RESENHA DA BOLSA - SEGUNDA-FEIRA 04/04/2016
ÁSIA: Em um dia onde os mercados da China, Hong Kong e Taiwan não abriram, os mercados asiáticos fecharam sem direção nesta segunda-feira. Na sexta-feira, números mostraram que foram criados 215.000 postos de trabalho em março, superando as expectativas de 205.000 postos de trabalho. A taxa de desemprego nos EUA ficou em 5,0%, o primeiro aumento mensal desde maio de 2015. Analistas acreditam que os dados de emprego deste mês, em conjunto com forte crescimento do emprego ao longo dos últimos meses, ajudarão a manter a confiança dos investidores na economia dos EUA e reduzir preocupações de uma recessão.
No Japão, o Nikkei entregou seus ganhos iniciais e terminou em baixa de 0,25%, em 16,123.27 pontos. Os dados do Banco do Japão (BOJ) mostraram que a sua decisão de adotar taxas de juros negativas no final de janeiro não convenceram as empresas japonesas de que a inflação no país vai decolar. Dados adicionais divulgados nesta segunda-feira como parte da pesquisa Tankan do Banco do Japão para março mostraram que as empresas esperam que os preços aumentem em média 0,8% ao ano, abaixo das expectativas anteriores de um aumento de 1% no início deste ano. As empresas esperam que os preços subam 1,1% em três anos, abaixo das suas expectativas anteriores de um aumento de 1,3%. A pesquisa Tankan original foi lançado na sexta-feira.
O iene que tem fortalecido desde a decisão do BOJ de introduzir taxas negativas no final de janeiro e estava sendo negociado a 111,42 por o dólar na segunda-feira, abaixo dos ¥ 111,72 sexta-feira em Nova York, pesando sobre os papeis das principais exportadoras japonesas. Um iene mais forte é um negativo para os exportadores, pois afeta seus lucros no exterior quando convertidos em moeda local. Segundo analistas, o declínio do par é devido ao "apelo refúgio para a fraqueza do dólar" e tem pouco a ver com a força do iene. O dólar americano perdeu terreno após a presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, fazer comentários dovish na semana passada, aliviando preocupações de que as taxas de juros podem subir na reunião de abril do banco central.
Na Austrália, o ASX 200 perdeu força no período da tarde, pesada por players de energia e mineradoras, fechando praticamente estável em 4,995.30 pontos, mas abaixo do nível psicologicamente importante dos 5.000 pontos. Os quatro grandes bancos do país - ANZ, Commonwealth Bank of Australia, Westpac e NAB - terminaram entre queda de 0,1% e ganhos de até 0,55%. Entre as mineradoras, BHP Billiton recuou 2,6% para US $ 16,52, enquanto Rio Tinto caiu 0,7% para US $ 42,82.
Na Coreia do Sul, o Kospi fechou em alta de 0,27%. Hyundai Motor caiu 3,68% e sua afiliada Kia Motors perdeu 2,66% em meio à preocupações sobre seus ganhos financeiros. As taxas de operações de suas plantas de automóveis tem se mantido baixa no primeiro trimestre, devido à queda nas vendas no exterior, especialmente nos mercados emergentes e os analistas acreditam que seus ganhos no primeiro trimestre não agradarão os mercados.
No sudeste asiático, FTSE Straits Times Index de Cingapura subiu 0,60% enquanto em Kuala Lumpur, o FTSE Bursa Malaysia Index caiu 0,39%.
O petróleo recuou durante o horário da Ásia depois que o príncipe da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, lançou dúvidas sobre a capacidade dos produtores mundiais de petróleo em concordar com um congelamento de produção em sua reunião no Qatar em 17 de abril, alegando que o país não aceitará o congelamento se o Irã e outros grandes produtores, tanto da OPEP quanto fora do cartel, não aderissem ao acordo. Segundo a agência de notícias Shana, o ministro iraniano do Petróleo, Bijan Zanganeh, disse no fim de semana que o país está exportando acima de 2 milhões de barris de petróleo e gás condensado por dia e que ainda assim, o Irã estava produzindo 25 a 30% abaixo dos níveis pré-sanções e que quer chegar de qualquer forma aos níveis anteriores ao "congelamento". A maioria dos papeis do setor na Ásia recuaram. Na Austrália, Santos caiu 4,34% e Woodside Petroleum recuou 2,69%, enquanto no Japão, Inpex apagou os ganhos iniciais para terminar 0,5% menor, mas Fuji Oil subiu 2%.
EUROPA: Mercados europeus avançam, apesar de um pregão irregular, com investidores digerindo os mais recentes dados do mercado de trabalho dos EUA. O STOXX 600 caiu 1,3% na sexta-feira, deixando o índice iniciar a semana em queda pela terceira perda consecutiva, pesada pelo setor de telecomunicação, mas reverteu o prejuízo e avança 0,8% nesta manhã, com a maioria dos setores no território positivo.
Entre os destaques de queda, Bouygues lidera a baixa no Stoxx 600 caindo mais de 14% depois que as negociações de um possível acordo com a Orange desandou na sexta-feira. A Orange havia proposto comprar a rival por cerca de 10 bilhões de euros e suas ações caem mais de 5%, com várias agências cortando seu preço alvo. No geral, o setor registra um dos piores desempenhos regionais. Iliad, Altice e Numericable-SFR operam em forte baixa.
A maioria dos papeis do setor de automóveis opera no vermelho, após a divulgação de dados de vendas dos EUA na tarde de sexta-feira mostrarem que as vendas da Volkswagen e BMW cairam 10% cada. Ambas as ações recuam.
Deutsche Bank perdeu sua posição de um dos três maiores bancos de investimentos global, de acordo com dados recentes de pesquisas da Coalition e suas ações caem mais de 1%, tal como a maioria dos bancos na Europa.
No Reino Unido, o FTSE 100 segue lutando para definir a sua direção nesta segunda-feira, após recuar 0,5% na sexta-feira. Uma perda hoje seria o terceiro declínio consecutivo do índice de referência de Londres.
As ações da gigante do petróleo Royal Dutch Shell avançam 0,62%, enquanto as da BP sobem 0,96% e entre as mineradoras, Anglo American sobe 0,87%, BHP Billiton sobe 0,88% e Rio Tinto avança 2,44%.
Entre os dados econômicos divulgados, a taxa de desemprego da zona do euro caiu para 10,3% em fevereiro, ante 10,4% em janeiro, o menor nível desde agosto de 2011. Esta deve ser uma semana de pouco movimento para os dados econômicos, mas os investidores vão examinar atentamente a ata da reunião de março do Fed que deverá ser lançada na quarta-feira.
Entre outras notícias, um vazamento de mais de 11,5 milhões documentos internos criptografados da empresa de Mossack Fonseca com sede no Panamá, agitam o mundo político nesta segunda-feira. Os documentos vazados citam uma série de chefes de governo na criação de empresas "offshore" para abrigar milhares de milhões de dólares e devem causar furor e sacudir a governança política global.
Olhando para a Grécia, a chefe do FMI Christine Lagarde negou que o FMI está buscando empurrar a Grécia para um "default", após o Wikileaks publicar uma transcrição de uma teleconferência do alto escalão do FMI, onde discutiam supostas táticas sobre aplicação pressão sobre a Grécia, Alemanha e UE para chegar a um acordo de resgate neste mês.
AGENDA DO INVESTIDOR:
EUA:
11h00 - Factory Orders (mede o volume de pedidos feitos à indústria como um todo, de bens duráveis e bens não duráveis);
11h00 - Labor Market Conditions Index (compilação de vários dados de trabalho em uma única leitura, a fim de dar uma melhor visão do mercado);
ÍNDICES MUNDIAIS - 7h20:
ÁSIA
Nikkei: -0,25%
Austrália: -0,08%
Xangai Composite: ---%
Hong Kong: ---%
EUROPA
Frankfurt - Dax: +0,95%
London - FTSE: +0,55%
Paris CAC 40: +0,97%
Madrid IBEX: +0,43%
FTSE MIB: +0,43%
COMMODITIES
BRENT: +0,31%
WTI: -0,11%
OURO: -0,58%
COBRE: +0,12%
SOJA: +0,30%
ALGODÃO: +0,42%
MILHO: -0,49%
ÍNDICES FUTUROS
Dow: +0,16%
SP500: +0,22%
NASDAQ: +0,22%
OBSERVAÇÃO: Este material é um trabalho voluntário e gratuito, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado e a europeia no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário da disponibilização dos dados.
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