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RESENHA DA BOLSA - TERÇA-FEIRA 26/01/2016

ÁSIA: As vendas voltaram a imperar entre os investidores da Ásia nesta terça-feira, com a queda dos preços do petróleo golpeando novamente os stocks de energia da região, após autoridades iraquianas divulgarem à Reuters na segunda-feira, uma produção recorde do país em dezembro com certos campos produzindo 4.130.000 barris por dia. A queda do petróleo ajudou a derrubar as ações dos EUA na segunda-feira, enquanto todos aguardam as declarações da reunião do banco central americano de dois dias que começa nesta terça-feira.

No continente, as bolsas fecharam em forte queda na hora final do pregão, puxando os pares regionais. O Shanghai Composite despencou 6,4%, a maior perda diária desde que o governo acabou com o mecanismo de "circuit breaker, atingindo seu nível mais baixo desde dezembro de 2014. No ano, o índice já cai 22% e  está  47% abaixo da alta de junho de 2015. ChiNext, um índice tipo Nasdaq mergulhou 7,8%, enquanto o índice Shenzhen Composite despencou 7,1%.

Segundo analistas, investidores estão preocupados com saídas de capitais da China e com o sentimento mais fraco antes do Ano Lunar da China que começa em 7 fevereiro. O Banco do Povo da China injetou 360 bilhões de yuans em mercados de dinheiro na terça-feira em uma tentativa de aumentar a liquidez antes do feriado do Ano Novo Lunar. Foi a maior operação diária em três anos, mas não conseguiu animar os mercados.

O índice Hang Seng de Hong Kong caiu 2,5% e o Hang Seng Enterprises, que monitora  empresas do continente em Hong Kong, caiu 2,5%, o nível mais baixo desde 2009. CNOOC cai 6% em Hang Seng e no continente, PetroChina e Sinopec recuaram 5%.

O Nikkei do Japão interrompeu a sequencia de dois dias de alta recuando mais de 2%. Recebeu pressão do iene japonês, que fortaleceu 0,2%, para ¥ 118,09 por dólar. As fabricantes de autopeças estavam em foco em meio a relatos da Reuters de que empresas do setor estão na mira dos reguladores europeus, que podem ser multados por combinação de preços e que o montante poderia chegar a 10% do volume global. Denso, Mitsubishi Electric e Hitachi caíram mais de 3%.

Setor de siderurgia também recuaram depois que dados mostraram que as exportações de aço em 2015 caíram para uma baixa de quatro anos; Kobe Steel e JFE Holdings recuaram 6 e 5%, respectivamente.

Na Coréia do Sul, o Kospi caiu mais de 1% após fechar em seu nível mais alto em um mais de uma semana na segunda-feira. Dados divulgados antes da abertura do mercado mostraram que o PIB do quarto trimestre subiu 0,6%, menos que a expectativa de 0,7% e pior que os 1,3% no mês anterior. O crescimento em 2015 ficou em 2,6%, ante 3,3% em 2014, devido principalmente ao efeito do ambiente externo lento. O fato de ser um grande importador de petróleo, o país se beneficia dos preços do petróleo.

EUROPA: Mercados europeus abriram em baixa, com o petróleo caindo novamente e após as bolsas chinesas despencarem mais de 6%. Montadoras alemãs Daimler e BMW, players de artigo de luxo como Richemont e LVMH e siderúrgicas como a holandesa Acerlormittal, registram baixas devido preocupações com a demanda da China. O pan europeu Stoxx 600 recua 1,6%.

Entre as notícias corporativas, a empresa alemã Siemens sobe 3,8% após reportar um sólido lucros no trimestre, apesar de um ambiente desafiador. A fabricante holandesa de scanner médico e de luzes de LED Philips, informou prejuízo líquido de 39 milhões de euros ($ 42000000) no quarto trimestre e disse que espera que "modesto" crescimento de vendas este ano, mas as ações sobem 3,8%.

No Reino Unido, o FTSE 100 desliza rastreando as bolsas europeias e asiáticas que recuaram após os preços do petróleo afundar novamente abaixo de US $ 30 o barril, depois que a Arábia Saudita disse novamente que não vai cortar investimentos, mesmo face aos baixos preços do petróleo, apesar do excesso de oferta do mercado de petróleo. A China é um grande comprador de metais e segundo maior consumidor de petróleo do mundo. Ações de commodities compõem cerca de um quinto da ponderação do índice FTSE 100.

Royal Dutch Shell cai 2,85%, BP perde 2,48% e BG Group recua 1,68%, enquanto a maioria das ações de mineradoras também recuam. Billiton cai 3,39%, Rio Tinto perde 1,09%. Em sentido contrário, Anglo American sobe 0,77% e as produtoras de ouro  metais preciosos Randgold Resources e Fresnillo sobem 1,79 e 1,37%, refletindo a alta nos preços do ouro.

O Kuwait, membro da OPEP, disse que o país está pronto para cortar a produção, num esforço para conter a queda dos preços do petróleo, mas observou que os produtores fora do cartel ainda não estão prontos para cooperar. Ela também disse que os preços não devem subir de volta para níveis de mais de US $ 100 o barril em 2014, mas poderiam oscilar em torno de US $ 40 a 60 por barril até 2020.


Entre outras notícias, o presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, prometeu na segunda-feira aumentar a inflação, rejeitando as críticas do programa de afrouxamento da política monetária do BCE e argumentando que o crescimento lento dos preços danificaram a economia da zona do euro, informou a Reuters.

AGENDA DO INVESTIDOR:
EUA:
12h00 - S&P/CS Composite-20 HPI (examina as mudanças no valor (preço de venda) do mercado imobiliário em 20 regiões nos EUA no ano anterior. Este relatório ajuda a analisar a força do mercado imobiliário dos EUA, o que contribui para a análise da economia como um todo);
12h45 - Flash Services PMI (estimativa inicial do Índice PMI, fornecendo indicadores precedentes para dados finais do PMI de Serviços. São um dos primeiros indicadores econômicos de cada mês, fornecendo evidências de mudanças nas condições econômicas;
13h00 - CB Consumer Confidence (mede o nível de confiança dos consumidores na atividade econômica. É um indicador importante, pois pode prever os gastos do consumidor, que é uma parte importante da atividade econômica);
13h00 - Richmond Manufacturing Index (consiste numa pesquisa com cerca de 100 fabricantes, determinando a saúde econômica do setor manufatureiro no distrito de Richmond. Qualquer leitura acima de 0 indica melhoria das condições do setor, enquanto uma leitura abaixo de 0 indica agravamento das condições);

ÍNDICES MUNDIAIS - 7h30:

ÁSIA
Nikkei: -2,35%
Austrália: +1,84%
Shanghai: -6,42
Hong Kong: -2,54%

EUROPA
Frankfurt - Dax: -1,06%
London - FTSE: -1,36%
Paris CAC: -1,35%
IBEX 35: -1,16%
FTSE MIB: -1,10%

COMMODITIES
BRENT: -1,11%
WTI: -0,50%
OURO: +0,70%
COBRE: -0,08%
SOJA: -0,45%
ALGODÃO -0,32%

ÍNDICES FUTUROS
Dow: -0,70%
SP500: -0,61%
NASDAQ: -0,84%

Observação: Este material é um trabalho voluntário e gratuito, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado e a europeia no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário da disponibilização dos dados.

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