RESENHA DA BOLSA - HARAMOTO - QUINTA-FEIRA 15/01/2015
ÁSIA: O otimismo dominou nos mercados nesta quinta-feira, com a recuperação dos preços da energia durante a madrugada. O MSCI Asia Pacific Index (MXAP) adicionou 0,7% depois que a Índia cortou de maneira surpreendente as taxas de juros em 25 pontos-base, para 7,75%. O S & P BSE Sensex subiu 2,42%
O referencial Nikkei do Japão subiu 1,86%, um dos melhores desempenhos da região depois de dois dias de queda, com um iene mais fraco favorecendo a recuperação dos exportadores. O dólar americano foi buscar ¥ 117,8, em comparação com 117,1 no fechamento de quarta-feira. Enquanto isso, os pedidos de máquinas de novembro no Japão aumentou 1,3%, abaixo dos 4,8% estimados pela Reuters, mas muito melhor que que a queda de 6,4% em outubro.
Na China, o Shanghai Composite inverteu a abertura com perdas para terminar 3,54% maior, com relatos de que o governo pretende aumentar os investimentos nas províncias ocidentais. Papeis relacionados com infraestrutura estiveram entre os destaques positivos. Os fabricantes de trem CSR e China CNR subiram para a máxima diária permitida de 10% cada. Empresas de energia também tiveram um impulso positivo, com a interrupção da queda dos preços do petróleo. PetroChina e China Oilfield Services subiram 8 e 3,6% cada.
Setor financeiro também apoiaram a bolsa, apesar de dados do Banco Central mostrarem que os bancos chineses emitiram menos crédito em dezembro do que o esperado, apesar do corte surpresa das taxa pelo Banco Central no final de novembro. Em dezembro, os novos empréstimos bancários atingiram seu nível mais alto desde 2009, depois que o banco central da China começou a adotar medidas para combater efeitos da crise financeira global. Ao mesmo tempo, o financiamento social total, uma medida mais ampla de crédito na economia, subiu 1,69 trilhões de yuans em dezembro, ante 1,15 trilhões de yuans em novembro, impulsionado por uma recuperação inesperada em empréstimos em confiança, componente do sistema bancário paralelo.
O Banco da Coréia reduziu sua estimativa de crescimento do PIB para 3,4% em 2015, contra uma previsão anterior de crescimento de 3,9% e manteve a taxa básica de juros inalterada em 2% pelo terceiro mês consecutivo, em grande parte devido a queda nos gastos das famílias e ao impacto da queda dos preços do petróleo em refinarias coreanas e empresas petroquímicas.
O banco central espera que os preços no consumidor suba 1,9% este ano, ante uma previsão anterior de 2,4%. A inflação ficou em 1,3% em 2014, bem abaixo meta anual de inflação do Banco Central de 2,5%. Blackberry negou relatos anteriores de que estava em negociações com a fabricante de smartphones Samsung Electronics. O Kospi fechou praticamente estável.
Em sentido contrário, o S & P ASX 200 da Austrália caiu 0,41%, perdendo pela quarta sessão consecutiva, após a taxa de desemprego do país cair inesperadamente em dezembro. A taxa de desemprego ficou em 6,1%, abaixo das expectativas de 6,3%. A economia australiana adicionou 37.400 postos de trabalho, superando estimativa da Reuters por 3.800 postos de trabalho, após robusto 42,7 mil postos de trabalho em novembro.
Mineradoras e bancos tiveram os piores desempenhos. Rio Tinto e BHP Billiton caíram 2,4 e 1%, respectivamente, com os investidores assustados com as recentes quedas nos mercados de commodities. Iluka Resources recuou 2,6% depois de anunciar uma queda nas receitas em 2014 e um início lento para as vendas de zircão em 2015, enquanto Westpac Banking e Australia and New Zeland Banking Group liderou as quedas entre os "Big 4".
O setor de energia espancados recentemente limitou as perdas com a melhora dos preços do petróleo. Santos e Oil Search fecharam com alta de 1,6 e 0,1%, respectivamente, enquanto Liquefied Natural Gas saltou 12%. Woodside Petroleum deslizou 1,4% após notícia de que iria cortar o investimento neste ano, após a queda nos preços do petróleo, apesar do relatório recorde de vendas no ano.
EUROPA: As bolsas europeias abriram em alta, recuperando-se da queda de ontem, com os investidores analisando resultados de empresas e na expectativa da reunião do Banco Central Europeu no próximo dia 22, em meio a especulações de que irá ampliar o seu programa de compra de ativos para combater a deflação na região.
O índice Stoxx Europe 600 sobe 1%, após deslizar ontem, pesada por ações de energia e mineração, seguindo a queda dos preços mais baixos das commodities. O indicador ainda está 2,3% abaixo da alta de quase sete anos, atingido em 05 de dezembro.
Entre outras noticias corporativas, Beiersdorf sobe 3,5% depois que a fabricante alemã dos cremes para pele Nivea registrou vendas de € 6,29 bilhões (7,400 bilhões dólares), superando a estimativa de 6,25 mil milhões de euros para o ano dos analistas e Cie. Financiere Richemont cai 1,7%, após a fabricante de jóias Cartier informar que a receita no terceiro trimestre estagnou pela primeira vez em seis anos, devido protestos em Hong Kong interrompendo as vendas no maior mercado dos relógios suíços.
No Reino Unido, o índice FTSE 100 salta no início dos negócios, recuperando de uma onda de vendas de 2,4% na quarta-feira, quando marcou o pior desempenho diário em um mês. O cobre recupera o território perdido e sobe 2,7%, ajudando as empresas de mineração listadas em Londres. BHP Billiton sobe 2,84%, Glencore avança 0,61%, Anglo American adiciona 1,58%.
Empresas de petróleo também registram performances sólidas, liderados por Tullow Oil, cujas ações ganham 2,8% depois de anunciar que vai cortar seu orçamento de exploração. BP sobe 1,58%, após Financial Times informar que a gigante do petróleo irá anunciar um plano de corte de empregos no Mar do Norte. Royal Dutch Shell sobe 1,39%, enquanto a BG Group avança 1,75%.
Produtores de metais preciosos perdem valor, com o ouro para entrega em fevereiro caindo 0.51%, a prata para entrega em março deslizando 1.14%, paládio para março recuando 0,14%, enquanto a platina para entrega em abril cai 0,39%. Antofagasta perde 1,48%, Kaz Minerals cai 2,88%, Randgold Resources recua 0,16% e Vedanta Resources perde 0,27%.
O PIB da Alemanha expandiu 1,5% em 2014, o melhor crescimento em 3 anos, após um aumento de 0,1% no ano anterior
AGENDA ECONÔMICA:
EUA:
11h30 - Producer Price Index - PPI (mede o preço cobrado pelos produtores) e também o Core PPI (exceção aos preços de alimentação);
11h30 - NY Empire State Manufacturing Index (mede a atividade manufatureira no estado de Nova York);
11h30 - Unemployment Claims (número de pedidos de auxílio-desemprego);
13h00 - Philly Fed Manufacturing Index (indicador responsável por mensurar a atividade industrial no estado).;
ÍNDICES MUNDIAIS (7h10):
ÁSIA
Nikkei: +1,86%
Austrália: -0,41%
Hong Kong: +0,99%
Shanghai Composite: +3,52%
EUROPA
Frankfurt - Dax: +1,09%
London - FTSE: +0,82%
Paris CAC +1,21%
IBEX 35: +0,84%
FTSE MIB: +1,19%
COMMODITIES
BRENT: -2,01%
WTI: -1,76%
OURO: -0,19%
COBRE: +2,26%
NIQUEL: +1,70%
SOJA: +0,33%
ALGODÃO: +0,58%
ÍNDICES FUTUROS
Dow: +0,39%
SP500: +0,45%
NASDAQ: +0,45%
RESULTADOS CORPORATIVOS:
EUA: Bank of America, BlackRock, Citigroup, Fastenal, Republic First Bank, PPG Industries, Taiwan Semi, Bank of the Ozarks, Intel, MB Financial
Observação: Este material é um trabalho voluntário e gratuíto, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. Atenção para o horário da disponibilização dos dados desse relatório. Você pode acompanhar também no http://br.investing.com/ e no http://haramoto.blogspot.com. Siga também no twitter: http://www.twitter.com/haramototrader
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