RESENHA DA BOLSA - QUARTA-FEIRA 02/03/2016
ÁSIA: As bolsas asiáticas começaram março de forma oposta ao início do ano e subiram forte nesta quarta-feira, seguindo os impulsos em Wall Street, com sinais de melhoras na economia dos EUA ajudando a restaurar a confiança dos investidores e aliviando o nervosismo sobre o crescimento global fraco.
O rali começou a se formar na sessão anterior após Pequim reduzir a quantidade de reservas que os bancos precisam segurar, ignorando os dados de atividade fabril chinês decepcionantes, fazendo com que investidores busquem nas próximas reuniões do Banco Central Europeu e do Banco do Japão por sinais de mais estímulos monetários globais. A recuperação foi ganhando força também depois de um rali nos preços do petróleo e dados econômicos positivos nos EUA, o que ajudaram a acalmar os medos de uma desaceleração global.
O índice japonês Nikkei subiu 4,26%, com o iene enfraquecendo diante da moeda americana e consequentemente chegando próximo do nível de 114 em relação ao dólar e fechar a 113,90, favorecendo amplamente os exportadores. Toyota subiu 3,92%, a Sony avançou 5,39%, e Honda saltou 6,46%
Na China as bolsas subiram apesar da agência de classificação Moody's Investor Service rebaixar a perspectiva do crédito da China de estável para negativo, citando o aumento da dívida do governo, saídas de capitais e incertezas sobre a capacidade das autoridades de implementar reformas, mas confirmou a classificação Aa3, mas o mercado não tomou conhecimento e Shanghai Composite subiu 4,24% no continente chinês, enquanto em Hong Kong o índice Hang Seng subiu 3,07%.
O Banco Popular da China (PBOC) definiu a taxa média de quarta-feira do yuan em 6,5490 ante correção de 6,5385 de terça-feira. Foi a menor correção desde 2 de fevereiro, fechando em 6.5516, ante 6,5432 de terça-feira.
Outros mercados seguiram o exemplo. Na Coreia do Sul, o Kospi subiu 1,60% e na Austrália, o S & P / ASX 200 fechou com alta de 2,01%, rompendo a barreira dos 5.000 pontos e terminando no ponto mais alto em um mês, em 5,021.20 pontos.
O dólar australiano subiu 0,88%, para 0,7237 em relação ao dólar, após dados mostrarem que a economia da Austrália expandiu 0,6% no quarto trimestre de 2015 e 3,0% ante o ano anterior, em comparação com a previsão dos economistas de 0,4 e 2,5%, respectivamente.
Analistas do Goldman Sachs disseram em nota que os dados do PIB provavelmente fornecerão um alívio para o Reserve Bank of Australia (RBA), que manteve a sua taxa de juro inalterada em 2% nesta semana, pois podem proporcionar uma maior flexibilização monetária se necessária, no entanto, a demanda privada fraca e uma deterioração provável nas condições do mercado de trabalho não podem ser ignorada.
O petróleo perdeu força durante a noite, mas os fortes ganhos no sub-índice de energia, o melhor desempenho no dia, ajudou a levantar a bolsa local. Woodside Petroleum disparou 5,1%. Entre as mineradoras, BHP Billiton terminou 4,4% maior, em US $ 16,37, enquanto Rio Tinto subiu 4,7% para US $ 43,30.
Os grandes perdedores foram as produtoras de ouro. Newcrest Mining registrou queda de 6,2% para US $ 17,15 e Northern Star Resources caiu 7,4% para US $ 3,74, com a queda do preço à vista do ouro durante a sessão asiática.
EUROPA: Os mercados europeus abriram em alta nesta quarta-feira, seguindo os ganhos nos EUA e na Ásia, mas o petróleo segue ligeiramente sob pressão de venda, tendo em vista um aumento dos preços na semana passada junto com outras commodities, incluindo metais, o que tem ajudado os investidores à ignorar alguns dos dados negativos de manufatura e dado suporte aos mercados.
Analistas disseram que a estabilização do yuan chinês também ajudou os mercados, mas a grande questão é por quanto tempo as autoridades chinesas vão tolerar esta recuperação do yuan antes que os mercados começam a ficar nervoso com outra desvalorização, especialmente se os dados da economia chinesa não mostra sinais de recuperação nos próximos dias.
Entre os dados econômicos, a taxa de desemprego da Espanha subiu 0,05% em fevereiro em relação ao mês anterior, com 4,15 milhões de pessoas desempregadas. O presidente da Associação Bancária Espanhola, José María Roldán, disse que o importante é que as taxas de empregos estão em franco processo de recuperação em relação a antes da crise a um ritmo de 3% e que o desemprego está diminuindo rapidamente.
No Reino Unido, o FTSE 100 avança, juntamente com a recuperação global, caminhando em direção à quinta alta consecutiva, fechando em seu mais elevado desde 31 de dezembro.
A operadora de câmbio LSE faz uma pausa e cai 1,64%, mas o destaque positivo fica por conta das ações de mineração que avançam com a especulação de que funcionários do governo da China anunciarão medidas de reforma ainda esta semana. Melhoria no setor imobiliário da China pode reforçar a demanda por commodities. A produtora de cobre Anglo American sobe 2.12% e Antofagasta salta 3,18% enquanto as gigantes BHP Billiton e Rio Tinto sobem 2,98 e 1,75%, respectivamente.
Entre as notícias vindo dos EUA, a agenda política está dominando as notícias nesta quarta-feira seguinte à "Super Terça-Feira", a série de primárias que ajudarão a decidir os candidatos democratas e republicanos para presidente.
AGENDA DO INVESTIDOR:
EUA:
10h15 - ADP Non-Farm Employment Change (número de postos de trabalho no setor privado dos EUA);
12h30 - Crude Oil Inventories (relatório sobre o nível das reservas americanas de petróleo);
16h00 - Beige Book (Livro Bege do Federal Reserve - relatório sobre o desempenho atual da economia do país);
Índices Mundiais - 7h10:
ÁSIA
Nikkei: +4,11%
Austrália: +2,01%
Shanghai: +4,24%
Hong Kong: +3,07%
EUROPA
Frankfurt - Dax: +0,28%
London - FTSE: +0,14%
Paris CAC: +0,34%
IBEX 35: +1,13%
FTSE MIB: +0,55%
COMMODITIES
BRENT: -0,34%
WTI: -,041%
OURO: +0,06%
COBRE: +1,12%
SOJA: +0,06%
ALGODÃO +0,50%
MILHO +0,42%
ÍNDICES FUTUROS
Dow: -0,20%
SP500: -0,21%
NASDAQ: -0,10%
OBSERVAÇÃO: Este material é um trabalho voluntário e gratuito, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado e a europeia no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário da disponibilização dos dados.
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