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RESENHA DA BOLSA - SEGUNDA-FEIRA 02/06/2018

ÁSIA: Os principais mercados asiáticos fecharam em acentuada queda nesta segunda-feira, primeiro dia de negociações do segundo semestre do ano, à frente de um iminente prazo, quando as tarifas tanto de Washington, quanto de Pequim devem entrar em vigor.

Os investidores continuam preocupados com as disputas comerciais que podem prejudicar o crescimento econômico global, apesar do fim de semana não trazer nenhuma notícia sobre as tensões tarifárias. O clima de cautela impera, a medida que as tensões comerciais entre os EUA e seus parceiros comerciais, principalmente a China, aumentam. As tarifas dos EUA sobre 34 bilhões de dólares de produtos chineses devem entrar em vigor em 6 de julho, enquanto a China está pronta para retaliar com o mesmo valor sobre produtos americanos.

Em Tóquio, o Nikkei afundou 2,21%, aos 21.811,93 pontos. As perdas foram generalizadas, com varejistas e o setor de alimentos entre os piores desempenhos. O setor varejista caiu 3,58%, com o peso pesado Fast Retailing perdendo 2,87%.

Em Seul, as perdas no Kospi aumentaram durante o dia. O índice recuou 2,35%, para 2,271.54 pontos, com perdas nos setores de tecnologia e manufatura arrastando o índice para baixo. A gigante Samsung Electronics apresentou ligeiros ganhos na manhã mas fechou em baixa de 2,36%, já a siderúrgica Posco fechou em baixa de 4,26%.

Na China, o composto de Xangai caiu 2,52%, para terminar em 2.775,77, não conseguindo sustentar a ligeira recuperação vista na sessão anterior, enquanto o Shenzhen Composite perdeu 1,58%%. As empresas blue chip registraram quedas maiores, com o índice CSI 300 caindo quase 3%. 

As novas quedas vieram com o enfraquecimento do yuan. A moeda chinesa foi negociada a 6,6503 por dólar, enquanto os números da atividade econômica chinesa mostraram sinais de estresse decorrentes da disputa comercial entre os EUA e a China, as maiores economias do mundo. O índice no índice PMI oficial de manufaturados da China, que mede a demanda por exportações chinesas, subiu para 49,8 em junho, ante 51,2 em maio. O índice PMI da Caixin/Markit PMI para a China caiu para 51,0, ante uma expectativa de 51,1. 

O S & P / ASX 200 da Austrália devolveu os ganhos iniciais, mas as quedas foram menores em comparação com outros mercados regionais. O índice fechou em baixa de 0,27%, em 6.177,80 pontos, com ações ligadas à consumo e os produtores de ouro registrando as maiores quedas. Entre as mineradoras australianas, BHP Biliton caiu 1,2%, Fortescue Metals recuou 0,3% e Rio Tinto caiu 0,2%.

O índice de ações da MSCI para a Ásia-Pacífico, excluindo o Japão, caiu 0,69%, mas permaneceu acima das mínimas de nove meses atingido na semana passada. 

Os mercados de Hong Kong ficaram fechados na segunda-feira por conta de um feriado.

Os principais mercados asiáticos seguem em baixa no ano. Em relação à sessão de segunda-feira, o índice de Xangai cai 13,9% e segue a caminho de seu pior ano desde 2011, quando o índice caiu mais de 20%. Outros mercados estão um pouco melhores, mas ainda em território negativo para o ano: o Japão cai 2,02% em 2018 e o índice de referência da Coreia do Sul recua 5,73% no ano.

O índice de referência chinês encerrou a sessão de segunda-feira em queda de mais de 22% em relação à máxima de 52 semanas, colocando-o no território conhecido como "bear market".

EUROPA: Os investidores iniciam o segundo semestre de 2018 reduzindo suas posições em ações europeias nesta segunda-feira, enquanto o presidente dos EUA, Donald Trump, mira as exportações da União Europeia.

A União Europeia ameaçou com US $ 300 bilhões em novas tarifas contra os produtos norte-americanos se Trump seguir adiante com os impostos contra fabricantes de automóveis do bloco, segundo um relatório do Financial Times de domingo.

O índice Stoxx Europe 600 cai  0,99%. As quedas são estimuladas principalmente pelos grupos financeiro e de materiais básicos. O índice subiu 0,8% na sexta-feira e encerrou o segundo trimestre com um ganho de 2,4%.

O índice FTSE 100 do Reino Unido opera em baixa de quase 1%. A queda é liderada pelo grupo de materiais básicos, que inclui ações de mineração. O índice de referência londrino subiu 0,3% na sexta-feira e marcou um salto de 8,2% para o segundo trimestre, o maior aumento trimestral desde 2013.

As ações de mineração do FTSE 100 estão sendo duramente atingidas por preocupações com a redução da demanda por metais da China, o maior comprador mundial de cobre e outros metais industriais. Anglo American cai 2,1%, Antofagasta recua 2,5%, BHP Biliton perde 2%, enquanto Rio Tinto perde 2,1%.

A libra cai 0,3332% frente ao dólar, para US $ 1,3163, ante US $ 1,3205 na sexta-feira em Nova York. A libra subiu acima de US $ 1,3300 na sexta-feira, após o crescimento econômico do primeiro trimestre do Reino Unido ter sido revisto para cima.

A leitura final da atividade manufatureira da zona do euro em junho do IHS Markit atingiu uma baixa de 18 meses. Seu PMI chegou a 54,9, contra uma expectativa de 55,0 e abaixo de 55,5 em maio.

EUA:
Os futuros de ações dos EUA iniciam a segunda metade do ano em queda, com investidores preocupados com as tensões comerciais entre os EUA e seus tradicionais parceiros comerciais. 

Trump disse no domingo, em uma entrevista à Fox News, que vê sua ameaça de impor tarifas globais de automóveis como sua maior arma para extrair concessões de parceiros comerciais. Ao mesmo tempo, ele chamou a UE de “tão ruim quanto a China, apenas menor" no que se refere ao comércio com os EUA. E continuou: “Dê uma olhada na situação dos veículos: eles mandam seu Mercedes, mas não podemos enviar nossos carros. Olha o que eles fazem com os nossos agricultores? Eles não querem nossos produtos agrícolas”, disse ele.

Os EUA já impuseram tarifas sobre as importações de aço e alumínio da UE e o bloco comercial de 28 países emitiu sua respostas em impostos.

A semana promete ser movimentada em relação aos Estados Unidos com a China, já que Washington deve impor formalmente uma nova rodada de tarifas sobre produtos chineses e Pequim deve retaliar. 

Enquanto isso, as tarifas de retaliação canadenses entraram em vigor no domingo, em resposta às tarifas dos EUA contra produtos metálicos canadenses.

Na sexta-feira, o DJIA, S & P 500 e o Nasdaq Composite fecharam em ligeira alta, mas registraram perdas para a semana. 

No ano, o índice Dow Jones recua 1,8%, enquanto o S & aP e o Nasdaq avançam 1,7% e 8,8%, respectivamente.

Os relatórios de junho sobre a manufatura devem ser divulgados logo depois do sino de abertura. O índice PMI final da Markit está marcado para às 10h45 da manhã e o da ISM programado para as 11h00 da manhã. Economistas consultados esperam uma leitura de 58,3% para o índice de manufatura do ISM.

Também às 11h00, espera-se o lançamento sobre gastos com construção de maio, com economistas prevendo nenhum crescimento após alta de 1,8% no mês anterior.

Nenhuma autoridade do Federal Reserve está programado para fazer discursos na segunda-feira.

ÍNDICES FUTUROS - 8h00:
Dow: -0,68%
SP500: -0,60%
NASDAQ: -0,75%

OBSERVAÇÃO: Este  material é um trabalho voluntário, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado e a europeia no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário de disponibilização dos dados.

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