiu  0,95%, galgando o terceiro declínio consecutivo esta semana, com fraqueza nos setores relacionados à commodities. O minério de ferro caiu abaixo de US $ 70 por tonelada e grandes mineradoras definharam; Fortescue Metals despencou quase 9%, enquanto Rio Tinto e BHP Billiton terminaram em baixa de 3,3 e 2,8%, respectivamente. Oz Minerals e PanAust tiveram fortes perdas de 12 e 10% cada, depois que o cobre atingiu seu nível mais fraco desde junho de 2009 na London Metal Exchange. A queda nos preços do cobre afetou o dólar australiano, que caiu quase 1%, buscando 0,8095 dólar contra o dólar americano. Whitehaven Coal ganhou um novo impulso com notícias de que suas vendas de carvão  até dezembro 31, atingiram um recorde em três meses. As ações da mineradora avançaram 1,3%.

O setor de energia teve o melhor desempenho na bolsa local com os caçadores de pechinchas entrando em ação. Santos superou seus colegas produtores de energia ao subir 2%, após seu presidente-executivo sinalizar que a vendas de ativos estão sendo consideradas em meio a queda dos preços do petróleo. Woodside Petroleum, o maior produtor de petróleo da Austrália, caiu 0,5%.

Depois de subir 37% em apenas três meses, alguns dos maiores bancos do mundo estão azedando as bolsas chinesas. Citigroup foi o último a cortar sua previsão, juntando-se ao rebaixamento do HSBC, Bocom Internacional e UBS, reduzindo a sua classificação  de overweight para neutro em meio à preocupação de que essas valorizações estão pouco atraente. Os investidores no exterior estão vendendo ações do continente, através do Shanghai-Hong Kong Exchange Link.

O Shanghai Composite caiu 0,37% em meio à humor deprimido dos mercados asiáticos. Entre os perdedores, setor de energia sofre com a queda prolongada do petróleo; PetroChina e China Oilfield Services fechou com queda de quase 3% cada. O setor bancário diminuiu as perdas. Bank of China subiu 3,6%, Bank of Communication e China Construction Bank subiram quase 3% cada e em Hong Kong, o Hang Seng inverteu os ganhos e fechou em queda de 0,43%, na sequência de um discurso anual  do diretor executivo da cidade. CY Leung, que abordou questões sobre a reforma política e habitação, a primeira desde protestos pró-democracia atingiu a cidade no final de 2014. Papeis ligados ao setor imobiliário estiveram em foco; Wheelock e Sun Hung Kai Properties caíram 2 e 1,5% cada, enquanto Cheung Kong Holdings perdeu 0,6%.

EUROPA: As bolsas europeias caem nesta manhã, com a continuidade da turbulência nos mercados globais de commodities, pesando sobre os mercados acionários globais.

O pan-europeu Euro Stoxx 600 cai 1,2%, depois que um alto funcionário do tribunal da União Europeia disse que o programa do banco central da região para comprar títulos soberanos através de transações monetárias está "em princípio", em  linha com o que foi tratado. Ações de energia e de recursos postam as maiores perdas entre os 19 blocos no índice.  Rio Tinto Group e BHP Billiton, as maiores empresas de mineração do mundo, caem mais de 5%. Total, BP e Royal Dutch Shell perdem mais de 2%.

Além da queda dos preços do petróleo, que atingiu uma baixa de quase seis anos de baixa, os preços do cobre também atingiram uma baixa de cinco anos. Empresas de mineração de cobre como  Antofagasta e Glencore recuam 10%, 9,2%, respectivamente.

O Banco Mundial cortou sua previsão para o crescimento global este ano em meio à deterioração das perspectivas na Europa e China, maior consumidor mundial de cobre. O preço do metal despencaram 8,7%, a maior queda desde julho de 2009. O níquel cai para uma baixa de 11 meses.

Está prevista uma conferência de imprensa na quarta-feira, antes do Fórum Econômico Mundial (WEF), a ser realizada na próxima semana em Davos, na Suíça, com a presença de lideranças, que  discutirão questões econômicas e problemas como a pobreza, conflitos e mudanças climáticas sobre a economia mundial.

AGENDA ECONÔMICA:
EUA:
11h30 - Retail Sales (mede as vendas totais do mercado varejista, desconsiderando o setor de serviços) e o Core Retail Sales (exclui as vendas de automóveis e gás);
11h30 - Import Prices (preços de bens importados, excluindo petróleo);
13h00 - Business Inventories (relatório sobre as vendas e os estoques do setor atacadista);
13h30 - Crude Oil Inventories (Relatório de Estoques de Petróleo dos Estados Unidos);
16h01 - 30-y Bond Auction (leilão de títulos de 30 anos do governo dos EUA);
17h00 - Livro Bege do Fed (relatório que mostra o desempenho atual da economia do país);

ÍNDICES MUNDIAIS (7h50):

ÁSIA
Nikkei: -1,71%
Austrália: -0,95%
Hong Kong: -0,43%
Shanghai Composite: -0,37%

EUROPA
Frankfurt - Dax: -0,46%
London - FTSE: -1,47%
Paris CAC -0,62%
IBEX 35: -0,19%
FTSE MIB: -0,05%

COMMODITIES
BRENT: -2,07%
WTI: -1,77%
OURO: -0,29%
COBRE: -4,73%
NIQUEL: -2,85%
SOJA: -0,87%
ALGODÃO: -0,43%

ÍNDICES FUTUROS
Dow: -0,33%
SP500: -0,34%
NASDAQ: -0,24%

Observação: Este material é um trabalho voluntário e gratuíto, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. Atenção para o horário da disponibilização dos dados desse relatório. Você pode acompanhar também no http://br.investing.com/ e no http://haramoto.blogspot.com. Siga também no twitter: http://www.twitter.com/haramototrader

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