.: TERÇA-FEIRA 30/04/2013

terça-feira, 30 de abril de 2013

TERÇA-FEIRA 30/04/2013

AGENDA DE HOJE :
EUA:
9h30 - Employment Cost Index do primeiro trimestre (mede o custo da mão-de-obra e é muito utilizado pelo mercado como medida de inflação);
10h00 - S&P/CS Composite-20 HPI (examina as mudanças no valor (preço de venda) do mercado imobiliário em 20 regiões nos EUA no ano anterior. Este relatório ajuda a analisar a força do mercado imobiliário dos EUA, o que contribui para a análise da economia como um todo);
10h45 - Chicago PMI de agosto (mede o nível de atividade industrial na região);
11h00 - CB Consumer Confidence (mede o nível de confiança dos consumidores na atividade econômica. É um indicador importante, pois pode prever os gastos do consumidor, que é uma parte importante da atividade econômica).
BRASIL: Amanhã não haverá pregão na BMF/BOVESPA.

AGENDA DA PRÓXIMA SESSÃO
EUROPA: Final Manufacturing PMI (nível de atividade de manufatura na zona do euro); Reunião do Banco Central Europeu (BCE) para deliberar sobre os rumos da política monetária na Zona do Euro,
ALEMANHA: PMI de Fabricação na Alemanha (mede o nível de atividade na indústria da construção).
REINO UNIDO: Construction PMI (negócios no setor de construção); BRC Retail Sales ( vendas no varejo)
EUA: 9h30 - Trade Balance (balança comercial - mede a diferença entre os valores das importações e exportações realizadas pelo país); 9h30 - Initial Claims (número de pedidos de auxílio-desemprego); 9h30 - Preliminar do Productivity & Costs do primeiro trimestre (mede a produtividade da mão-de-obra da economia norte-americana, excluída a agropecuária); 09h30 - Prelim Labor Costs (mede o custo em dólar que as empresas pagam aos empregados);

ÁSIA: A maioria dos mercados asiáticos que abriram, recuaram nesta terça-feira, com investidores aguardando decisões de política monetária do FED e do Banco Central Europeu, este último espera-se um corte de um ponto percentual nas taxas de juros. Em Sydney, o S & P / ASX 200 subiu de 1,3%, terminando em seu nível mais alto desde 30 de junho de 2008. Australia & New Zealand Banking saltou 5,8% depois de postar ganho de 10% no lucro, superando as expectativas. O resultado ajudou a levantar outros papeis do setor financeiros. National Australia Bank subiu 2,8% e Commonwealth Bank of Australia avançou 2,6%. No Japão, Nikkei caiu 0,2% e o índice Topix ganhou 0,3%. O desempenho se deve aos dados oficiais da produção industrial que subiu 0,2% em março, metade do que os analistas esperavam e ao dólar dos EUA que caiu para ¥ 98, depois de não conseguir romper o marco de ¥ 100. Algumas ações como Canon caiu 1,8% e Sony recuou 1,1%, devido iene fortalecido. Fanuc e Honda Motor divulgou lucros decepcionantes. Honda Motor deslizou 3,4% e a empresa de automação industrial Fanuc caiu 5,6%. Ações de grandes empresas de varejo avançaram, após as vendas de varejo em março subir 2,4% em relação ao mesmo período do ano passado. As ações da cadeia de lojas de conveniência Seven & I Holdings subiu 1,1%, enquanto a rival FamilyMart subiu 1,7%. No resto da região, Hang Seng de Hong Kong subiu 0,7%, Kospi da Coréia do Sul adicionou 1,2% e TAIEX de Taiwan ganhou 0,8%. Mercados da China continental permaneceram fechado por conta de feriado. No mês, Nikkei subiu 11,8% em abril, enquanto o Topix subiu 12,6%. O desempenho bateu outros benchmarks com uma enorme margem. S & P / ASX 200 subiu 4,5%, Taiex ganhou 2,2%, Hang Seng adicionou 2% e o Xangai Composite terminou inalterada, enquanto o Kospi caiu 2%. Em Hong Kong, a varejista de moda Esprit Holdings subiu 3,4%, China Life Insurance avançou 1,2%. Ações ligadas à casinos recuaram após reportagens publicar que Pequim estará combatendo corrupção em Macau. Sands China caiu 3,8%, enquanto Galaxy Entertainment recuou 0,6%.

EUROPA: Mercados europeus abriram em alta, impulsionada pelos resultados positivos como os da UBS, Deutsche Bank e BP, mas algumas praças recuam. O Stoxx Europe 600 sobe 0,17%, tentando terminar o mês com um ganho de pouco mais de 1,5%. O índice encerrou a sessão anterior com um ganho de 0,5%. As ações da UBS avançam 5,8%, após o banco de investimento suíço praticamente dobrar seu lucro de 988 milhões de francos suíços, impulsionado pela gestão de fortunas e suas unidades de banco de investimento. As ações da alemã Deutsche Bank avançam 6,9%, após relatar os resultados após o encerramento dos mercados no dia anterior. A instituição financeira informou que seu lucro do primeiro trimestre subiu para 1,7 bilhões de euros, ou € 1,71 por ação, superando as previsões. O banco também anunciou medidas para levantar capital de cerca de 2,8 bilhões de euros. Analistas do JP Morgan Cazenove atualizou o banco de investimento de neutro para overweight, citando o fato de que o banco está "finalmente começando a resolver seus problemas de capital". Analistas da Nomura elevou Deutsche Bank de reduzir para neutro, dizendo que o balanço mais forte vai "acabar com o recente mau desempenho". O desempenho dos bancos, sustentam o alemão DAX 30 em terreno positivo. No lado negativo, as ações da Anheuser-Busch InBev cai quase 3%, após a cervejaria anunciar que o volume do primeiro trimestre no Brasil e EUA caíram, uma vez que registrou vendas abaixo das expectativas. Na França, o índice CAC 40 cai. Na Itália, o índice FTSE MIB também recua, devolvendo parte dos 2,2% que ganhou na sessão anterior. Em entrevista à Reuters, o ministro da Indústria, Flavio Zanonato disse que o novo governo quer renegociar o seu pacto de estabilidade com a União Europeia. O novo primeiro-ministro Enrico Letta ganhou voto de confiança, depois de prometer que seu governo vai trabalhar para mudar o ritmo das políticas de austeridade da Europa e tentar fazer seu próprio país a sair da recessão. Em Londres, o FTSE recua, com uma queda de mais de 2% para Centrica, que foi cortada de neutro para underperform pelo Credit Suisse. As ações da Unilever cai 1%. O grupo disse que vai aumentar sua participação na sua unidade na Índia, Hindustan Unilever de 52,48% para 75%. Lloyds Bank salta mais de 4% após o banco anunciar balanço no primeiro trimestre. As ações da BP sobe 3,6%, após a petrolífera postar um balanço melhor do que o esperado no primeiro trimestre, impulsionado por receitas provenientes da venda de sua joint venture russa TNK-BP. Destaque negativo para uma queda na produção de petróleo e gás devido inatividade em sua refinaria indiana.

ÍNDICES MUNDIAIS (7h25):

ÁSIA
Austrália: +1,28%
Nikkei: -0,17%
Hang Seng: +0,69%
Xangai Composite: ---%

EUROPA
London - FTSE: -0,13%
Paris Cac 40: -0,25%
Frankfurt - Dax: +0,64%
Madrid IBEX: -0,47%
Milão MIB 40: -0,32%

COMMODITIES
BRENT: +0,04%
WTI: -0,01%
OURO: -0,28%
COBRE: -0,10%
NÍQUEL: -0,94%
SOJA FUTURO: +1,44%
ALGODÃO FUTURO: +0,27%

INDICES FUTUROS
Dow: -0,06%
SP500: -0,16%
NASDAQ: -0,06%

BALANÇOS CORPORATIVOS:
EUA: Avon Products, BP, Cummins, Domino's Pizza, Ecolab, G&K, Legg Mason, Marathon Petroleum, McGraw-Hill, NYSE Euronext, Office Depot , Spirit Airlines, Starwood Hotels, Thomson Reuters, TRW Automotive, U.S. Steel, UBS, Valero Energy, Wisconsin Energy, Amyris, Dreamworks Animation, Elli Mae, Flextronics, Ternium, Western Union

BRASIL: Ambev, Itaú Unibanco, OdontoPrev, Paranapanema, Sul América, TIM Participações

Observação: Este material é um trabalho voluntário e gratuíto, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. Atenção para o horário da disponibilização dos dados desse relatório. Você pode acompanhar também no http://www.forexpros.com.pt e no http://haramoto.blogspot.com. Siga também no twitter: http://www.twitter.com/haramototrader

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1. REGRAS OPERACIONAIS:

*O texto das regras operacionais abaixo é uma tradução resumida de parte do capítulo 12 do livro de Martin J. Pring “Investment Psychology Explained” editado pela “John Wiley & Sons, Inc.” e encontra-se postada aqui para nunca mais nos esquecermos:

01. Quando em Dúvida, Fique Fora

02. Nunca Opere ou Invista Baseado na Esperança

03. Opere sob Seu Próprio Julgamento ou então Assuma Inteiramente o Julgamento de Terceiros

04. Compre Baixo (dentro da Fraqueza), Venda Alto (dentro da Força)

05. Não Opere Demais

06. Após uma Campanha Bem Sucedida e Lucrativa, Tire umas Férias das Operações

07. Faça Periodicamente um Inventário Mental para Ver Como Você Está Indo

08. Analise seus erros constantemente

09. Não Vá com Muita Fome ao Pote

10. Não Tente Capturar Cada Virada do Mercado

11. Nunca Entre numa Operação sem Primeiro Estabelecer a Relação Risco/Recompensa

12. Corte as Perdas, Deixe os Lucros Crescerem

13. Faça Numerosas Pequenas Apostas Sobre Idéias de Baixo Risco

14. Olhe Para Baixo, Não Para Cima

15. Nunca Opere ou Invista Mais Do Que Possa Perder Razoavelmente

16. Não Enfrente a Tendência

17. Sempre que possível Opere Mercados Líquidos

18. Nunca se Coloque Diante de uma Chamada de Margem

19. Quando For Colocar um Estope Utilize a Lógica, Não a Conveniência

HABILIDADES DE UM TRADER

Grau Primeiro – Self-Control Trader

Self-Control é o domínio da pressão emocional. Neste Grau, o trader desenvolve a capacidade de dominar as reações impulsivas que ocorrem num trade, as reações emocionais devido à intensa pressão envolvida nas operações com o Mercado. Self-Control é o domínio perfeito de si mesmo, mantendo o isolamento, o foco e a objetividade necessários para realizar lucros, através da tomada de decisões estratégicas, isentas de emoção. Tornar-se um Self-Control Trader é o primeiro passo rumo a novas perspectivas e lucros no Mercado.

Grau Segundo – Self-Value Trading

*“You will only ‘give’ yourself the money that corresponds to your degree of selfvaluation”, diz Mark Douglas, em seu livro “The Disciplined Trader” (*“Você só ‘dará’ a si mesmo a quantidade de dinheiro que corresponda ao seu grau de auto-valorização”). Esta é uma verdade que não é facilmente percebida pelos traders, mas corresponde a uma Força importante na geração de resultados. Observamos que muitos traders realizam lucros em uma operação, ou em uma série de operações, unicamente para devolverem esse dinheiro e muito mais, (“And plus more”, Mark Douglas), ao Mercado, nas operações seguintes. Sua curva de capital – ou a razão entre o que retiram de lucro do Mercado e o que devolvem – tem comporamento sinoidal, “andando de lado”, dentro de um certo período de tempo, num “envelope” cuja base e o topo correspondem ao suporte e resistência relativos ao seu grau de Self-Value ou auto-valorização. Neste sentido, para gerar lucros sistematicamente, e empreender um movimento definido ascendente na sua curva de capital, o trader necessita, imperativamente, redefinir seus níveis de Self-Value. Dominar esta dinâmica interior em que as crenças e outros fatores influenciam a quantidade de dinheiro que nos permitimos receber do Mercado, é realizar o Self-Value Trading.

Grau Terceiro – Dominium Trader

O último Grau preparatório, a partir do qual o trader recebe o título de “Fellow” e passa a ingressar na Trading Society. Dominium indica a capacidade interior de harmonizar-se com os movimentos do Mercado, um estado em que este já não é visto como adversário, mas como um fenômeno com o qual o Trader lida perfeitamente. Dominium centraliza em uma única prática os conceitos de Self-Control, Self-Value e os dinamiza, fazendo do Trader um operador que age estrategicamente e intuitivamente.

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Trading é uma atividade ímpar, que coloca à prova toda a nossa personalidade. Durante uma operação no mercado, estamos diante de um espelho potente que refleteo nosso interior. Desse modo, nossa atuação e mesmo nossa percepção do que está acontecendo é um reflexo exato do que existe em nosso íntimo – nossas crenças, limitações, forças e fraquezas. Diante do home-broker, estamos a sós – e só vamos encontrar ali o que tivermos levado conosco. Qualquer um que deseja se aventurar nesses domínios deve possuir fortes características pessoais para ser bem-sucedido. Estas características, mais do que a habilidade puramente técnica, é que determinam o resultado da experiência no Mercado. A vitória ou a derrota dependem quase que exclusivamente delas, colocando mesmo o domínio da Análise Técnica como um fator relativamente secundário.

Essencialmente, a posse destas características pode promover o trader a uma posição de sucesso irrestrito, muito além do que jamais sonhou, como a sua falta pode constituir a garantia de um estrondoso fracasso. Fazendo uma analogia, seria como alguém aventurar-se numa regata e descobrir que o seu barco está perfeitamente ajustado e que responde com precisão às necessidades da jornada, levando-o ao sucesso, ou, por outro lado, verificar, para seu constrangimento, que o casco estava furado desde o início e o barco está fazendo água, além das velas, que estavam puídas, terem se rasgado e se tornado inúteis, de modo que ele não consegue voltar para a marina e está fadado a afundar, embaraçosamente, ali mesmo.

Essa descoberta, no entanto, para bem ou para mal, ocorre somente quando o trader regozija-se diante do lucro ou engole em seco ao computar a perda - ou seja, quando o trade já está em andamento ou finalizado, e pouco ou nada pode ser feito para reverter o resultado. Nossa meta é identificar estas tendências para o sucesso ou para o erro antes que os traders operem, pois, no Mercado, aprender através do velho e consagrado método de tentativa e erro é uma péssima idéia – que pode abalar a estrutura do seu capital de investimento, tornando-se uma perda irrecuperável. A triste verdade é que 70% dos assim chamados “traders” sai do mercado aproximadamente seis meses após terem entusiasticamente entrado, computando prejuízos irreparáveis – às vezes, as economias de uma vida inteira. Tendo um quadro como esse em vista, diríamos que é altamente desaconselhável alguém querer “tornar-se um trader” sem ter feito uma criteriosa preparação.

Mas a maioria faz esta preparação, afinal de contas o que está em jogo é dinheiro, e aspessoas são cautelosas em relação ao dinheiro, certo? Errado.

A grande maioria dos assim chamados “traders” sequer faz qualquer preparação, acreditando que o seu prévio conhecimento na esfera profissional, no mundo dos negócios, ou em qualquer outra atividade seja suficiente para a realização bem-sucedida dos trades. Muito cedo descobrem que o Mercado tem uma desagradável habilidade em nos surpreender, acabando com nossas expectativas de sucesso, e isso é diretamente proporcional ao nosso grau de despreparo.

Poucos dos que se aventuram na atividade de trader fazem algum estudo prévio, ainda que imperfeito, comprando alguns dos raros livros disponíveis. Para aqueles que não dominam um segundo idioma, - neste caso, necessariamente, o Inglês – as opções de leitura tornam-se ainda mais reduzidas.

Menor ainda é o número daqueles que se preparam devidamente, fazendo algum curso de análise de mercado. Destes, menor ainda é o número daqueles que efetivamente estudam as apostilas após o curso, revendo e fixando os conceitos, e quase inexistente é o número daqueles que chegam realmente a dominar o assunto.

E isto que estamos falando apenas de Análise Técnica, porque a experiência comprova que ela é um fator importante, porém secundário, na efetiva realização de trades lucrativos, e, mais ainda, na geração e manutenção de uma curva ascendente de capital. Um bom domínio de análise é necessário, porém não é tudo. Sem estes outros elementos que constituem as habilidades intrínsecas do trader, seu poder em garantir bons resultados fica extremamente reduzido. Isso se dá pelo fato de que o domínio da análise, em si mesmo, é uma ferramenta, enquanto que os elementos e habilidades pessoais do trader são o que determina o uso que ele irá fazer desta ferramenta. Um piano não tem nenhuma utilidade para quem não sabe tocá-lo. Mesmo que a inspiração musical esteja invadindo a sua alma, permanece o fato de que ele não está preparado para traduzir esta inspiração nos acordes necessários para expressá-la. Quanto à disputa entre Análise Técnica e Análise Fundamentalista, cada qual com seus ferrenhos defensores, falaremos disso mais adiante, no momento oportuno.

Por ora, basta considerar que tanto uma quanto outra forma de analisar o Mercado constituem ferramentas importantes, porém ineficazes – ou muito pouco expressivas – se o trader não estiver internamente preparado para exercer também outras habilidades. São estas outras habilidades que constituem o cerne do sucesso – e é a falta delas que determina noventa e nove por cento dos casos de fracasso.

Self-Control diz respeito à esfera pró-ativa, de disciplina e controle sobre si mesmo e de suas próprias reações emocionais. Implica na necessidade absoluta de resistir à pressão emocional que influencia as tomadas de decisão durante o trade. Os vitoriosos no trading são aqueles que foram suficientemente fortes para resistir à pressão que permeia as operações no Mercado. Com efeito, ingressar em um trade equivale muitas vezes a comprar um bilhete para uma montanha-russa emocional que vai da mais estridente euforia à angústia mais obscura. O Mercado, com seus altos e baixos, com quebras de tendência e sua intrínseca imprevisibilidade, torna-se um mestre austero em demonstrar para o trader exatamente ondeele se encontra na escala de controle emocional. A maioria encontra-se no primeiro estágio – governados pelas leis da psicologia de massa – reagindo impulsivamente ao medo e à ganância.

Somente possuindo um elevado nível de Self-Control pode o trader aspirar a colocar-se à parte da multidão furiosa que ataca as praias do Mercado como piratas ansiosos por saquear a Vila - mas que não sabem nadar. A primeira onda de revés os coloca em maus lençóis. De fato, o trader eficiente soube trilhar o caminho do auto-conhecimento com perseverança e sinceridade suficientes para fazer real progresso no domínio de suas emoções. É unicamente este autodomínio que o manterá seguro, quando, tendo uma vez iniciado um trade, as ondas emocionais o ameaçarem levar para lá e para cá, ao sabor das flutuações do mercado.

A segunda habilidade é o que convencionamos chamar de Self-Value. Parafraseando Mark Douglas, autor do excelente “The Disciplined Trader”, cada trader dá a si mesmo exatamente aquilo que julga merecer. Se é o Self-Control, ou a capacidade de suportar pressão, que define quem vai realizar trades positivos e quem não vai, é o Self-Value que define quem o fará de forma consistente, sem devolver dinheiro ao Mercado, mantendo uma trajetória ascendente no gráfico de seus investimentos. Ou seja, quem irá transformar sua vida para melhor com o auxílio do trading. Todo lucro que alguém possa realizar – e também toda perda – provém de um senso profundo do que merece receber ou não. Basicamente, se você possui um Self-Value positivo, sua parcela de lucro nas operações será maior do que os seus prejuízos – e seu capital fará uma curva ascendente, cujo ângulo depende da intensidade da sua valorização pessoal. Se o seu Self-Value é neutro, terá tanto lucros como perdas, em grau equivalente, e seu capital de investimento se comportará de forma sinoidal – andando de lado, nem definindo crescimento, nem caracterizando perda, terminando empatado. Agora, se você aborda o mercado com um secreto sentimento de culpa, ou com uma baixa auto-valorização, ou, ainda, desejando punir-se por alguma coisa – e você pode não perceber isso, mas os seus resultados num dado período de tempo lhe dirão claramente – pode estar certo de que seu capital se desfará em pó (você irá deixá-lo todo para o mercado, “and plus more”, para citar novamente Mark Douglas).

A terceira habilidade é o primeiro divisor de águas entre aqueles que se julgam traders e aqueles que os são de fato. É a capacidade de domínio eficaz da análise e das formas de operação, o domínio de uma estratégia de trading. Para o trader versado nesta habilidade, as operações deixam de ser aleatórias e passam a fazer parte de uma estratégia sólida, uma campanha sistematizada de trades. Não há lugar aqui para a aposta, para o “achismo”, para a especulação vã: o trader sabe o que busca, definiu suas metas e opera com a consistência dos que têm um propósito superior. Está harmonizado com o Mercado, e opera com base numa larga experiência técnica e com o controle absoluto de suas habilidades interiores. Aqui surge a intuição que transcende a técnica, aqui surge o domínio. Eis porque é chamado de Dominium Trader.

Desenvolver estas três habilidades nos levará ao domínio do trading como técnica, atividade e profissão – e a uma possibilidade de sucesso acima da média.

AVISO

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