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RESENHA DA BOLSA - TERÇA-FEIRA 31/05/2022



ÁSIA: As bolsas asiáticas fecharam sem direção nesta terça-feira, depois que um relatório de manufatura mostrou que a desaceleração da atividade fabril da China está moderada à medida que as restrições contra o coronavírus foram relaxadas em Xangai e Pequim.

A flexibilização das restrições na China às empresas em Xangai e Pequim aumentou as esperanças de um crescimento mais forte na segunda maior economia do mundo. Mais fábricas, lojas e outras empresas estão sendo autorizadas a reabrir esta semana em Xangai e na capital chinesa, Pequim, depois que as autoridades declararam que os surtos estavam sob controle. O governo da cidade de Xangai prometeu cortes em aluguel e impostos, aprovações mais rápidas para projetos de construção e mais subsídios para a compra de carros elétricos.

O PMI de manufatura oficial da China para maio ficou em 49,6, uma melhora em relação à leitura de abril de 47,4 e acima da expectativa de 48,6 esperado por analistas, mas ainda abaixo da marca de 50 pontos que separa crescimento de contração. As leituras do PMI são sequenciais e representam expansão ou contração mês a mês.

Segundo analistas, as coisas estão melhorando na China, mas não o suficiente, mas que o pior da onda de Covid na China pode ser passado, mas o país ainda está vendo um progresso muito gradual e lento da normalização.

Na China continental, o Shanghai Composite avançou 1,19% no dia, para 3.186,43 pontos, enquanto o Shenzhen Component saltou 1,92%, para 11.527,62 pontos.

O índice Hang Seng de Hong Kong subiu 1,38%, para 21.415,20 pontos.

O Nikkei do Japão fechou em queda de 0,33%, em 27.279,80 pontos.

Na Coreia do Sul, o Kospi subiu 0,61%, encerrando o pregão em 2.685,90 pontos.

Na Austrália, o S&P/ASX 200 caiu 1,03%, para 7.211,20 pontos. O benchmark australiano registrou o seu pior desempenho mensal desde janeiro, depois que os preços do petróleo saltaram, destacando os temores de recessão em todo o mundo. Todos os setores terminaram o dia em baixa. O setor financeiro, altamente ponderado, caiu 2%. Entre as mineradoras, BHP caiu 0,3%, Fortescue Metala avançou 1,4% e Rio Tinto adicionou 0,4%.

O índice mais amplo da MSCI de ações da Ásia-Pacífico fora do Japão subiu 0,64%.

EUROPA: As bolsas europeias negociam majoritariamente em baixa nesta terça-feira, depois que as leituras de inflação mais quentes reacenderam as preocupações sobre o ritmo de aperto monetário dos bancos centrais.

Os preços na zona do euro continuaram em alta em maio, atingindo um recorde pelo sétimo mês consecutivo, depois que as leituras de inflação das principais economias europeias surpreenderam positivamente nos últimos dias. A inflação ficou em 8,1% no mês, de acordo com dados preliminares do escritório de estatísticas da Europa na terça-feira, acima do recorde de abril de 7,4% e acima das expectativas de 7,8%.

A inflação alemã (harmonizada para ser comparável com outras nações da UE) chegou a 8,7% ao ano em maio, mostraram números preliminares na segunda-feira, superando significativamente as expectativas dos analistas de 8% e marcando uma forte inclinação em relação aos 7,8% vistos em abril. A inflação francesa também superou as expectativas em maio para um recorde de 5,8%, acima dos 5,4% em abril, enquanto os preços harmonizados ao consumidor espanhol aumentaram 8,5% em maio, superando as expectativas de 8,1%.

Em toda a zona do euro, o aumento anual recorde da inflação foi impulsionado pelo aumento dos custos de energia, que atingiram 39,2%, ante 37,5% em abril e um aumento de 7,5% nos preços de alimentos, álcool e tabaco, porém, mesmo sem contar com os preços da energia e dos alimentos, a inflação aumentou de 3,5% para 3,8%, acrescentou o Eurostat. O aumento dos preços foi exacerbado nos últimos meses pela guerra na Ucrânia, principalmente os custos de alimentos e energia.

Os líderes da UE concordaram na segunda-feira em proibir 90% do petróleo russo até o final do ano. Charles Michel, presidente do Conselho Europeu, disse que a medida atingiria imediatamente 75% das importações do petróleo russo.

A inflação, que permanece persistentemente alta não apenas na Europa, mas também no Reino Unido, EUA e mundo afora, está causando dores de cabeça para os bancos centrais, que também convivendo com o risco de recessão.

No início deste mês, a presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, disse que com base nas perspectivas atuais, provavelmente abandonaria as taxas de juros negativas até o final do terceiro trimestre e que se a economia da área do euro estivesse superaquecendo como resultado, aumentaria as taxas de juros sequencialmente acima da taxa neutra. O conselho de governo do BCE deve se reunir em 9 de junho e depois em 21 de julho.

O pan-europeu Stoxx 600 cai 0,68% no meio da manhã, com as ações de viagens e lazer caindo, enquanto as ações de petróleo e gás subiam por conta da alta dos preços do petróleo.

O alemão DAX 30 cai 0,63%, o francês CAC 40 perde 0,83% e o FTSE MIB da Itália recua 0,73%.

Na Península Ibérica, o IBEX 35 da Espanha cai 0,43% e o português PSI 20 sobe 0,15%.

Em Londres, o FTSE 100 sobe 0,33%. Entre as mineradoras listadas na LSE, Anglo American e Antofagasta sobem 1,6%, BHP sobe 1% e Rio Tinto adiciona 1,8%. A gigante petrolífera BP sobe 1,4%.

EUA: Os futuros dos índices de ações dos EUA caem nas negociações da manhã de terça-feira, na volta do feriado do Memorial Day.

Esse movimento segue os melhores ganhos semanais para o Dow e o S&P 500 desde novembro de 2020.

O Dow fechou em alta de 6,2% na semana, encerrando uma sequência de oito semanas de quedas. O S&P 500 ganhou 6,5% e o Nasdaq ganhou 6,8% na semana, terminando positivo após sete semanas contínuas de perdas. Lucros sólidos do setor de varejo, bem como um relatório de inflação que mostrou que os preços podem estar diminuindo, melhorando o sentimento dos investidores.

Uma parte dos ganhos da semana passada veio na sexta-feira, quando o Dow subiu mais de 550 pontos e o S&P 500 subiu 2,5%. O Nasdaq, por sua vez, subiu 3,3%, impulsionado por relatórios sólidos de empresas de tecnologia, bem como uma queda no rendimento do Tesouro de 10 anos.

No último dia do mês, os investidores tentam entender se a recuperação das baixas de meados de maio continuará, marcando um fundo ou se as vendas continuarão. O Dow está 10,1% abaixo da máxima de 52 semanas, o S&P 500 caiu 13,7% e o Nasdaq caiu cerca de 25,2% em relação à sua máxima.

A política de juros estará sob os holofotes com o presidente Joe Biden devendo se encontrar com o presidente do FED Jerome Powell à tarde. Em entrevista ao The Wall Street Journal, Biden disse que não influenciará nas decisões do FED.

Christopher Waller, um governador do FED, fez um discurso "hawkish" na segunda-feira ao dizer que apoia aumentos de juros de meio ponto percentual até que haja sinais de que a inflação esteja esfriando para sua meta de 2%. A leitura do núcleo da inflação, indicador preferido do Fed, ficou em 4,9% em abril. Ele acrescentou que os relatórios de emprego e CPI de maio serão leituras importantes "para obter informações sobre a força do mercado de trabalho e sobre o impulso no aumento dos preços. O relatório de empregos de maio deve ser entregue na sexta-feira e o relatório da CPI está previsto para ser divulgado na sexta-feira seguinte.

Os rendimentos do Tesouro dos EUA sobem na manhã de terça-feira, impulsionado pelo sentimento de que uma leitura sobre a inflação divulgado na sexta-feira indicou que as pressões inflacionárias podem estar começando a diminuir. O rendimento dos títulos do Tesouro de 10 anos subia 5 pontos base para 2,803% durante a madrugada enquanto o rendimento dos títulos do Tesouro de 30 anos subia 3 pontos base para 3,007%. Os rendimentos movem-se inversamente aos preços e 1 ponto base é igual a 0,01%.

Dando sequência à temporada de resultados corporativos, espera-se que Salesforce, HP e Victoria’s Secret divulguem seus números trimestrais na terça-feira após o sino de fechamento.

Na agenda econômica, às 10h45 sairá o Chicago PMI e o índice de confiança do consumidor de maio do "The Conference Board" deve sair às 11h00 desta terça-feira.

CRIPTOMOEDAS: Os mercados de criptomoedas sobem nesta terça-feira, continuando o rali de segunda-feira. Um analista esboçou que o mercado de urso para ativos digitais poderia ter acabado.

O preço do Bitcoin sobe 3% nas últimas 24 horas, para acima de US $ 31.500, mas continua a negociar abaixo da metade de sua alta de novembro de 2021, perto de US $ 69.000, mas a maior criptomoeda permanece bem longe de suas baixas de cerca de US $ 26.000 alcançado durante o selloff deste mês.

Analistas observaram que o interesse pelos futuros de Bitcoin nas principais bolsas vem subindo, com uma taxa de financiamento em território positivo indicando que há posições mais longas do que posições curtas no mercado atual, mas isso também aumenta o risco de que uma pressão de venda possa desencadear chamadas de margem e a liquidação de posições, agravando a queda dos preços.

A Binance passou dar suporte ao ecossistema Terra/LUNA 2.0 a partir das 3h no Brasil desta terça-feira, conforme comunicado da empresa em nota no sábado.

Segundo o Portal do Bitcoin, a distribuição da nova versão da LUNA seguiu da seguinte forma:
_ 30% foi para o pool da comunidade, controlado por governança;
_ 35% aos detentores de Luna identificados no snapshot “pre-attack”;
_ 10% para os detentores de Luna identificados no snapshot “post-attack”;
_ 15% a detentores de UST identificados no snapshot “post-attack”;
_ 10% foram para os detentores de aUST (versão do UST em stake no Archor Protocol) identificados no snapshot “post-attack”.

Bitcoin: +3,11%, em US $ 31.670,70
Ethereum: +3,67%, em US $ 1.973,39
Cardano: +27,32%
Solana: +0,07%
Dogecoin: +1,53%
Shiba Inu: -0,59%
Terra: +7,18%
XRP: +5,03%
Litecoin: +3,47%

ÍNDICES FUTUROS - 7h50:
Dow: -0,47%
SP500: -0,42%
NASDAQ100: -0,10%

COMMODITIES:
MinFe Dailan: +2,06%
Brent: +1,54%
WTI: +1,32%
Soja: +0,51%
Ouro: -0,21%

OBSERVAÇÃO: Este material é um trabalho voluntário, independente, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado, enquanto a europeia e a americana estão no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário de disponibilização dos dados. O texto não é indicação de compra, manutenção ou venda de ativos.

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