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RESENHA DA BOLSA - SEGUNDA-FEIRA 12/09/2016

ÁSIA: As bolsas asiáticas caíram nesta segunda-feira depois de uma forte baixa nos principais índices americanos na sexta-feira em meio à preocupações com bancos centrais. O BCE não estendeu seu programa QE, provocando uma onda de vendas nos mercados de obrigações, que alimentou a curva de títulos dos EUA, além de que o Fed pode aumentar a sua taxa na reunião dos dias 20 e 21 de setembro. Na sexta-feira, o Presidente do Fed de Boston, Eric Rosengren, disse que a economia dos EUA provou ser mais resistente a riscos e que um aperto gradual é o mais apropriado. Mercados emergentes da Ásia são particularmente vulneráveis ​​a um aumento das taxas nos EUA, que poderia levar a uma fuga de capitais destas áreas menos desenvolvidas, mas alguns analistas dizem que o forte crescimento e o potencial de lucro mais rápido na Ásia vai temperar qualquer retirada pesada.

A fraqueza nas ações asiáticas foi acompanhado por quedas consideráveis ​​nas commodities, que pressionou as ações de empresas ligadas ao setor. Contratos futuros de níquel de três meses caíram 3,5% na Bolsa de Metais de Londres, enquanto o petróleo estende as quedas de sexta-feira a tarde nos EUA.

O ASX 200 da Austrália fechou em queda de 2,24%, em 5.219,1 pontos, em níveis vistos a dois meses atrás, pesada por uma queda de 3% do setor da energia, 3,23% do subíndice materiais e 2,01% do setor financeiro. O rendimento de títulos de 10 anos da Austrália saltou 2% pela primeira vez desde junho e os investidores correram das empresas altamente alavancadas e aqueles que tenham sido beneficiado historicamente pelas baixas taxas de juros. Entre os mais atingidos, Woodside Petroleum recuou 2,7%, as mineradoras BHP, Newcrest e Fortescue caíram 4,3, 4,9 e 5%, respectivamente e todos os grandes bancos recuaram.

O índice de referência japonês Nikkei 225 terminou 1,73% menor, em 16.672,92 pontos; Destaque para as seguradoras japonesas, que ganharam na expectativa de que seus investimentos no exterior irão produzir retornos mais elevados. Na frente de dados, o núcleo dos pedidos de máquinas do Japão subiu 4,9%, acima da expectativa de uma retração de 2,8%, sugerindo que as despesas de capital privado está aumentando.

O Kospi da Coreia do Sul terminou em queda de 2,28%, ou 1.991,48 pontos, ante níveis acima de 2.040 pontos da semana passada, novamente pesada pela Samsung, cujas ações respondem por grande parte do benchmark e caíram 6,98% desta vez, estendendo as perdas da sessão anterior quando várias companhias aéreas pediram a todos os clientes a pararem de usar os smartphones Galaxy Note 7 em meio a preocupações com baterias propensas a pegar fogo.

Mercados da China continental também recuaram: O Shanghai Composite fechou em queda de 1,88%, em 3.020,93 pontos e o Shenzhen Composto derramou 2,65%. Em Hong Kong, o Hang Seng index deslizou 3,38%. Mercados de Singapura, Malásia, Indonésia, Sri Lanka e Filipinas ficaram fechados por conta de feriados.

EUROPA: As bolsas europeias recuam, com investidores fugindo ativos de risco em meio às expectativas de que as taxas de juro será elevadas neste mês nos EUA. A subida das taxas de juros podem prejudicar o apetite por ativos europeus, com investidores devendo optar por procurar investimentos de maior rendimento nos EUA. O Stoxx Europe 600 cai 1,64% na sequência da queda de 1,1% de sexta-feira. O setor de recursos básicos tem a pior performance no pan índice. Ações de commodities estão sob pressão na sequência de uma queda nos preços do petróleo e de metais, com perspectivas de que um aumento das taxas de juro nos EUA irá fortalecer o dólar e isso torna as commodities nominadas em dólares mais caro para as empresas. Um aumento no número de sondas nos EUA também ajudou no declínio dos preços do petróleo.

No Reino Unido, o FTSE 100 recua, após recuar 1,2% na sexta-feira. O Banco da Inglaterra, que início do mês passado expandiu o seu programa de estímulo monetário, emitirá sua próxima decisão na quinta-feira. Entre as mineradoras, Anglo American despenca 5,4%, Antofagasta recua 4,6% e Glencore perde 3,7%. Entre as gigantes, BHP Billiton afunda 5,1% e Rio Tinto cai 3%.

EUA: Wall Street parece estar definido para mais um dia de carnificina nos mercados nesta segunda-feira, com o temor de que o Federal Reserve em breve aumentará as taxas de juros, assustando investidores de ativos de risco como ações. Investidores aguardam o discurso da membra do Fed, Lael Brainard, na esperança de que ela pudesse dissipar as preocupações sobre o iminente aumento da taxa de juros. Brainard deve falar no Conselho de Chicago para Assuntos Globais, enquanto o presidente do Fed de Atlanta, Dennis Lockhart, vai dar um discurso sobre a política monetária na Associação Nacional de Economia Empresarial, em Atlanta e mais tarde, o Presidente do Fed de Minneapolis, Neel Kashkari, falará em um seminário em St. Paul. Serão os últimos discursos antes do "período de silêncio" que antecede a reunião que ocorrerá nos dias 20 e 21 de setembro.

A probabilidade de um aperto na taxa nessa reunião subiu para 27% na sexta-feira, ante 18% na quinta-feira, na sequência dos comentários de Rosengren, de acordo com o CME. O índice VIX de volatilidade dispara, marcando seu maior movimento desde o Brexit do Reino Unido em junho.

Investidores também estão atentos à candidata presidencial democrata Hillary Clinton, após um vídeo mostrou a ela tropeçando numa cerimônia de domingo. Um médico disse que Clinton foi diagnosticado com pneumonia na sexta-feira, mas o incidente tem alimentado preocupações que irá impulsionar a campanha do candidato presidencial republicano Donald Trump, que é visto como uma ameaça aos mercados financeiros.

AGENDA ECONÔMICA:
EUA:
14h00 - Discurso da governadora do FOMC Lael Brainard;
14h01 - 10-y Bond Auction (leilão de títulos de 10 anos do governo americano);

CHINA:
23h00 -  Industrial Production (produção industrial);
23h00 - Chinese Fixed Asset Investment (mede o total de investimento como em fábricas, rodovias e imóveis, excetuando gastos rurais);
23h00 - Retail Sales (vendas a varejo);

ÍNDICES FUTUROS - 7h10:

Dow: -0,66%
SP500: -0,66%
NASDAQ: -0,84%

OBSERVAÇÃO: Este material é um trabalho voluntário, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado e a europeia no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário da disponibilização dos dados.

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