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RESENHA DA BOLSA - TERÇA-FEIRA 29/11/2022



Bem-vindo à sua leitura matinal de cinco minutos de como os mercados estão reagindo ao redor do mundo nesta manhã.

ÁSIA: As principais bolsas asiáticas fecharam em alta nesta terça-feira, com o nervosismo do mercado devido aos protestos na China desencadeados pelo crescente descontentamento da população frente às restrições da COVID-19 diminuindo de intensidade.

As autoridades de saúde chinesas estão incentivando a população idosa a tomar iniciativa em relação à vacinação. Autoridades sanitárias responsáveis pelos serviços de imunização, disseram que o governo planeja “otimizar os serviços e a publicidade” para aumentar as taxas nacionais de vacinação, especialmente entre os idosos com mais de 80 anos.

Índice Hang Seng de Hong Kong encerrou sua sessão com alta de 5,24%, fechando em 18.204,68 pontos, enquanto o seu índice Hang Seng Tech subiu 7,66%.

Na China continental, o Shanghai Composite subiu 2,31% para 3.149,75 pontos e o Shenzhen Component adicionou 2,4% para 11.089,01 pontos. O índice CSI 300, que acompanha as maiores ações listadas no continente, subiu 3,09%, para 3.848,42 pontos, visto que os casos de Covid do país na segunda-feira foram menores do que a contagem de domingo, a primeira queda desde 19 de novembro.

O Nikkei do Japão caiu 0,48%, para 28.027,84 pontos, após as vendas no varejo ficarem abaixo das expectativas e a taxa de desemprego do país permanecer inalterada em relação à setembro, em 2,6%. Separadamente, houve um ligeiro aumento no número de empregos disponíveis por candidato em 1,35, um aumento continuo por 10 meses seguido. As contratações aumentaram com a expectativa de que os turistas retornassem em massa ao Japão. As fronteiras que foram basicamente fechadas durante a pandemia de coronavírus e reabriram em um momento em que o valor do iene em relação ao dólar americano e outras moedas torna o Japão um destino atraente para os turistas.

O Kospi da Coreia do Sul foi negociado em alta de 1,04%, em 2.433,39 pontos.

Na Austrália, o S&P/ASX 200 subiu 0,33% para fechar em 7.253,30 pontos, com as grandes mineradoras ajudando a bolsa local a recuperar. BHP subiu 2,4%, a Rio Tinto somou 3,5%, enquanto a Champion Iron ganhou 3,5%. A gigante do petróleo Woodside Energy caiu 0,4%, após recuperar de perdas de mais de 2% no início do pregão, depois que a empresa divulgou uma revisão de seu plano corporativo para 2023 que incluiu metas de produção abaixo do esperado.

O índice MSCI para a Ásia-Pacífico exceto Japão subiu 2,67%.

EUROPA: Os mercados europeus operam de modo errático nesta terça-feira, com os investidores continuando a monitorar as notícias da China sobre as restrições da Covid, enquanto analisam dados econômicos regionais.

O pan-europeu Stoxx 600 opera em ligeira alta no final da sessão matinal, após negociar baixa no meio da manhã, tendo devolvido ganhos iniciais de mais de 0,5%. Ações do setor químico caem enquanto os de recursos básicos sobem.

A recuperação ocorre depois que o Índice de Sentimento Econômico em novembro subiu para 93,7 na Zona do Euro e 92,2 na União Europeia. Foi a primeira alta desde fevereiro. A melhora do sentimento econômico foi impulsionado pela recuperação na confiança do consumidor, que compensou uma nova deterioração da confiança da indústria. O sentimento no setor de serviços, comércio varejista e construção manteve-se praticamente inalterado.

O Alemão DAX 30 sobe 0,2%, o francês CAC 40 avança 0,3% e o FTSE MIB da Itália cai 0,1%.

Na Península Ibérica, o IBEX 35 da Espanha cai 0,1% e o português PSI 20 sobe 0,1%.

Em Londres, o FTSE 100 sobe 0,7%. Entre as mineradoras listadas na LSE, Anglo American sobe 3,2%, Antofagasta sobe 1,6%, enquanto as gigantes BHP e Rio Tinto sobem 2,3% e 3,4%, respectivamente. A petrolífera BP sobe 1,2%.

Em seu primeiro discurso sobre política externa, o primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, disse que a chamada “era de ouro” das relações com a China acabou, alertando que o movimento de Pequim em direção a um autoritarismo ainda maior representa um desafio sistêmico aos valores e interesses da Grã-Bretanha. O termo "era de ouro" foi utilizado pelo ex-ministro das Finanças do Reino Unido, George Osborne, em 2015, que afirmou que a Grã-Bretanha poderia ser o "melhor parceiro da China no Ocidente". Sunak tem enfrentado pressão de parlamentares conservadores para endurecer sua postura em relação à China desde que assumiu o cargo de líder do partido e primeiro-ministro no mês passado e o estopim pode ter sido a agressão sofrida por um jornalista da BBC que foi espancado e brevemente detido pela polícia no domingo enquanto cobria um protesto contra o governo em Xangai. “Em vez de ouvir os protestos de seu povo, o governo chinês optou por reprimir ainda mais, inclusive agredindo um jornalista da BBC”, disse Sunak. O primeiro-ministro acrescentou que o ritmo da mudança geopolítica está se intensificando e “o curto prazo ou o pensamento positivo não serão suficientes” diante dos desafios colocados pela Rússia e pela China.

EUA: Os futuros dos índices de ações dos EUA buscam uma recuperação na manhã de terça-feira, depois que os principais índices ficaram sob pressão com os protestos China contra a política "COVID-Zero" e com os investidores aguardando mais dados econômicos e comentários de autoridades do Federal Reserve nesta semana.

Na segunda-feira, o Dow Jones Industrial Average perdeu 1,45%, fechando em 33.849,46 pontos durante a sessão regular com o crescente descontentamento da população chinesa em relação à política "COVID-Zero". O S&P 500 caiu 1,54%, em 3.963,94 pontos. Mais de 90% das ações do S&P 500 fecharam no vermelho, com as empresas de tecnologia sendo os maiores pesos no mercado. A Apple caiu 2,63% depois que viu a produção do iPhone ser duramente atingida por "lockdows" na China. O Nasdaq Composite fechou em queda de 1,58%, para 11.049,50 pontos.

As manifestações alimentaram preocupações em Wall Street de que se o líder chinês, Xi Jinping, reprimir ainda mais os dissidentes ou expandir os "lockdowns", isso poderia desacelerar a economia chinesa, o que prejudicaria os preços do petróleo e o crescimento econômico global. Alguns investidores estão usando isso como uma desculpa para realizar lucros recentes, visto que as ações vem subindo bastante no terceiro trimestre.

O rendimento dos Títulos do Tesouro dos EUA de 10 anos caía cerca de três pontos-base para 3,6681% às 7h00, enquanto a nota do Tesouro de 2 anos, mais sensível a política do Fed, era negociado em torno de 4,4319%, depois de também cair mais de três pontos-base. Os rendimentos e preços tem uma relação inversa e um ponto-base equivale a 0,01%.

Os "traders" digeriram os comentários de diversos palestrantes do Fed sobre a futura política de taxas de juros, já que as preocupações com uma recessão iminente continuam. Falando em um evento virtual organizado pelo Economic Club de Nova York, o presidente do Fed de Nova York, John Williams, disse na segunda-feira que "por enquanto" o banco central precisa continuar subindo as taxas de juros e que os cortes nas taxas podem ser uma opção para 2024, acrescentou. O presidente do Fed de St. Louis, James Bullard, disse que a taxa de referência do banco central precisa subir ainda mais e provavelmente permanecer acima de 5% nos próximos dois anos.

O presidente do Fed, Jerome Powell, deve falar no Hutchins Center on Fiscal and Monetary Policy na Brookings na quarta-feira. Os investidores estarão atentos às informações sobre a luta do banco central contra a inflação.

Na frente econômica, os investidores aguardam a leitura de setembro do S&P CoreLogic Case-Shiller Home Price Index, que será divulgado às 11h00 desta terça-feira. O relatório dará aos investidores informações sobre como as taxas de juros mais altas estão afetando o mercado imobiliário. Os preços das casas no mês anterior saltaram cerca de 13% em relação ao ano passado. Enquanto isso, a leitura mais recente sobre a confiança do consumidor deve ser divulgada às 12h00.

Wall Street também está esperando os últimos resultados de ganhos corporativos da Hewlett Packard Enterprise nesta terça-feira após o sino de fechamento.

CRIPTOMOEDAS: Dando sequência aos desdobramentos do colapso da exchange FTX, a financeira de cripto BlockFi entrou com pedido de recuperação judicial na segunda-feira.

Em 11 de novembro, a empresa havia suspendido saques e depósitos, alegando ter “significativa exposição à FTX”. A plataforma tinha entre US$ 14 bilhões e US$ 20 bilhões em recursos de clientes em 2021, com aproximadamente US$ 7,5 bi no sistema de empréstimos. De acordo com a petição da empresa, ela estimou que a empresa tenha mais de 100.000 credores e entre US$ 1 bilhão e US$ 10 bilhões em ativos e passivos.

Mesmo com o pedido de falência da BlockFi, o mercado de criptomoeda recupera, junto com o avanço dos índices futuros das bolsas dos EUA. Esse movimento é interpretado por alguns especialistas como um sinal de que a falência da financeira já era esperada e por isso já estaria precificada.

Bitcoin: +1,79% em US $ 16.507,80
Ethereum: +3,63%, em US $ 1.214,17
Cardano: +1,84%
Solana: +1,33%
Terra Classic: +1,96%

ÍNDICES FUTUROS - 7h50:
Dow: +0,12%
SP500: +0,32%
NASDAQ: +0,56%

COMMODITIES:
MinFe Dailan: +2,26%
Brent: +2,79%
WTI: +2,74%
Soja: +0,80%
Ouro: +0,82%

OBSERVAÇÃO: Este material é um trabalho voluntário, independente, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado, enquanto a europeia e a americana estão no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário de disponibilização dos dados. O texto não é indicação de compra, manutenção ou venda de ativos.

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