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RESENHA DA BOLSA - SEGUNDA-FEIRA 29/08/2022



Bem-vindos à sua leitura matinal de cinco minutos de como os mercados reagem ao redor do mundo.

ÁSIA: As bolsas asiáticas caíram na segunda-feira depois que o presidente do Federal Reserve dos EUA indicou na sexta-feira, em Jackson Hole, que as altas taxas de juros continuarão por algum tempo para conter a inflação.

Também pesaram sobre os sentimentos regionais dados econômicos da China durante o fim de semana, indicando que a recuperação levará algum tempo tempo. Os lucros industriais da China de janeiro a julho afundaram 1,1% em relação a um ano atrás, em meio a novas restrições do COVID-19. O Goldman Sachs espera que o PMI de manufatura oficial da China caia de 49,0 em julho para 48,8 em agosto. A nota também mencionou que espera que o PMI de manufatura do Caixin caia de 50,4 em julho para 49,8 em agosto, citando medidas recentes tomadas por governos regionais para suspender a produção industrial para garantir o fornecimento de eletricidade. “Restrições mais rígidas relacionadas ao Covid em julho e agosto e o clima quente também podem ter afetado negativamente a atividade do setor de construção”, escreveram os analistas. As previsões do Goldman são mais pessimistas do que a média das pesquisas da Reuters. Analistas preveem que o PMI industrial oficial chegará a 49,2 e a versão do Caixin terá uma leitura de 50,2, segundo dados do Eikon.

Na China Continental, o Shanghai Composite subiu 0,14%, para 3.240,73 pontos e o Shenzhen Component caiu 0,34%, para 12.018,16 pontos.

O índice Hang Seng de Hong Kong caiu 0,73%, em 20.023,22 pontos e o índice Hang Seng Tech caiu 1,36%.

O Nikkei do Japão liderou as perdas regionais ao cair 2,66%, para 27.878,96 pontos. O iene japonês continuou a se enfraquecer em relação ao dólar após os comentários do presidente do FED, Jerome Powell, na sexta-feira. O iene do Japão vem enfraquecendo em relação ao dólar à medida que a política monetária nos dois países divergem, com a moeda americana sendo impulsionada por taxas mais altas. O iene foi negociado a 138,37 por dólar.

O Kospi da Coreia do Sul caiu 2,18%, para 2.426,89 pontos.

Na Austrália, o S&P/ASX 200 caiu 1,95%, encerrando a sessão em 6.965,50 pontos, com todos os 11 setores no vermelho. O índice arrastado fortemente pelas ações de tecnologia e mineração e com apenas quatro ações terminando o dia em território positivo. A produtora de lítio Lake Resources liderou as perdas com uma queda de 10%, aumentando suas perdas recentes. BHP caiu 1,9%, Fortecue Metals recuou 5,3% e Rio Tinto caiu 2,5%. No setor de energia, Santos caiu 1,1% e Woodside recuou 2%.

As vendas no varejo na Austrália em julho subiram 1,3% em relação à junho, de acordo com o Australian Bureau of Statistics. A leitura foi muito maior do que os 0,3% previstos por analistas e maior do que os 0,2% de junho. Os dados marcaram o sétimo mês consecutivo de crescimento neste ano. Em termos anualizados, a leitura de julho foi 16,5% maior do que o mesmo período do ano passado.

O índice MSCI para a Ásia-Pacífico exceto Japão caiu 1,9%

EUROPA: Os mercados europeus caem na manhã desta segunda-feira, depois que o presidente do Federal Reserve dos EUA, Jerome Powell, sinalizou que as taxas de juros mais altas provavelmente persistirão em uma tentativa de domar a inflação crescente.

Enfatizando os comentários de Powell, a membra do conselho do Banco Central Europeu, Isabel Schnabel, reafirmou no fim de semana, a visão de que os bancos centrais devem agir agressivamente para combater a inflação crescente, mesmo que isso signifique arrastar suas economias para uma recessão.

O pan-índice Stoxx 600 cai 1,55%, com ações de tecnologia lideraram as perdas.

O índice DAX da Alemanha cai 1,27%, o índice CAC 40 da França cai 1,61%, enquanto o FTSE MIB da Itália cai 0,93%.

Na Península Ibérica, o IBEX 35 da Espanha cai 1,24% e o português PSI 20 recua 1,53%.

Mercados no Reino Unido permanecem fechados por conta de feriado.

EUA: Os futuros dos índices de ações dos EUA, impulsionadas por comentários "hawkish" do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, de que o banco central continuará elevando as taxas para conter as pressões inflacionárias, alertando que pode haver “alguma dor” pela frente à medida que essas medidas se firmarem.

Falando sexta-feira em Jackson Hole, Wyoming, Powell disse que o FED está comprometido em domar a inflação, que está em alta de4 0 anos. "Embora as taxas de juros mais altas, o crescimento mais lento e as condições mais suaves do mercado de trabalho derrubem a inflação, elas também trarão "alguma dor" para as famílias e empresas" e acrescentou que o FED tem um "foco abrangente agora para trazer a inflação de volta à nossa meta de 2%".

Powell também manteve a porta aberta para um aumento de 75 pontos-base na taxa de juros em setembro, mesmo que o próximo relatório de inflação seja mais branda do que o temido. Os mercados trabalham com a probabilidade de 70,5% para um aumento de 75 pontos-base na reunião do FOMC de setembro, de acordo com a medida do FedWatch do CME Group. As chances de uma alta de 50 pontos-base agora é de 29,5%, mostrou o FedWatch. Alguns analistas até ponderam que um aumento de 100 pontos-base estará sobre a mesa na reunião de setembro do FED.

A mensagem do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, era esperada embora alguns tivessem desejado palavras que não fossem tão claras. Segundo analistas, o mercado aparentemente estava procurando algo um pouco mais neutro. Apesar dos sinais de que o FED iria continuar aumentando as taxas agressivamente, o mercado decidiu precificar uma desaceleração das altas e até mesmo uma reversão, após dados relacionadas à inflação que indicavam um pico. A liquidação de sexta-feira em Wall Street mostrou que os mercados de ações ainda não precificaram uma possível recessão.

Na sexta-feira, o Índice Dow Jones Industrial Average ou DJIA caiu 1.008,38 pontos ou 3,03%, para fechar em 32.283,40 pontos, em sua maior queda percentual desde 18 de maio. O S&P 500 caiu 3,37%, para terminar em 4.057,66 pontos, em sua maior queda percentual desde 13 de junho e o Nasdaq Composite caiu 3,94%, para terminar em 12.141,71 pontos, em sua maior queda percentual desde 16 de junho.

Na manhã desta segunda-feira, o rendimento do Título do Tesouro de 10 anos subia mais de 8 pontos base para 3,123%, enquanto o rendimento da nota do Tesouro de 2 anos de curto prazo foi cerca de 7 pontos base mais alto, sendo negociado em 3,47%, o maior nível desde 2007, mantendo curva invertida, um sinal visto por muitos como o de uma recessão iminente. O rendimento do título do Tesouro de 30 anos ganhou cerca de 5 pontos base para 3,253%. Os rendimentos movem-se inversamente aos preços e um ponto base é igual a 0,01%.

Os investidores agora se concentrarão na próximo importante dado econômico que será divulgado nesta semana: os dados da folha de pagamento não agrícola, ou Payrolls de agosto, cujo vencimento acontecerá na sexta-feira. Espera-se que mostre um ganho de 325.000 após uma leitura faraônica de 528.000 em julho.

Na agenda econômica de hoje, os números de manufatura do FED de Dallas para agosto estão programados para serem divulgados às 11h30. A vice-presidente do FED, Lael Brainard, deverá falar sobre a saúde da economia dos EUA às 15h15.

CRIPTOMOEDAS: Seguindo a tempestade nos mercados tradicionais vista na sexta-feira, as criptomoedas iniciam a semana em queda.

O Bitcoin caiu abaixo de US $ 20.000 no fim de semana, depois que o presidente do Federal Reserve Jerome Powell alertou na sexta-feira que as taxas de juros continuarão subindo. A maior moeda em captação no mundo caiu cerca de 8% após os comentários de Powell, chegando a US $ 19.544 em um determinado momento de domingo, de acordo com dados do CoinDesk. O Bitcoin não caia abaixo de US $ 20.000 a cerca de um mês e chegou a subir até US $ 25.199 em 15 de agosto.

Os preços das criptomoedas tem caído neste ano, à medida que o FED vem aumentado constantemente as taxas de juros. O Bitcoin caiu 57% no ano até agora.

O Ethereum, que está próximo de uma atualização apelidada de "The Merge" e é esperada para próximo de 15 de setembro, caiu cerca de 9% após as observações de Powell e cai 60% este ano. Recentemente foi negociado a US $ 1.472, de acordo com dados do Kraken.

Bitcoin: -0,79%, em US $ 19.841,40
Ethereum: -2,40%, em US $ 1.450,19
Cardano: -2,47%
Solana:-3,37%
Dogecoin: -3,47%
Terra Classic: +2,88%

ÍNDICES FUTUROS - 7h15:
Dow: -0,77%
SP500: -0,823%
NASDAQ: -0,98%

COMMODITIES:
MinFe Dailan: -1,38%
Brent: +0,50%
WTI: +0,57%
Soja: -1,06%
Ouro: -0,56%

OBSERVAÇÃO: Este material é um trabalho voluntário, independente, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado, enquanto a europeia e a americana estão no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário de disponibilização dos dados. O texto não é indicação de compra, manutenção ou venda de ativos.

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