RESENHA DA BOLSA - TERÇA-FEIRA 07/03/2017
ÁSIA: As bolsas asiáticas terminaram majoritariamente em alta na terça-feira, em meio às expectativas crescentes de que o Federal Reserve poderia aumentar as taxas de juros, que hoje subiu para 86,4%, de acordo com o FedWatch, após pedidos às fábricas dos EUA aumentarem 1,2% no mês e as encomendas de bens duráveis avançarem 2%, superando o consenso, levando o mercado a acreditar que o Fed tem mais motivos para elevar a taxa de juros na reunião do FOMC na próxima semana.
Na Austrállia, o ASX 200 o início em queda mas fechou em alta de 0,26%, após o Reserve Bank of Australia (RBA) deixar a taxa inalterada em 1,50%. O presidente do RBA, Philip Lowe, afirmou que "a melhora
da economia global tem contribuído para o aumento dos preços das
commodities, que estão proporcionando um impulso significativo para a
renda nacional da Austrália". O dólar australiano foi buscar $ 0,7611 após a divulgação da decisão da política. Entre as mineradoras, BHP Billiton caiu 0,9% e Rio Tinto caiu 1,2%.
O Shanghai Composite fechou em alta de 0,27% e o Shenzhen Composite terminou em alta de 0,3%. Enquanto isso, o índice Hang Seng de Hong Kong fechou em alta de 0,36%.
Na Coreia do Sul, o Kospi avançou 0,61% para fechar em 2.094,05 pontos, mesmo com a continuidade das tensões geopolíticas e complicações políticas no país. A promotoria especial disse que a presidente da Coreia do Sul, Park geun-hye, aceitou juntamente com um amigo, subornos da Samsung Group, com o objetivo de consolidar o controle do maior conglomerado do país. O Tribunal Constitucional deve tomar decisão sobre o impeachment de Park já nesta semana, enquanto Jay Y. Lee, presidente da Samsung vai à julgamento por suborno na quinta-feira.
A Coréia do Norte disparou quatro mísseis balísticos na segunda-feira de manhã irritando seus vizinhos. A Casa Branca respondeu à ameaça dizendo que os EUA iriam implantar um avançado sistema de defesa antimíssil na Coreia do Sul para reforçar a capacidade do país de se defender contra os mísseis balísticos norte-coreanos.
Enquanto isso, a Malásia e a Coreia do Norte aumentam a disputa diplomática por causa da investigação malaia sobre o assassinato de Kim Jong Nam.
Em sentido contrário, o Nikkei do Japão perdeu terreno, fechando em queda de 0,18% em 19.344,15 pontos, estendendo as perdas de segunda-feira.
EUROPA: Os mercados da Europa flutuaram na manhã desta terça-feira como investidores digeridos novos dados econômicos e o crescente otimismo com uma nova alta da taxa de juros nos EUA já neste mês. O tom de cautela também se deve à decisão política do Banco Central Europeu na quinta-feira, onde a maioria espera pela manutenção da taxa, mas os analistas esperam uma maior discussão após a inflação subir para 2% em janeiro.
O Stoxx 600 abriu em queda de 0,15%, afetados pelos dados negativos da Alemanha, a maior economia do continente. A queda é liderada por empresas de serviços públicos, saúde e finanças, mas ganhos para bens de consumo, materiais básicos e tecnologia ajudam a limitar uma queda mais acentuada. O benchmark pan europeu caiu 0,5% na segunda-feira e uma nova queda na terça-feira marcaria a sua quarta baixa consecutiva após atingir
seu nível mais alto em um ano na semana passada. A empresa de serviços públicos francesa EDF cai 1,5% depois de anunciar os termos para um aumento de capital.
Enquanto isso, o setor de recursos básicos registram ganhos, em resposta à notícia de que as reservas cambiais chinesas subiram pela primeira vez desde junho do ano passado. Glencore sobe 0,2% depois que o JP Morgan Cazenove elevou a produtora de commodities de underweight para neutro.
A equipe de pesquisa de commodities da JP Morgan atualizou as previsões
de preços para vários metais básicos e preciosos. Entre outros movimentos, a Rio Tinto sobe 1,4% e BHP Billiton adiciona 1,3%.
No Reino Unido, o FTSE 100 avança, liderado pelos grupos de materiais e de bens de consumo, enquanto as ações de indústrias e concessionárias pesam sobre o benchmark. Na segunda-feira o índice caiu 0,3%. O benchmark alcançou seu maior nível de fechamento na semana passada.
Enquanto isso, a Câmara dos Lordes vai votar novas emendas no processo do Brexit.
Entre os dados divulgados, os pedidos às indústrias alemãs caíram em 7,4% em janeiro, a maior queda desde 1009. Os economistas consultados pelo The Wall Street Journal previram um declínio de 2,5%. A agência estatística da União Europeia confirmou que o Produto Interno Bruto foi 0,4% maior no quarto trimestre de 2016 do que no terceiro trimestre e 1,7% em relação ao mesmo período de 2015. A taxa de crescimento trimestral ficou inalterada em relação ao terceiro trimestre. As despesas com investimentos tem
sido um ponto fraco para a economia da zona euro desde que iniciou a
sua recuperação em meados de 2013, apesar dos esforços do Banco Central
Europeu de estimular o crescimento, reduzindo por exemplo, os custos de empréstimos. Um salto nos três meses até junho foi seguido por um declínio no trimestre seguinte, mas os investimentos aumentaram 0,6% no final do ano. Um aumento nos gastos governamentais também ajudaram a expansão, assim como o consumo interno que registrou um ligeiro aumento.
Os futuros do petróleo avançam enquanto os investidores continuavam a buscar notícias da conferência energética CERAweek, em Houston. O ministro russo da Energia, Alexander Novak, disse na segunda-feira que o acordo de controle de produção com a OPEP levou a uma estabilização dos preços de petróleo e menos volatilidade ao setor, mas a Rússia não entrará no cartel.
Um relatório da Agência Internacional de Energia (AIE) disse que a
oferta mundial de petróleo poderia ter dificuldades para acompanhar a
demanda além de 2020, o que poderia desencadear um novo período de
volatilidade dos preços. Mas isso pode ser evitado se a indústria fizer mais investimentos em todo o mundo, disse o diretor executivo da AIE, Fatih Birol.
Enquanto
isso, os investidores continuam a acompanhar de perto
os acontecimentos políticos em toda a Europa, onde a incerteza tem
dominado. Uma pesquisa do Ifop Fiducial mostrou o candidato centrista,
Emmanuel Macron a frente da líder de extrema direita Marine Le Pen no
primeiro turno da eleição francesa. No entanto, os números continuam a
sugerir que Le Pen perder o segundo turno para Macron.
EUA: Os futuros americanos apontaram para um mergulho na abertura. Os analistas culpam o pessimismo em grande parte às preocupações geopolíticas, incluindo provocações da Coreia do Norte testando mísseis balísticos. Na segunda-feira, o presidente americano assinou uma nova ordem executiva revogando a proibição de cidadãos de seis países de maioria muçulmanda, incluindo Irã, Líbia, Síria, Somália, Sudão e Iêmen,de viajar para os EUA, desta vez retirando o Iraque da lista.
AGENDA DO INVESTIDOR:
EUA:
10h30 - Trade Balance (balança comercial) de janeiro (mede a diferença
entre os valores das importações e exportações realizadas pelo país);
12h00 - IBD/TIPP Economic Optimism (mede o nível de confiança do consumidor e o otimismo quanto à atividade econômica);
17h00 - Consumer Credit (mede o total de crédito ao consumidor).
ÍNDICES FUTUROS - 7h30:
Dow: -0,12%
SP500: -0,18%
NASDAQ: -0,15%
OBSERVAÇÃO:
Este material é um trabalho voluntário, resultado da compilação de
dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de
maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O
texto da sessão asiática está no tempo passado e a europeia no presente
devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o
horário de disponibilização dos dados.
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