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RESENHA DA BOLSA - QUARTA-FEIRA 13/04/2016

ÁSIA: Mercados da Ásia fecharam em alta nesta quarta-feira, seguindo a alta dos preços do petróleo alimentando ganhos em Wall Street e dados de comércio da China divulgados nesta manhã.

A Administração Geral das Alfândegas da China mostrou que as exportações do país baseadas em dólares aumentaram 11,5% em março, a primeira alta em nove meses, ultrapassando a previsão média de um aumento de 8,5% dos economistas consultados pelo The Wall Street Journal e muito melhor do que o declínio de 25,4% em fevereiro. As importações diminuíram 7,6%, menos do que o esperado e menor do que a queda de 13,8% em fevereiro. O superávit comercial da China em março caiu para $ 29,86 bilhões, ante $ 32,5 bilhões em fevereiro.

Os dados também mostraram que a importação de matérias primas da China aumentou em março, o que provavelmente impulsionará os preços das commodities. Em março, a China importou 85,77 milhões de toneladas de minério de ferro, um aumento de 16,5% ante fevereiro; importações de carvão estavam em 19,69 milhões de toneladas em março, um aumento de 45,4% em relação à fevereiro; importações de cobre subiram 35,7% no mês, para 570.000 toneladas em março. Mercados da China continental também avançaram.  Shanghai Composite fechou em alta de 1,44%, em 3,067.19 pontos e o Shenzhen Composite subiu 1,38%. Em Hong Kong, o índice Hang Seng avançou 2,77%.

No Japão, o Nikkei liderou a alta regional e subiu 2,84%, a 16,381.22 pontos, impulsionado pela relativa fraqueza do iene em relação ao dólar. O par dólar / yen fechou a 108,81. Principais exportadores japoneses subiram, mas analistas tinham dúvidas se o rali em ações do Japão e recuo do iene iriam se sustentar, devido aparente falta de confiança política do banco central japonês e a esmagadora porcentagem do mercado continuando a acreditar num movimento do iene em direção dos 105 contra o dólar no curto.

Na Austrália, o ASX 200 adicionou 1,59%, recuperando o nível psicologicamente importante dos 5.000 pontos, para 5,054.70, impulsionado pelo avanço de 1,84% no subíndice financeiro. Os subíndices energia e materiais subiram 2,57 e 3,35%, respectivamente.

As mineradoras liderou os ganhos na Ásia, com as mineradoras australianas avançando na sequência do aumento dos preços de metais durante a noite. Os preços do minério de ferro avançou mais de 4,6%, subindo de US $ 55,90 na segunda-feira, para US $ US59,22 por tonelada. O cobre subiu 2,2% na London Metal Exchange, o alumínio subiu 1,7% e o zinco avançou 4%, apoiados por um dólar relativamente mais fraco.

BHP Billiton subiu 6%, para US $ 17,92 e Rio Tinto empurrando 4,5% para cima, em US $ 47,38, seu melhor fechamento em cinco meses. Fortescue Metals Group disparou 7,7%, para $ 3,19, não só devido a alta do preço do minério de ferro, mas também com a notícia de que havia embarcado de minério de ferro a uma taxa alta do que o esperado no primeiro trimestre e que continua a cortar custos e dívida. A mineradora disse que poderia bater seu "guidance" de embarques de 165 milhões de toneladas para o ano dependendo das condições climáticas e reduziu sua grande pilha de dívida líquida para US $ US5.9 bilhões, ante $ US6,1 bilhões, ajudado por um aumento do preço do minério de ferro e menores custos.

Setor chinês de metais também avançou. Baoshan Steel ganhou 0,17%, Yunnan Copper disparou 7,33% e Aluminium Corp. adicionou 2,42%.

Os preços do petróleo recuaram durante o pregão asiático, depois de avançar mais de 4% no fuso horário americano, estimulado pela notícia de que a Rússia e Arábia Saudita concordaram em congelar a produção antes da reunião produtores no domingo em Doha, no Catar. Na Austrália, Santos avançou 4,33%, Woodside Petroleum subiu 2,99%. A japonesa Inpex subiu 3,94% e no continente, China Petroleum avançou 2,63%.

Mercados na Coréia do Sul e Tailândia ficaram fechados hoje.

EUROPA: As bolsas europeias registram forte alta, a caminho da quarta sessão consecutiva de ganhos, após dados de exportação chineses mais fortes do que o esperado sinalizar que o crescimento econômico global não é tão fraco como temido.

A produção industrial da zona do euro caiu 0,8% em fevereiro, resultado mais fraco do que o previsto pelos economistas consultados pelo The Wall Street Journal. A queda na produção em fevereiro era esperado desde que os números divulgados pelo Eurostat no mês passado havia mostrado que a indústria da zona do euro havia registrado seu mês mais forte em mais de seis anos em janeiro.

O declínio na produção industrial em fevereiro foi generalizada em toda a zona do euro, com a produção alemã caindo 0,7%, a produção francesa recuando 1% e a produção italiana diminuindo 0,6%. A Irlanda, que registou um aumento surpreendente de 14,5% em janeiro, registrou uma queda de 10,5% em fevereiro, no entanto, houve um aumento significativo na produção na Finlândia, Eslováquia e Lituânia.

O FMI disse na terça-feira que espera que o PIB da zona do euro para aumentar 1,5% este ano, tendo subido 1,6% em 2015 e mais uma vez pediu aos governos da zona do euro para reduzir os impostos sobre o emprego e liberalizar os mercados e disse que o Banco Central Europeu deve deixar claro que irá fornecer estímulo adicional se necessário para cumprir a sua meta de inflação. O FMI reduziu suas perspectivas de crescimento global em 2016 para 3,2%, ante 3,4% na terça-feira. Um dia antes, o Banco Mundial havia cortado sua previsão global para 2,5%, ante 2,9% em meio a preocupações sobre um aumento da taxa de juros dos Estados Unidos e um abrandamento econômico nas economias emergentes.

A volatilidade nos preços do petróleo promete continuar neta quarta-feira. O petróleo opera entre altas e baixas, em parte devido à realização de lucros e em parte por causa do aumento das incertezas sobre o futuro do acordo da reunião de domingo depois que o ministro de petróleo da Arábia Saudita, Ali al-Naimi, descartou um corte na produção de petróleo nos moldes dos comentários do jornal al-Hayat e minimizou as perspectivas de ação sobre a produção, derrubando os preços do petróleo. A produtora de petróleo Total sobe 2,48% e Statoil avança 1,78%.

Os bancos italianos continuam a forte escalada e lideram o pan-europeu STOXX 600 que sobe 1,5%. No segunda-feira à noite, as principais instituições financeiras do país concordaram em criar um fundo de 6 bilhões de euros ($ 6,8 bilhões de dólares) para ajudar a combater os empréstimos bancários ruins e hoje o ministro da economia italiano, Pier Carlo Padoan, disse ao jornal Il Sole 24 Ore, que não há risco de que instituiçoões europeias, como o Banco Central Europeu ou da Comissão Europeia, bloquearão os planos para o fundo banco. BMPS, Banca Popolare di Milano e Unicredit operam em território positivo.

No Reino Unido, o FTSE 100 avança e segue a caminho do maior fechamento desde 29 de dezembro, puxada por empresas de commodities conduzindo a alta após surpreendentes dados de exportações da China.

Como a China é um dos principais compradores dos recursos naturais, os dados melhores que o esperado ajudou a impulsionar ações das mineração listadas em Londres. Anglo American sobe 7,03%, Rio Tinto impulsiona 4,39%, Antofagasta ganha 3,11% e Glencore sobe 3,60%.

Entre as produtoras de petróleo, BP sobe 2,69%, Tullow Oil dispara 8,55% e Royal Dutch Shell adiciona 1,33%.

AGENDA DO INVESTIDOR:
EUA:
9h30 - Retail Sales (mede as vendas totais do mercado varejista, desconsiderando o setor de serviços) e o Core Retail Sales (exclui as vendas de automóveis e gás);
9h30 - Producer Price Index - PPI (mede o preço cobrado pelos produtores) e também o Core PPI (exceção aos preços de alimentação);
10h30 - CB Leading Index (ou Índice de Indicadores Antecedentes, relatório que compreende 10 índices já divulgados no país e que resumem a situação da economia americana e servem como prévia para o desempenho da economia);
11h00 - Business Inventories (relatório sobre as vendas e os estoques do setor atacadista);
11h30 - Crude Oil Inventories (Relatório de Estoques de Petróleo dos Estados Unidos);
14h01 - 10-y Bond Auction (leilão de títulos de 10 anos do governo americano);
15h00 - Beige Book (Livro Bege do Federal Reserve - relatório sobre o desempenho atual da economia do país);

ÍNDICES MUNDIAIS - 7h30:

ÁSIA
Nikkei: +2,84%
Austrália: +1,59%
Xangai Composite: +1,44%
Hong Kong: +3,19%

EUROPA
Frankfurt - Dax: +2,14%
London - FTSE: +1,39%
Paris CAC 40: +2,60%
Madrid IBEX: +2,27%
FTSE MIB: +3,50%

COMMODITIES
BRENT: -0,65%
WTI: -1,09%
OURO: -1,17%
COBRE: +0,58%
SOJA: +1,26%
ALGODÃO: +0,99%
MILHO: +1,24%

ÍNDICES FUTUROS
Dow: +0,47%
SP500: +0,52%
NASDAQ: +0,72%

OBSERVAÇÃO: Este material é um trabalho voluntário, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado e a europeia no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário da disponibilização dos dados.

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