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RESENHA DA BOLSA - QUARTA-FEIRA 01/06/2022



ÁSIA: As bolsas fecharam de forma mista na Ásia nesta quarta-feira, depois que Wall Street fechou negativo em um mês abalado por preocupações com uma possível recessão, inflação e aumento das taxas de juros.

O PMI de manufatura da China para maio patrocinado pela Caixin/Markit divulgado nesta quarta-feira chegou a 48,1, uma melhora em relação à leitura de 46 de abril, mas ainda permanecendo abaixo da marca de 50, nível que separa expansão da contração. O PMI de manufatura oficial da China para maio, divulgado na terça-feira chegou a 49,6, uma melhora em relação à leitura de 47,4 em abril. A leitura de maio ficou acima do nível de 48,6 esperado de uma pesquisa da Reuters. As leituras do PMI são sequenciais e representam expansão ou contração mês a mês.

Após subir acentuadamente na terça-feira, à medida que Xangai aliviou seus rigorosos bloqueios contra o coronavírus, as bolsas chinesas fecharam de forma mistas. O Shanghai Composite caiu 0,13%, para 3.182,16 pontos, enquanto o Shenzhen Component ganhou 0,21%, para 11.551,27 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong caiu 0,51%, em 21.306,00 pontos.

O Nikkei do Japão ganhou 0,65%, fechando em 27.457,89 pontos. O parlamento do Japão promulgou na terça-feira um orçamento extra de US$ 21 bilhões para combater o aumento dos preços dos combustíveis e alimentos após a invasão da Ucrânia pela Rússia. O orçamento extra, para o atual ano fiscal que começou em 1º de abril, financiará parte de um pacote econômico emergencial de US$ 48 bilhões que o governo aprovou em abril. Inclui subsídios aos atacadistas de petróleo para minimizar o impacto aos consumidores.

Na Austrália, o S&P/ASX 200 subiu 0,32%, encerrando o pregão em 7.234 pontos. O PIB da Austrália cresceu 0,8% na comparação trimestral em termos de volume da cadeia com ajuste sazonal durante o primeiro trimestre, mostraram dados do Bureau of Statistics do país na quarta-feira, acima das expectativas em uma pesquisa da Reuters para um ganho de 0,5%. Em termos anualizados, o crescimento foi de 3,2% no primeiro trimestre do ano, mais lento do que o crescimento de 3,6% no último trimestre de 2021.

As ações de mineração ligadas à descarbonização da Austrália registraram quedas depois que o Goldman Sachs disse que o preço dos metais que compõem baterias de veículos elétricos como cobalto, lítio e níquel cairá nos próximos dois anos, incluindo uma "correção acentuada no lítio". Em um relatório, "vemos que o mercado de alta de metais de bateria acabou por enquanto". A Pilbara Minerals caiu 22% e outras quatro empresas relacionadas à bateria no ASX 200 fecharam com perdas de dois dígitos. Entre as gigantes da mineração, BHP subiu 1,5%, Fortescue Metals avançou 3% e Rio Tinto adicionou 0,3%. A produtora de petróleo Santos fechou em baixa de 0,7%.

O índice mais amplo da MSCI de ações da Ásia-Pacífico fora do Japão caiu 0,45%.

Os mercados na Coreia do Sul estavam fechados na quarta-feira por conta de um feriado.

EUROPA: As bolsas europeias começam junho de forma mista, após fechar o mês de maio em território negativo, com "traders" continuando a avaliar novos dados sobre inflação e atividade econômica.

O índice pan-europeu Stoxx 600 flutua 0,2% para baixo e para cima no meio da manhã, com ações de automóveis subindo enquanto recursos básicos caem. O índice europeu encerrou o mês de maio com queda de 0,85%, com as preocupações com a inflação ressurgindo em toda a zona do euro. A inflação na zona do euro atingiu 8,1% em maio, superando as expectativas e marcando o sétimo recorde consecutivo. Os investidores acompanham de perto o Banco Central Europeu em busca de dicas sobre o ritmo e a escala dos aumentos das taxas de juros necessários para conter os preços ao consumidor.

O alemão DAX 30 sobe 0,27%, o francês CAC 40 avança 0,06% e o FTSE MIB da Itália avança 0,13%.

Na Península Ibérica, o IBEX 35 da Espanha cai 0,32% e o português PSI 20 sobe 0,21%.

Em Londres, o FTSE 100 cai 0,20%. Entre as mineradoras listadas na LSE, Anglo American cai 1,4%, Antofagasta cai 0,2%, Rio Tinto perde 1,2%, enquanto BHP sobe 0,9%. A produtora de petróleo BP sobe 0,1%.

Entre os dados divulgados nesta quarta-feira, a leitura do PMI (índice de gerentes de compras) de manufatura da zona do euro caiu para 54,6 em maio, ante 55,5 em abril, sua menor leitura de crescimento de atividade desde novembro de 2020. A atividade manufatureira britânica cresceu em sua taxa mais lenta desde janeiro de 2021, caindo para 54,6, ante 55,8 em abril, quando a crise do custo de vida do país começou a afetar os produtores de bens de consumo.

A taxa de desemprego na zona do euro manteve-se estável em 6,8% no mês de abril. A leitura ficou acima da previsão de 6,7% dos economistas. O número de pessoas classificadas como desempregadas na zona do euro caiu para 11,18 milhões e a taxa de desemprego entre as pessoas com menos de 25 anos caiu para 13,9% em abril, ante 14,0% em março, disse a Eurostat.

EUA: Os futuros dos índices das ações dos EUA operam entre altas e baixas na manhã de quarta-feira, após um dia de baixas para as ações, enquanto Wall Street encerrou maio de forma errática.

Durante o pregão regular agitado de terça-feira, o Dow caiu 222,8 pontos, ou 0,67%, fechando em 32.990,12 pontos. O S&P 500 e o Nasdaq Composite caíram 0,63% e 0,41%, respectivamente.

Para o mês de maio, o Dow e o S&P 500 terminaram com pouca oscilação, depois que o forte rali da semana passada interrompeu as longas sequências de perdas semanais para os índices. O S&P 500 encerrou maio com ganho inferior a 0,1%, após queda de 8,8% em abril. Agora está 13,9% abaixo do recorde estabelecido no início deste ano. Em meados de maio, o S&P 500 caiu sete semanas seguidas, a sua maior sequência de perdas desde que a bolha "ponto-com" foi deflagrada há duas décadas. O Nasdaq Composite perdeu mais de 2% no mês.

Com a temporada de resultados do primeiro trimestre quase concluída e o Federal Reserve sinalizando fortemente suas intenções de aumento de juros para suas próximas duas reuniões, as ações devem lutar para decidir qual direção seguirá.

O primeiro dia de junho marca o início do plano do FED de reduzir seu balanço patrimonial de quase US$ 9 trilhões que acumulou durante a pandemia de Covid. Nos primeiros três meses, o FED começará a reduzir suas participações em títulos do Tesouro e títulos lastreados em hipotecas em US $ 47,5 bilhões mensais e depois o valor sobe para US$ 95 bilhões por mês, com os formuladores de políticas preparados para ajustar sua abordagem à medida que a economia e os mercados financeiros evoluem. Analistas do Wells Fargo Investment Institute e da Capital Economics concordam que é provável que produza mais ventos contrários para as ações.

Tal movimento também deve pressionar para cima os rendimentos do Tesouro de longo prazo.

O rendimento da nota do Tesouro de 10 anos subia 2 pontos base para 2,8658% durante a madrugada desta quarta-feira e o rendimento dos títulos do Tesouro de 30 anos subiu 1 ponto-base para 3,0664%. Os rendimentos movem-se inversamente aos preços e 1 ponto base é igual a 0,01%.

A secretária do Tesouro, Janet Yellen, admitiu na terça-feira que estava "errada" no ano passado ao acreditar que a inflação dos EUA não representaria um problema de longo prazo. No ano passado, antes de a Rússia invadir a Ucrânia e novas variantes do COVID-19 varrerem o mundo, Yellen disse que a inflação representava um "pequeno risco" e que ela não esperava que seria "um problema". Segundo ela, "houve grandes choques imprevistos na economia que impulsionaram os preços de energia e alimentos e gargalos de oferta afetaram nossa economia que na época eu não entendia completamente". Yellen presidiu o FED de 2014 a 2018 e disse que o governo Biden está focado em tomar medidas para reduzir a inflação e parte disso está a cargo do FED.

Na terça-feira, o presidente Joe Biden reuniu com o presidente do Fed, Jerome Powell, o primeiro desde que renomeou Powell para liderar o banco central e semanas depois que o Senado confirmou um segundo mandato, em uma demonstração de apoio e disse à repórteres que pretende dar ao FED "o espaço necessário para fazer seu trabalho". "Meu plano para lidar com a inflação começa com uma proposta simples: respeitar a independência do Fed".

A desaceleração dos dados sobre a economia dos EUA aumentou as preocupações de que a alta inflação forçará o Federal Reserve a elevar as taxas de juros tão agressivamente que causará uma recessão.

As ações conseguiram evitar um mercado de ursos, pelo menos até agora. Recentemente, cresceu a especulação de que o FED poderia considerar uma pausa no aumento das taxas na reunião de setembro. O presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, disse em entrevista que a sua sugestão feita na semana passada para que o banco central faça uma "pausa" em setembro em seu esforço para elevar as taxas de juros não deve ser interpretada de forma alguma como um "FED Put", ou a crença de que o banco central viria para o resgate dos mercados. Bostic não é um membro votante do comitê de taxas de juros do FED este ano.

Na semana passada, o Bostic sugeriu que uma pausa em setembro poderia fazer sentido, precipitando uma alta nos mercados. Na ocasião, ele disse que uma pausa pode ser uma boa ideia porque a resposta do mercado à mudança do FED de aumentar as taxas "foi muito mais forte do que o que vimos historicamente" e que em setembro, parte das incertezas sobre a economia poderia ser resolvida e os desequilíbrios do mercado de trabalho poderiam estar aliviados, levando a uma "redução bastante significativa da inflação", disse ele. O presidente do Fed de Atlanta disse que quer ver o banco central mover sua taxa de referência para um intervalo de 2% a 2,5% até o final do ano.

Na segunda-feira, o governador do Fed, Christopher Waller, afastou a ideia de uma pausa em setembro, dizendo que era a favor do aumento da taxa de meio ponto nas próximas "várias reuniões". O presidente do Fed, James Bullard, disse que quer que o FED aumente a taxa de juros para 3,5% até o final do ano.

Por sua vez, o presidente do Fed, Jerome Powell, disse que quer aumentar as taxas até que haja "evidências claras e convincentes de que as pressões de inflação estão diminuindo e a inflação está caindo".

O comitê de política do FED está programado para se reunir de 14 a 15 de junho.

Na quarta-feira, os investidores aguardarão o PMI oficial final de manufatura às 10h45, enquanto a versão do ISM sairá às 11h00, mesmo horário quando será divulgada uma visão atualizada dos dados de gastos de fabricação e construção, bem como o JOLTS ou Job Openings and Labor Turnover Survey, uma pesquisa de abertura de empregos e rotatividade de mão de obra de abril.

O Livro Bege será divulgado às 15h00.

CRIPTOMOEDAS: Os mercados de criptomoedas operam sem direção nesta quarta-feira, depois que o Bitcoin ultrapassou brevemente os US $ 32.000 na terça-feira.

A maior criptomoeda do mundo subiu mais de 9% nos últimos quatro dias, mas analistas permanecem cautelosos em meio à pressões inflacionárias e perspectiva de recessão.

Bitcoin: +0,12%, em US $ 31.590,40
Ethereum: -1,13%, em US $ 1.944,64
Cardano: -6,24%
Solana: -2,28%
Dogecoin: +2,81%
Shiba Inu: +0,17%
Terra Classic: -7,56%
XRP: -0,55%
Litecoin: +0,17%

ÍNDICES FUTUROS - 7h50:
Dow: +0,27%
SP500: +0,05%
NASDAQ100: -0,10%

COMMODITIES:
MinFe Dailan: +1,12%
Brent: +1,38%
WTI: +1,32%
Soja: +0,24%
Ouro: -0,82%

OBSERVAÇÃO: Este material é um trabalho voluntário, independente, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado, enquanto a europeia e a americana estão no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário de disponibilização dos dados. O texto não é indicação de compra, manutenção ou venda de ativos.

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