RESENHA DA BOLSA - QUINTA-FEIRA 03/12/2015
ÁSIA: A maioria das bolsas da Ásia fechou com perdas na quinta-feira, na sequência da queda em Wall Street, com investidores abalados após um tiroteio em massa em San Bernardino, na Califórnia, em que pelo menos 14 pessoas foram mortas e 17 feridos. A presidente do Federal Reserve Janet Yellen fez comentários hawkish confirmando que a alta da taxa de juros é iminente e hoje, o Banco Central Europeu (BCE) deve anunciar novas medidas de estímulo na zona euro.
Na sexta-feira, os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) vão se reunir para decidir sobre as políticas de produção de petróleo. Analistas tem pouca expectativa de que os países da OPEP chegarão a um acordo. A Opep, liderada pela Arábia Saudita, tem adotado a estratégia de defender a sua quota no mercado, mesmo em face do excesso de oferta global, forçando para baixo o preço para concorrer com o xisto. De acordo com a Agência Internacional de Energia, os estoques de petróleo do mundo estão atualmente em um nível recorde.
Na China, o Shanghai Composite se destacou entre as ações asiáticas e fechou em território positivo, 1,35%, na sequência da alta de ontem, com especulação de estímulo adicional por conta de Pequim para sustentar a desaceleração do mercado imobiliário da China. O Shenzhen Composite fechou 2,5% superior; o Chinext subiu 3,5% e o índice CSI 300 subiu 0,73%.
O índice PMI Caixin, que monitora de perto a atividade comercial entre empresas pequenas e médias caiu para 51,2 em novembro, ante 52 no mês anterior. O PMI serviços oficiais mostrou na terça-feira, um pequeno aumento para 53,6 de 53,1 em outubro. Uma leitura acima de 50 indica crescimento.
O Nikkei do Japão diminuiu as perdas e fechou praticamente estável em 19.940 pontos, com os investidores cautelosos com a frágil economia do país. Segundo dados divulgados, investidores estrangeiros ficaram vendidos nas ações japonesas na semana passada, com 54,6 mil milhões de ienes (US $ 443 milhões) em ações.
Na quarta-feira, o vice presidente do Banco do Japão, Kikuo Iwata disse em Okayama que o BOJ está preparado para aliviar a política monetária novamente se as condições nos mercados emergentes piorarem e levar a uma deterioração da inflação.
Na Austrália, o ASX 200 caiu 0,58%, pesado por preços mais baixos das commodities, após a Presidente do Fed, Janet Yellen insinuar novamente a iminente alta da taxa de juros quando o Comitê de Mercado Aberto do Federal Reserve se encontrar em 16 de dezembro.
O minério de ferro caiu para uma baixa de 10 anos, atingindo a marca de US $ 40 a tonelada. As ações da Fortescue, BC Iron, e Mount Gibson fecharam em queda entre 2,2 e 4%. As gigantes Rio Tinto e BHP Billiton caiu 1,9 e 2,9%, respectivamente.
EUROPA: Mercados europeus virou pro território positivo nesta sexta-feira, com investidores aguardando a decisão do Banco Central Europeu (BCE). É esperado a manutenção das taxas e novas medidas de estímulo do programa de compras de € 60.000.000.000 mensais, a fim de impulsionar a inflação e crescimento na zona do euro.
Os mercados também estão focados na decisão do Federal Reserve dos EUA que deve aumentar as taxas. Mercados aguardam novamente os comentários do Fed presidente Janet Yellen nesta quinta-feira, desta vez perante o Comitê Econômico Conjunto do Congresso.
Na quarta-feira, dados preliminares de inflação da zona do euro para novembro mostraram que os preços subiram um medíocre 0,1% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Na França, a taxa de desemprego aumentou no terceiro trimestre para 10,6% ante 10,3% no segundo.
O euro cai após índice PMI de serviços da zona do euro desapontar. A leitura final em novembro ficou em 54.2 ante leitura flash de 54.6. O PMI final composto (que monitora a atividade de manufatura e serviços) da zona do euro ficou em 54,2 em novembro ante leitura flash de 54.4.
Em outras notícias, os políticos britânicos votaram na quarta-feira a favor de juntar a outros países ocidentais nos ataques aéreos na Síria contra o grupo militante, chamado Estado Islâmico, após mais de 10 horas de debate, 397 membros do parlamento (MPs) votaram a favor de ataques aéreos e 223 contra. Foi relatado que os primeiros ataques aéreos foram efetuadas durante a noite na Síria.
O FTSE 100 opera entre altas e baixas, na sequência de duas altas anteriores, quando o índice atingiu o seu nível mais alto desde 28 de outubro, de acordo com dados FactSet. Goldman Sachs rebaixou a Associated British Foods que cai 0,97%. As mineradoras e produtores de energia perdem terreno. A produtora de petróleo da BP recua 0,12%, antes da reunião dos membros da OPEP na sexta-feira. As mineradoras Anglo American e BHP Billiton caem 1,92 e 2,14% respectivamente, enquanto Rio Tinto perde 1,05%, após nova queda do minério de ferro.
AGENDA DO INVESTIDOR:
EUA:
10h30 - Challenger Job Cuts (número de demissões corporativas);
11h30 - Unemployment Claims (número de pedidos de auxílio-desemprego);
12h45 - Final Services PMI (Índice PMI de Serviços);
13h00 - ISM Non-Manufacturing PMI (índice baseado em pesquisas com 400 empresas não industriais, em 60 setores em todo o país);
13h00 - Factory Orders (mede o volume de pedidos feitos à indústria como um todo, de bens duráveis e bens não duráveis);
13h00 - Testemunho da Presidente do FED Janet Yellen no Congresso dos EUA;
16h10 - Discurso do membro do FOMC e Presidente do FED de Dallas, Richard Fisher
ÍNDICES MUNDIAIS - 7h20
ÁSIA
Nikkei: +0,01%
Austrália: -0,58%
Shanghai: +1,35%
Hong Kong: -0,31%
EUROPA
Frankfurt - Dax: +0,59%
London - FTSE: +0,09%
Paris CAC: +0,59%
IBEX 35: +0,52%
FTSE MIB: +0,70%
COMMODITIES
BRENT: +1,07%
WTI: +0,60%
OURO: -0,48%
COBRE: -0,20%
SOJA: -0,50%
ALGODÃO -0,52%
ÍNDICES FUTUROS
Dow: +0,28%
SP500: +0,32%
NASDAQ: +0,40%
Observação: Este material é um trabalho voluntário e gratuito, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. Atenção para o horário da disponibilização dos dados desse relatório.
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