RESENHA DA BOLSA - QUARTA-FEIRA 08/06/2016

ÁSIA: Em meio a reação inicial diante dos dados comerciais da China, a maioria das principais bolsas asiáticas fecharam em queda, mas o setor de energia adicionou otimismo depois que os preços do petróleo estabeleceram-se acima dos US $ 50 o barril na terça-feira pela primeira vez em quase 11 meses.

O Nikkei do Japão reverteu as perdas da manhã para fechar em alta de 0,93%, a 16,830.92 pontos, depois que o iene se enfraqueceu contra o dólar. O par dólar-iene foi negociado a 107,06, em comparação com os 106,7 da sessão anterior de 106,7. Analistas atribuem a queda a diminuição das perspectivas de aumento das taxas de juros nos EUA e incertezas sobre o próximo movimento do Banco do Japão na próxima reunião de política no final deste mês. O primeiro-ministro Shinzo Abe aparece como a única autoridade entre os formuladores de política monetária que deseja propor um pacote de estímulo econômico no outono, após as eleições de julho.

Mercados da China continental fecharam em baixa, após a notícia de que as exportações chinesas caíram 4,1% em maio, em comparação com queda de 1,8% em abril, enquanto as importações caíram 0,4%, a menor queda desde o final de 2014, bem menos que a queda de 10,9% em abril. A queda nas exportações foram menores do que os 4,6% apontado por uma pesquisa de economistas do The Wall Street Journal e havia expectativa de uma queda de 6% nas importações. O Shanghai Composite recuou 0,32%, em 2,926.69 pontos e o Shenzhen Composite também perdeu 0,32%. Em Hong Kong, o índice Hang Seng caiu 0,14%.

Investidores estão cautelosos antes de mais lançamentos econômicos nos próximos dias, incluindo dados sobre a inflação chinesa, lucros industriais e novos empréstimos em yuans. Trades também relutam em se posicionar com grande monta frente dois eventos importantes: Na quarta-feira, o MSCI deve anunciar se vai incluir ações da China continental em seus índices. Também na próxima semana, o Federal Reserve dos EUA decidirá sobre as taxas de juros. O mercado não espera que o banco aumente sua taxa, embora o Fed pudesse fazer comentários que influenciassem as expectativas sobre as suas decisões futuras nas reuniões de julho, setembro e dezembro.

As ações chinesas avançaram na semana passada em meio à especulações de que MSCI anunciará a inclusão das A-Shares negociadas no continente, mas o Shanghai Composite caiu cerca de 0,5% nesta semana. Os mercados do continente fechará na quinta e sexta-feira para as comemorações do Festival do Barco do Dragão, enquanto mercado de ações de Hong Kong só fechará na quinta-feira.

Na Austrália, o ASX 200 terminou praticamente estável em 5.369,97 pontos, com um declínio de 0,15% no setor financeiro, subíndice que representa quase a metade do índice. Moodys Investors Service disse que os bancos australianos enfrentam riscos maiores com o aumento dos preços das casas no país. A desaceleração dos preços dos imóveis e aumento da alavancagem das famílias "aumentam a sensibilidade dos bancos enfrentem riscos de uma baixa no mercado imobiliário e pode levar a potenciais impactos na atividade econômica. Mais cedo, dados divulgados mostraram que o valor de empréstimos à habitação da Austrália para o investimento em abril caiu 5% ante março, mas os financiamentos para proprietários aumentaram 1,7% no mês em uma base ajustada sazonalmente, apesar de estar abaixo da previsão de uma pesquisa da Reuters para uma alta de 2,5%. Os dados parecem em linha com as quedas nas aprovações de construção ao longo do primeiro semestre de 2016 e a visão de uma queda na construção de imóveis ao longo do ano e uma recessão mais profunda em 2017.

Em notícias corporativas, BHP Billiton concordou em vender sua participação majoritária no projeto de carvão IndoMet na Indonésia para seu parceiro local, a joint-venture Adaro Energy por US $ 120 milhões. Além disso, a BHP e a Glencore estão entre os concorrentes pelos ativos australianos de carvão da Anglo American por cerca de US $ 1,5 bilhões, segundo a Bloomberg, citando pessoas com conhecimento no assunto. BHP fechou 1,2% menor. A concorrente Rio Tinto, por sua vez, ofereceu-se para recomprar até US $ 3 bilhões de sua dívida, a segunda recompra em cerca de dois meses, mas mesmo assim  Rio fechou em baixa de 1,9%.

Fortescue caiu 3,95%, apesar do presidente e fundador Andrew Forrest dizer em uma conferência em Perth que estava otimista com o setor e o minério de ferro continuar a subir, saltando 2,8% para US $ 52,54 a tonelada.

Os preços do petróleo avançaram durante o horário asiático, com interrupções de fornecimento na Nigéria e prováveis quedas  ​​nos estoques de petróleo dos EUA sustentando o setor de energia da região. Na Austrália, Santos subiu 2,6%, Oil Search avançou 2,5% e no Japão, Japan Petroleum subiu 1,76%. Na China continental, Sinopec subiu 0,16%.

EUROPA: As bolsas europeias negociam em baixa na quarta-feira em meio a preocupações sobre a saúde da economia global. O Banco Mundial reduziu sua previsão de crescimento global para 2016 para 2,4%, ante 2,9% estimado em janeiro, citando "crescimento lento nas grandes economias, baixa dos preços das commodities, comércio global fraco e diminuição dos fluxos de capital como razões para a revisão.

O Stoxx Europe 600 cai 0,48% depois do índice pan europeu subir 1,1% na terça-feira. Todos os setores recuam, exceto os setores de petróleo e gás e concessionárias públicas. Entre as ações de serviços públicos, E.ON sobe 3,52% e RWE adiciona 3,64%. O Banco Central Europeu comprou títulos de utilidade pública de 5 anos, de acordo com um relatório Reuters. O banco central lançou nesta quarta-feira, o seu programa de compra de títulos corporativos. Os rendimentos sobre uma série de obrigações soberanas europeias atingiram níveis recordes nesta terça-feira. Na quarta-feira, os títulos alemães de 10 anos caíram menos de 1 ponto base em 0,040%, segundo dados da Tradeweb.

No Reino Unido, o FTSE 100 oscila entre altas e baixas nesta quarta-feira após três dias consecutivos de ganhos. Na terça-feira, o índice subiu 0,2%. Mineradoras sobem com a divulgação de que as quedas nas importações e exportações chinesas em maio não foram tão íngreme como esperado. A produtora de cobre Fresnillo sobe 2,08%, Glencore sobe 2,79% e Anglo American avança 2,06%. Pesos pesados ​​de minério de ferro BHP Billiton e Rio Tinto sobem 0,92 e 0,62%, respectivamente. Entre decliners, Royal Bank of Scotland cai 1,61% e a emissora Sky recua 1,43.

A produção industrial do Reino Unido cresceu 2% em abril, o ritmo mensal mais forte em quase quatro anos, uma surpresa positiva após indicadores anteriores tinham apontarem para uma queda maior durante o mês. Em comparação com o mesmo mês do ano passado, a produção industrial cresceu 1,6%, igualando ao ritmo de outubro, que foi o mais forte em dois anos. Economistas consultados pelo The Wall Street Journal estavam esperando uma queda na produção.

EUA: A temporada das primárias presidenciais efetivamente chegou ao fim nesta terça-feira. Donald Trump já é o candidato republicano e Hillary Clinton para os democratas. Os futuros dos EUA apontam para uma abertura ligeiramente positiva em Wall Street.

AGENDA DO INVESTIDOR:
EUA:
11h00 - JOLTS Job Openings (pesquisa mensal em diferentes indústrias em que analisa contratações, abertura de emprego, demissões, recrutamentos, etc);
11h30 - Crude Oil Inventories (Relatório de Estoques de Petróleo dos Estados Unidos);
14h01 - 10-y Bond Auction (leilão de títulos de 10 anos do governo americano);

ÍNDICES MUNDIAIS - 7h40

ÁSIA
Nikkei: +0,93%
Austrália: -0,02%
Xangai Composite: -0,32%
Hong Kong: -0,14%

EUROPA
Frankfurt - Dax: -0,49%
London - FTSE: -0,01%
Paris CAC 40: -0,38%
Madrid IBEX: -0,63%
FTSE MIB: -0,26%

COMMODITIES
BRENT: +1,36%
WTI: +1,41%
OURO: +0,66%
COBRE: +0,46%
SOJA: +0,83%
ALGODÃO: -0,52%
MILHO: +0,41%

ÍNDICES FUTUROS
Dow: +0,13%
SP500: +0,18%
NASDAQ: +0,11%

OBSERVAÇÃO: Este material é um trabalho voluntário, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado e a europeia no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário da disponibilização dos dados.