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RESENHA DA BOLSA - TERÇA-FEIRA 16/08/2016

ÁSIA: Novos recordes em Wall Street não conseguiram impulsionar o sentimento nos mercados da Ásia nesta terça-feira, que sofreram com os preços do petróleo e um iene mais forte.

Um documento divulgado pelo Presidente do Federal Reserve Bank de San Francisco ,John Williams, de que os bancos centrais americanos deveriam elevar a meta de inflação dos EUA dos atuais 2% ou mover-se para um novo alvo com base nos níveis de preços ou crescimento econômico, sugestão que poderia dar ao Fed mais espaço para manter as taxas nos níveis atuais, suavizou a força do dólar contra uma série de moedas nesta terça-feira, incluindo o iene.

No Japão, o benchmark Nikkei caiu 1,62%, para 16.596,51 pontos, enquanto o Topix caiu 1,38%, pesadas principalmente por exportadores, com o iene japonês se fortalecendo sem motivo aparente e chegar a ser  negociado a 100,14, atingindo alta de um mês contra o dólar, ante níveis acima de 101,00 da segunda-feira, apesar do baixo volume de negociação devido à tradicional temporada de férias de verão do Japão, o que pode ter gerado ordens intencionais de Stop-Loss, acentuando os ganhos da moeda japonesa. As taxas muito muito baixas para as moedas tem prejudicado as seguradoras japonesas, que esperam o fortalecimento do iene ainda mais, perto dos níveis de 95 para em seguida comprar mais ienes para cobrir suas apostas. Analistas acreditam que o iene ainda pode ter mais força nas próximas semanas em meio a sinais de que o mercado pode estar perdendo a confiança na capacidade do Banco do Japão de usar a política monetária para estimular a moribunda economia do Japão.

Na Austrália, o ASX 200 caiu 0,14%, para 5.532,00 pontos, pesadas pelo setor financeiro, fortemente ponderadas, apesar dos subíndices de energia e ouro avançarem 1,09 e 1,3%, respectivamente. Santos ganhou 2,51% e Woodside Petroleum avançou 0,95%, com a força do petróleo impulsionado por especulações de que a OPEP pode finalmente mover-se para enfrentar o excesso de oferta global e com expectativas dos estoques de petróleo nos EUA. A empresa de inteligência de mercado Genscape estimou uma queda de mais de 350.000 barris em Cushing, Oklahoma, na semana passada.

As ações da BHP Billiton fecharam em alta de 0,45%, Fortescue subiu 0,8% e Rio Tinto avançou 0,7%. Após o fechamento do mercado australiano, a mineradora BHP Billiton informou  perda anual recorde, de $ 6,39 bilhões no exercício findo em 30 de junho, contrabalanceando o lucro de $ 1,91 bilhão no ano anterior, mas com o lucro subjacente melhor do que as expectativas dos analistas. As perdas foram atribuídas a uma combinação de fatores, incluindo os preços das commodities e os custos com o desastre na barragem da Samarco no Brasil que causou várias vítimas.

Mercados da China continental foram mistos. O Shanghai Composite chegou a subir 0,5% logo na abertura mas perdeu fôlego e fechou em queda de 0,47%, em 3.110,47 pontos, enquanto o Shenzhen Composite fechou em alta de 0,67%. O mercado de Xangai apagou os ganhos iniciais, com os investidores realizando lucros em blue-chip financeiras, fabricantes de automóveis e seguradoras.

Em Hong Kong, que tem recuperado com a persistente notícia de que o link de negociação entre Shenzhen e Hong Kong seria lançado antes do final do ano pode ter deixado o mercado sobrecomprado e alguns investidores começaram a realizar lucro. O índice Hang Seng fechou em queda de 0,09%. O HSBC caiu 0,57% e Standard Chartered recuou 0,84%.

Na Coreia do Sul, o Kospi voltou a ser negociado após ficar fechado na segunda-feira por conta de um feriado público, com o índice fechando em baixa de 0,13%.

EUROPA: As bolsas europeias recuam na sessão de terça-feira, com investidores digerido os últimos dados de inflação do Reino Unido, em meio a queda na Ásia e no mercado de futuros dos EUA. O Stoxx Europe 600 recua 0,18%, com apenas os setores de materiais básicos e de petróleo e gás mostrando ganhos. O pan índice caiu 0,1% na segunda-feira, a segunda queda consecutiva. Investidores tem preferido realizar seus lucros após altas nas últimas semanas.

No Reino Unido, o FTSE 100 cai após oito avanços consecutivos, a mais longa sequência desde o início de outubro de 2015, com os ganhos das mineradoras limitando as perdas do índice de referência, que subiu 0,4% na segunda-feira. A libra avança em relação ao dólar após a inflação do Reino Unido leitura para julho superar expectativas. A inflação subiu para 0,6% em uma base anual, com a queda do libra pós-Brexit deixar as mercadorias importadas e energia mais caro para os britânicos. Os analistas esperavam que a inflação se mantivesse em 0,5% ano a ano em julho. Os preços de importação subiram 6,5%, o crescimento mais rápido desde 2011. A leitura foi o primeiro dado concreto sobre a economia britânica após o referendo de 23 de junho, quando os britânicos decidiram abandonar a União Europeia.

Ações de inúmeras exportadores também perdem terreno com o dólar americano caindo contra seus principais rivais, com os investidores cortando expectativas de uma alta da taxa de juro nos EUA ainda neste ano. A libra mais forte torna os produtos de companhias britânicas mais caros para comprar para os detentores de outras moedas. Entre os exportadores, British American Tobacco cai 0,65% e a fabricante de bens de consumo Reckitt Benckiser perde 0,58%. Bancos também seguem em direção ao sul. Royal Bank of Scotland cai 0,67%.

Ações de mineração avançam na sequência do relatório financeiro da BHP Billiton, a maior mineradora do mundo em valor de mercado. Suas ações registram ganhos de 3,7%, depois de abrir em queda no início da sessão. BHP voltou a registrar um novo recorde de perda, de US $ 6,39 bilhões e cortou seu dividendo final para 14 centavos de dólar por ação. Analistas da Liberum disseram que o lucro subjacente da BHP de $ 1,2 bilhão superou as expectativas de US $ 1,1 bilhões ", em grande parte impulsionado pela divisão de cobre". Ações da Antofagasta dispara 9,05% após a produtora de cobre registrar queda no lucro líquido do primeiro semestre de US $ 88,1 milhões, mas reafirmou suas expectativas de elevação na produção neste ano. Entre outras mineradoras listadas na LSE, Anglo American sobe 3,6%, Glencore avança 2,0% e Rio Tinto registra ganhos de 2,4%.

EUA: Futuros americanos apontam para uma abertura em baixa em Wall Street, enquanto o dólar fica sob pressão e os investidores esperam dados da inflação americana. Alimentada em grande parte pela recuperação dos preços do petróleo, impulsionou as ações relacionadas às commodities na segunda-feira, levando todos os benchmarks americanos a renovarem seus recordes.

AGENDA DO INVESTIDOR:
EUA:
9h30 - Housing Starts (índice mensal de construção de novas casas nos Estados Unidos) e Building Permits (índice mensal de permissão para novas construções nos Estados Unidos);
9h30 - CPI (Consumer Price Index) (índice de preços ao consumidor considerando uma cesta fixa de bens e serviços) e o Core CPI (mede os preços ao consumidor, considerando a mesma cesta com exceção dos custos relativos à alimentação e energia);
10h15 - Industrial Production (produção industrial) e pelo Capacity Utilization Rate (capacidade utilizada);

ÍNDICES MUNDIAIS - 7h50:

ÁSIA
Nikkei: -1,62%
Austrália: -0,14%
Xangai Composite: -0,47%
Hong Kong: -0,09%

EUROPA
Frankfurt - Dax: -0,60%
London - FTSE: -0,42%
Paris - CAC: -0,52%
Madrid IBEX: -0,65%
FTSE MIB: -0,27%

COMMODITIES
BRENT: +0,39%
WTI: +0,44%
OURO: +0,70%
COBRE: +1,08%
SOJA: -0,02%
ALGODÃO: -0,42%
MILHO: +0,16%

ÍNDICES FUTUROS
Dow: -0,15%
SP500: -0,11%
NASDAQ: -0,08%

OBSERVAÇÃO: Este material é um trabalho voluntário, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado e a europeia no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário da disponibilização dos dados.

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