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RESENHA DA BOLSA - SEGUNDA-FEIRA 22/02/2016

ÁSIA: As bolsas da Ásia terminaram em alta, estendendo os ganhos da semana passada, quando o Nikkei ganhou 8% e nos EUA as ações subiram 2,6%. Foi o melhor ganho percentual semanal para os stocks dos EUA em três meses, mas analistas acreditam que os mercados continuam inseguros em meio à sinais de que a economia mundial perdeu força frente a onipotência dos bancos centrais, mas que o pessimismo que levou as ações globais a caírem no início do ano foi exagerado e levou os caçadores de barganhas a entrarem em ação.

Os ministros de finanças e presidentes dos bancos centrais dos países do G20 se reunirão em Xangai nesta semana para discutir formas de reforçar o crescimento econômico global, após países como a Dinamarca, Suécia, Suíça e Japão introduzirem taxas de juros negativas, o que gerou preocupações de que os bancos centrais estão ficando sem opções para impulsionar suas economias.

O Shanghai Composite Index subiu 2,37%, em 2902,59, depois que meios oficiais de comunicação da China disseram no fim de semana que Liu Shiyu, presidente do Banco Agrícola da China e ex-vice presidente do Banco do Povo da China (PBOC), substituiu Xiao Gang como chefe da Comissão Reguladora da China e que a alteração poderia ser positiva para os mercados no curto prazo, pois Xiao estava sob intensas críticas devido à decisões polêmicas que culminaram com turbulências nos mercados chineses a partir no verão passado, em particular, se referindo ao mecanismo de "circuit breaker", destinado a restringir a volatilidade mas que o tiro saiu pela culatra. A bolsa de Xangai caiu quase 50% desde o seu topo em junho passado.

O yuan chinês subiu 0,1% em relação ao dólar dos EUA para 6,5221 o dólar no mercado offshore (livremente negociado), mas ficou praticamente inalterado no onshore, onde negociam dentro de uma spread pré definido pelas autoridades. Em Hong Kong, o índice Hang Seng subiu 0,96%.

No Japão, o Nikkei fechou em alta de 0,90%, em 16,111.05 pontos, puxadas pelas altas de alguns setores que se beneficiaram de preços mais baixos do petróleo bruto como a aviação. Japan Airlines disparou 5,59% e ANA Holdings subiu 2,84%. O iene manteve-se forte em relação ao dólar, flutuando em torno de 112, significativamente abaixo dos níveis de mais de 120 no início do mês, quando o Banco do Japão anunciou a mudança para uma política de taxa de juro negativa.

Na Austrália, o S & P / ASX 200 fechou em alta de 0,98%, se sustentando acima da marca dos 5000 pontos, cravando o melhor resultado em três semanas, com a continuidade do rally do preço do minério de ferro ajudando a impulsionar ações de mineradoras. O minério de ferro continuou seus últimos ganhos, agora em $ 48.52 a tonelada, 27% acima ante sua baixa em dezembro. As gigantes BHP Billiton e Rio Tinto foram responsáveis ​​por uma grande parte do ganho do mercado, com a primeira subindo 3,4%, enquanto a última ganhou 3,2%.

Os preços do petróleo, que caíram durante o pregão americano, registraram ganhos durante o horário asiático. Os principais produtores de petróleo, incluindo a Rússia, Arábia Saudita, Catar e Venezuela, se reuniu em Doha na semana passada e disseram que estavam prontos para congelar a produção em níveis de janeiro se outros produtores fizessem o mesmo. O Irã saudou o acordo, ao dizer que ela própria congelaria a produção em níveis de janeiro, mas seu vice-ministro do petróleo disse em seguida que iria aumentar a produção em breve e a euforia por um potencial acordo entre os membros da OPEP e da Rússia se dissiparam rapidamente com o Irã e o Iraque não se comprometendo com o tal acordo. Players regionais fecharam sem direção. A australiana Woodside Petroleum caiu 1,35%, mas Oil Search subiu 1,68% e a japonesa Inpex perdeu 4,81%, enquanto Fuji Oil subiu 0,98%. Na China continental, China Oilfield ganhou 2,23%.

EUROPA: As bolsas europeias avançam na abertura do pregão desta segunda-feira, impulsionados pela alta na Ásia e uma recuperação nos preços das commodities. O índice pan europeu Stoxx 600 salta 1,6% com todos os setores em território positivo, impulsionado pelo recuperação dos preços do petróleo após fortes perdas na sessão anterior.

A atividade econômica da Zona Euro abrandou em fevereiro pelo segundo mês consecutivo, aumentando a probabilidade do Banco Central Europeu anunciar novas medidas de estímulo. A economia da zona do euro desacelerou ligeiramente no segundo semestre do ano passado. As pesquisas indicam que a recuperação já modesta, está perdendo força com o declínio dos preços do petróleo desde o início do ano, enfraquecendo as perspectivas da inflação na zona euro. O índice PMI composto da Markit, que acompanha a atividade de 5.000 empresas em toda a zona do Euro, caiu para 52,7 em fevereiro, ante 53,6 em janeiro, seu nível mais baixo em mais de um ano. Economistas consultados pelo The Wall Street Journal na semana passada esperavam um declínio para 53,3.

As pesquisas indicam que a atividade na França, a segunda maior economia da zona do euro, caiu em fevereiro pela primeira vez desde janeiro de 2015, enquanto a Alemanha viu aumento da atividade no menor ritmo em sete meses. Em outras partes da área da moeda comum registrou expansões mais fraco desde fevereiro de 2015.

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico reduziu na quinta-feira a sua previsão de crescimento econômico para a zona euro em 2016 de 1,8% para 1,4%.

No Reino Unido, o FTSE 100 sobe pela primeira vez em três sessões, com companhias de petróleo registraram ganhos sólidos, acompanhando a alta nos preços do petróleo. BP sobe 2,02%, Royal Dutch Shell avança 1,70% e Tullow Oil sobe 5,06%.

As empresas de mineração também sobem, seguindo a alta nos preços do minério de ferro. Rio Tinto dispara 5,60%, Anglo American avança 7,28%, Glencore sobe 5,07% e BHP Billiton segue a mesma balada, subindo 5,75%, antes da divulgação do seu balanço após o fechamento de mercado na segunda-feira. O jornal Daily Telegraph disse que a mineradora deve cortar seu dividendo em uma tentativa de manter a sua classificação de grau de investimento.

Em uma nota mais pessimista, as ações do HSBC Holdings recua 3,96% após anunciar prejuízo no quarto trimestre fiscal, ante lucro no ano anterior.

A libra cai frente ao dólar, de US $ 1,4405 na sexta-feira em Nova York, para US $ 1,4189, após o primeiro-ministro britânico David Cameron fechar um acordo com a União Europeia para alterar os termos de adesão do seu país, abrindo o caminho para um referendo em 23 de junho, o chamado "Brexit", em referência a saída do Reino Unido da UE. O prefeito de Londres Boris Johnson disse no fim de semana, que apoia a saída do Reino Unido, jogando água no chopp na campanha "mais fortes juntos" do primeiro-ministro.

AGENDA DO INVESTIDOR:
EUA:
11h45 - Flash Manufacturing PMI (estimativa referente ao nível de atividade industrial nos Estados Unidos);

ÍNDICES MUNDIAIS - 7h20:

ÁSIA
Nikkei: +0,90%
Austrália: +0,98%
Shanghai: +2,37%
Hong Kong: +0,93%

EUROPA
Frankfurt - Dax: +2,01%
London - FTSE: +1,26%
Paris CAC: +1,73%
IBEX 35: +2,19%
FTSE MIB: +2,77%

COMMODITIES
BRENT: +2,42%
WTI: +2,66%
OURO: -2,22%
COBRE: +2,19%
SOJA: +0,54%
ALGODÃO +0,69%

ÍNDICES FUTUROS
Dow: +1,23%
SP500: +1,24%
NASDAQ: +1,34%

ATENÇÃO: Com o fim do horário de verão (Graças a Deus) as bolsas dos EUA abrirão às 11h30 e fecharão às 18h00 até o dia 11 de março, quando começa o horário de verão nos EUA.

Observação: Este material é um trabalho voluntário e gratuito, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado e a europeia no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário da disponibilização dos dados.

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