RESENHA DA BOLSA - QUINTA-FEIRA 05/11/2015

ÁSIA: As bolsas asiáticas fecharam sem direção na quinta-feira, após a presidente do Federal Reserve Janet Yellen dizer perante o Comitê de Serviços Financeiros da Câmara, em Washington, que existe a chance de um aumento da taxa de juros na reunião de política monetária em dezembro se os próximos dados econômicos vierem favoráveis e como resultado, as bolsas dos EUA declinaram.

No Japão, o Nikkei estendeu os ganhos, graças a um salto na paridade dólar-iene após aumento das expectativas de uma subida das taxas nos EUA em dezembro. Destaque para as ações da gigante ​​Japan Tobacco que dispararam 7,1%, após elevar a previsão de lucro líquido e seus dividendos no fim de ano.

Estendendo sua série de vitórias no segundo dia, Japan Post Insurance superou seus rivais com um aumento de 13,4%, enquanto Japan Post Holdings e Japan Post Bank subiram 3,4 e 6,2%, respectivamente, após uma estreia impressionante no pregão anterior.

Entre retardatários, Takata despencou 25,2% para seu nível mais baixo desde abril de 2009, após a Honda Motor dizer na quarta-feira que não usará mais os air bags feitas pela empresa. Honda, que na quarta-feira anunciou um salto de 14% no lucro líquido nos seis meses encerrados em setembro, fechou em alta de quase 2%. Toyota Motor subiu 0,5% em um pregão agitado, com os investidores esperando o balanço da montadora. Toshiba despencou 3,4% depois que o jornal Nikkei afirmou que a empresa pode relatar seu primeiro prejuízo operacional em 6 anos no trimestre entre abril a setembro.

Enquanto isso, os membros do conselho do Banco do Japão (BOJ) mantiveram sua visão otimista sobre a economia do país, mas muitos deles alertaram que a desaceleração do crescimento nos mercados emergentes se prolongar, poderia pesar sobre as exportações, segundo a minuta da última reunião do banco central.

Na China, o Shanghai Composite fechou com alta de 1,83%. No início da sessão, a bolsa de Xangai atingiu 3.585 pontos, o nível mais alto do índice desde 21 de agosto, entrando em território "bull market". O índice Shenzhen Composite subiu 0,20%, após saltar 5% na quarta-feira, seu maior ganho percentual diário em quase dois meses. Shenzhen já subiu 32% desde seu fundo em 15 de setembro. Em Hong Kong, o índice Hang Seng fechou praticamente estável.

A recuperação acontece antes da reunião entre o presidente chinês, Xi Jinping e presidente taiwanês, Ma Ying-jeou, neste sábado, a primeira entre a China e Taiwan desde que os dois lados separaram em 1949 após a guerra civil chinesa.

Empresas de valores mobiliários foram destaques de alta; Huatai Securities, Founder Securities e Everbright Securities atingiram o limite diário de 10% de alta, enquanto China Merchants Securities, Citic Securities e Haitong Securities avançaram entre 5,9 e 7,5%. Bancos seguiram o sentimento positivo. Banco Industrial e Comercial da China (ICBC) e Bank of China avançaram cerca de 2% cada.

China Southern Airlines recuperou as perdas iniciais e saltou 4,7% em Xangai, apesar da notícia de que seu presidente Si Xianmin estava sendo investigado pelas autoridades anti corrupção da China por 'violações disciplinares graves'. Em Hong Kong, os papeis da companhia aérea avançou 1%. Glencore subiu 6% em Hong Kong após a trader de commodities anunciar na quarta-feira planos para reduzir sua dívida através da venda de ativos.

Na Austrália, a fraqueza no setor bancário levou o S & P ASX 200 para baixo. National Australia Bank foi o maior perdedor depois de passar ex-dividendos; suas ações caíram 4,5%. Commonwealth Bank of Australia, que anunciou lucros de A $ 2400000000 (US $ 1,7 bilhões) no primeiro trimestre, caiu 1%. Westpac e ANZ Banking recuaram 0,5 e 0,8%, respectivamente.

Mineradoras recuaram em meio a queda dos preços do minério de ferro; BHP Billiton e Rio Tinto perderam 0,8 e 1,4 % respectivamente, enquanto produtoras de ouro também recuaram depois dos preços do metal amarelo permaneceram próximos da mínima de 1 mês no comércio asiático. Newcrest Mining e Evolution Mining deslizaram mais de 3%, enquanto Kingsgate Consolidated terminou 6,2% menor.

EUROPA: As bolsas europeias são negociadas em alta mesmo com o Federal Reserve dos Estados Unidos sugerir uma alta da taxa na reunião de dezembro. Testemunhando perante o Comitê de Serviços Financeiros da Câmara, a Presidente do FED, Yellen disse na quarta-feira que espera que a economia cresça "em um ritmo suficiente para gerar mais melhorias no mercado de trabalho e trazer a inflação para a meta de 2%".

O Stoxx Europe 600 abriu em alta de 0,1%, mas os mercados estão apreensivos e aguardam o relatório de empregos de outubro dos Estados Unidos que será divulgado na sexta-feira.

Na França, o banco Société Générale teve um aumento acentuado na atividade no varejo, registando um aumento de 27% no lucro líquido no terceiro trimestre para 1.126 bilhões de euros (US $ 1,2 bilhão). Ações do banco sobem 4,3%. Credit Agricole cai 3,4% após o banco reportar lucro no terceiro trimestre que mostraram um aumento de 14,8% no lucro líquido para 930 milhões de euros, em linha com as expectativas.

Na Alemanha, Volkswagen cai 0,25% após ser rebaixada pela Moody´s. A Alemanha deve testar novamente todos os modelos de automóveis da montadora para medir seus níveis de emissões de poluentes após novas revelações da montadora.

No Reino Unido, o FTSE 100 cai, quebrando um rali de três dias de alta, antes dos relatórios do Banco de Inglaterra que podem fornecer insights sobre quando o BC aumentará a sua taxa de juro. O banco central deve deixar a taxa de juro de referência em um recorde de baixa de 0,5%. Apenas o setor da saúde avança. AstraZeneca sobe 2,90% depois que a farmacêutica elevar suas previsões de receita e lucro, melhor do que o esperado.

Randgold Resources cai 2,37% após o lucro da produtora de ouro cair no terceiro trimestre. A empresa não conseguiu compensar o efeito negativo da redução dos preços do ouro e os custos de caixa mais elevados. A mineradora e trading de commodities Glencore sobe 0,2%, após ser atualizada pela Deutsche Bank de esperar para comprar. As ações subiram 5,4% na quarta-feira quando a Glencore disse que deve cortar mais dívida do que o anteriormente esperado. Ações da Glencore deslizaram 59% este ano.

Entre outras mineradoras, Anglo American despenca 3,37%, Antofagasta recua 1,21% e as gigantes BHP Billiton e Rio Tinto perdem 1,03% cada.

Em outras notícias, a evidência sugere que uma bomba plantada pelo grupo militante Estado Islâmico é a causa provável do acidente da semana passada de um avião russo sobre península do Sinai do Egito, segundo Estados Unidos e fontes de segurança europeus.

AGENDA DO INVESTIDOR:
EUA:
10h30 - Challenger Job Cuts (número de demissões corporativas);
11h30 - Unemployment Claims (número de pedidos de auxílio-desemprego);
11h30 - Prelim Nonfarm Productivity (mede a produtividade da mão-de-obra da economia norte-americana, excluída a agropecuária);
11h30 - Prelim Unit Labor Costs (mede a variação no custo total do emprego);
11h30 - Discurso do Presidente do Fed de Nova York William Dudley;
12h10 - Discurso do vice-presidente do Fed, Stanley Fischer;
16h30 - Discurso do Presidente do Fed de Atlanta, Dennis Lockhart;

ÍNDICES MUNDIAIS - 7h30:

ÁSIA
Nikkei: +1,00%
Austrália: -0,94%
Shanghai: +1,83%
Hong Kong: +2,15%

EUROPA
Frankfurt - Dax: +0,24%
London - FTSE: -0,47%
Paris CAC: +0,45%
IBEX 35: -0,17%
FTSE MIB: -0,14%

COMMODITIES
BRENT: +0,06%
WTI: -0,15%
OURO: +0,09%
COBRE: -1,06%
SOJA: -0,34%
Algodão -0,37%

ÍNDICES FUTUROS
Dow: +0,10%
SP500: +0,10%
NASDAQ:  +0,03%

Observação: Este material é um trabalho voluntário e gratuito, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. Atenção para o horário da disponibilização dos dados desse relatório.