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RESENHA DA BOLSA - TERÇA-FEIRA 16/05/2017

ÁSIA: A maioria dos principais mercados asiáticos fechou em alta no pregão desta terça-feira, após salto nos preços do petróleo depois que os ministros de energia da Rússia e da Arábia Saudita, os dois maiores produtores do mundo, anunciaram que os cortes de produção deveriam ser prorrogados até março de 2018 e com investidores ignorando as notícias políticas do presidente Donald Trump.

Depois de cair por duas sessões seguidas, o Nikkei do Japão ganhou 0,25% para fechar em 19.919,82 pontos, depois de atingir níveis mais altos desde dezembro de 2015 no início da sessão. O bechmark japonês busca os 20.000 pontos e se o índice quebrar este nível, será a primeira vez que o faz desde o final de 2015. O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, disse que seu país continuará pressionando pelo acordo comercial trans-Pacífico e que espera a volta dos EUA ao pacto. O dólar fortaleceu pela segunda sessão consecutiva frente ao iene, buscando os 113,37. 

Do outro lado do Estreito Coreano, o Kospi terminou a sessão 0,2% maior, em 2.295,33 pontos e segue como um dos melhores desempenhos regionais, apesar do novo teste com míssil da Coreia do Norte na segunda-feira.

O australiano S & P / ASX 200 subiu 0,21% para terminar em 5.850,6 pontos, impulsionado por ganhos em seus subíndices de materiais e indústrias. Os preços das commodities, incluindo cobre e alumínio, acompanharam os movimentos no petróleo e isso ajudou as moedas ligadas a commodities como o "Kiwi" e o "Aussie". De manhã, o dólar australiano foi afetado pela minuta da reunião do Reserve Bank Australia (RBA), que mostrou preocupações sobre o mercado de trabalho, mas que estava certo de que a inflação iria melhorar até 2018. BHP subiu 1,2%, Fortecue avançou 2% e Rio Tinto fechou em alta de 1,2%.

Os mercados chineses do continente fecharam sem direção. O composto de Shanghai fechou em alta de 0,62% e o composto de Shenzhen subiu 2,061%. O índice de referência Hang Seng de Hong Kong contrariou a tendência regional e caiu 0,14%.

Enquanto o índice do dólar, que mede a moeda americana contra uma cesta de divisas estrangeiras, recuou para 98,76, ante 99 da semana passada. Ainda em relação ao mercado cambial. O euro subiu pela quarta sessão consecutiva e atingiu a marca de US $ 1,1011, seu maior nível desde as eleições francesas. 

EUROPA:  Os investidores europeus continuam preocupados com a segurança global nesta segunda-feira e digerem o último lote de ganhos corporativos. O pan-europeu Stoxx 600 recua 0,09%, com as principais bolsas apontando em direções opostas. 

O setor bancário figura na parte de baixo do benchmark no início da manhã. O fundo soberano GIC de Cingapura, que tinha investido na UBS durante a crise financeira para apoiar o banco em 2008, disse que cortou a sua participação no banco com perdas. As ações do banco suíço recua com a notícia. 

O euro sobe 0,5923% frente ao dólar, saltando para $ 1,1041, acima dos $ 1,0975 da segunda-feira em New York, seu nível o mais elevado desde novembro. O rali foi em parte devido à fraqueza do dólar e em parte por causa do otimismo com o encontro da chanceler alemão Angele Merkel com o recém presidente francês Emmanuel Macron. Merkel expressou estar aberta à mudanças de longo prazo para garantir o futuro da União Europeia. Todos acreditam que a vitória eleitoral de Macron poderá revitalizar a relação franco-alemã, que há muito tem sido o motor para os Estados membros vinculados à UE. Por outro lado, o secretário de Comércio Internacional da Grã-Bretanha, Liam Fox, disse nesta segunda-feira que o Reino Unido será um dos principais defensores do livre comércio, apesar de afastar da União Europeia. Fox enfatizou que a Grã-Bretanha não iria buscar políticas isolacionistas ao longo do processo "Brexit" e criticou outras nações pela desaceleração no comércio internacional.

A agência de estatísticas da União Europeia confirmou que PIB dos 19 membros da área monetária foi 0,5% mais alto do que nos três meses finais de 2016 e 1,7% mais alto do que no primeiro trimestre desse ano. As exportações de bens da zona do euro atingiram 202,3 mil milhões de euros (221,5 mil milhões de dólares), um aumento de 13% em relação ao mesmo mês de 2016. Embora as importações tenham subido a um ritmo ligeiramente mais rápido, isso não impediu o aumento do excedente para 30,9 Bilhões, o maior desde que os registros começaram em 1999. O superávit comercial da zona do euro com os EUA parece ter aumentado nos primeiros meses deste ano. O Eurostat também mostrou que a União Europeia de 28 membros exportou  US $ 30,6 bilhões a mais em mercadorias para os EUA do que importou da maior economia mundial no primeiro trimestre, um aumento de 23,6 bilhões de euros no mesmo período de 2016.

No Reino Unido, dados mostraram que os preços ao consumidor subiram 2,7% em abril, mais do que os 2,5% esperados e os 2,3% de março. A inflação subiu no ritmo mais rápido em mais de três anos, o que sugere que os britânicos estão enfrentando um aperto no padrão de vida bem no momento em que o país se aproxima de uma eleição geral e começa sua saída da União Europeia. A inflação começou sua ascensão após a votação do Brexit no ano passado, impulsionada pela depreciação íngreme pós-referendo da libra esterlina. Abril marca o terceiro mês consecutivo de inflação acima da meta, com os preços crescendo próximo do ritmo dos salários dos trabalhadores britânicos e isso sugere que a economia do Reino Unido, que depende fortemente da demanda doméstica, pode estar abrandando.

O índice FTSE 100, figura solitária no dia, sobe auxiliado pelos setores de bens de consumo e energia, enquanto os setores de tecnologia, concessionárias e indústrias recuam. O índice de referência de Londres fechou em um recorde de 7.454,37 pontos nesta segunda-feira, impulsionado por ganhos das ações de commodities. Esses ganhos vieram a alta dos preços do petróleo bruto que avançaram próximo das máximas de duas semanas após os ministros da energia da Arábia Saudita e da Rússia terem dito que apoiam uma extensão de nove meses para os cortes na produção da OPEP. Os preços do petróleo continuam a subir nesta terça-feira.

As mineradoras também avançam no início do pregão, mas em menor velocidade em relação à segunda-feira. Anglo American sobe 0,3%, Antofagasta sobe 0,6%, enquanto as gigantes BHP e Rio Tinto sobem 0,7 e 0,8%, respectrivamente. Em sentido contrário, Glencore recua 0,3%.


EUA: Os futuros de ações americanos lutaram para definir uma direção nesta terça-feira, após o SP 500 atingir marca acima de 2.400 pontos no fechamento de ontem. 

Numa explosiva notícia do Washington Post, o jornal disse que o presidente pode talvez, inadvertidamente ter revelado informações altamente confidenciais sobre o Estado islâmico ao governo russo durante seu encontro com autoridades russas na semana passada. O furo de reportagem diminui a chance de apoio dos republicanos a Trump e aumenta as preocupações da capacidade do presidente de completar um mandato de quatro anos. O presidente do Comitê de Relações Exteriores do Senado, Bob Corker, republicano do Tennessee, disse que a Trump e a Casa Branca estão em uma "espiral descendente". 

A recusa dos republicanos em defender Trump na sequência da história de Post mostra que o apoio dos aliados partidários diminuiu e isso é prejudicial por conta da capacidade do presidente para alcançar sua agenda, entre outras consequências. Além disso, isso aumenta as chances dos democratas retomarem o controle da Câmara dos Deputados nas eleições no meio de 2018. Se isso acontecer, Trump enfrentaria um sério risco de processos de impeachment, o que um pequeno número de legisladores democratas já estão sugerindo. 

Nenhuma autoridade do Fed deve se pronunciar nesta terça-feira.

AGENDA DO INVESTIDOR:
EUA:
9h30 - Housing Starts (número de casas que começaram a ser construídas) e Building Permits (autorizações para a construção de imóveis foram concedidas);
10h15 - Industrial Production (produção industrial) e pelo Capacity Utilization Rate (capacidade utilizada);
11h00 - Mortgage Delinquencies (hipoteca sem pagamentos);

ÍNDICES FUTUROS - 7h00:
Dow: +0,08%
SP500: -0,02%
NASDAQ: +0,05%

OBSERVAÇÃO: Este  material é um trabalho voluntário, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado e a europeia no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário de disponibilização dos dados.

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