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RESENHA DA BOLSA - SEGUNDA-FEIRA 11/04/2016

ÁSIA: Os mercados da Ásia seguiram voláteis, com algumas recuperando de suas perdas matinais e outras seguindo em queda. A força do iene continuou a pesar sobre as ações do Japão, mesmo com a leitura de inflação da China contribuír para reforçar as bolsas continentais.

Antes da abertura do mercado, a China divulgou que o índice de preços ao consumidor (CPI) em março subiu 2,3% ante ano anterior, menor que os 2,5% previsto em uma pesquisa da Reuters e em linha com os 2,3% de fevereiro. A inflação ao consumidor caiu 0,4 por cento no mês. O índice de preços ao produtor (PPI), por sua vez, segue em queda mensal pela 49ª vez consecutiva, com uma queda de 4,3%, porém a taxa mais lenta do que em fevereiro. Analistas acreditam que a inflação abaixo da meta de 3% do banco central, sugere que os formuladores de políticas no continente vão continuar a aliviar a política econômica através de uma maior flexibilização monetária.

Mercados chineses fecharam em alta. Shanghai Composite subiu 1,66%, para 3,034.59 pontos e o Shenzhen Composite fechou em alta de 2%. Em Hong Kong, o índice Hang Seng oscilou entre os territórios positivo e negativo antes de fechar em alta de 0,35%.

No Japão, o Nikkei chegou a cair mais de 1,3% e conseguiu fechar em queda de apenas 0,44%, em 15,751.13 pontos. O iene japonês fechou a 107,76 contra o dólar nesta segunda-feira, em comparação com 108,03 de sexta-feira. Os principais exportadores no Japão caíram. Especula se as autoridades japonesas conseguirão conter a força do iene contra o dólar, alegando que uma possível intervenção do banco central não ajudaria muito, deixando os formuladores de políticas econômicas, ao contrário de seus colegas chineses, com poucas ferramentas para lidar com a ascensão da moeda.

Analistas acreditam que grande parte do declínio do iene frente ao dólar se deve a fraqueza da moeda americana e não da força da moeda japonesa, pois a decisão de política de apertamento do Fed tem impulsionado os rendimentos dos títulos americanos para baixo, comprimindo muito da diferença entre as duas moedas e que que qualquer intervenção do Banco do Japão (BOJ) poderá vir a ser problemático se as taxas americanas continuarem a cair, ou seja, para ver qualquer movimento sustentado, os rendimentos dos EUA deveriam se estabilizar e começar a subir novamente e Banco do Japão estar preparado para agir complementarmente.

O índice do dólar, que mede o dólar contra uma cesta de moedas ficou em 94,11, contra 94,23 da sexta-feira. O dólar australiano negociado a US $ 0,7542 no horário local à noite e o yuan chinês fechou quase estável em relação ao dólar, em 6,4675. Antes da abertura dos mercados, o Banco Popular da China definiu o ponto médio em 6,4649 yuans por dólar; o banco central da China permite que a moeda se movimente 2% para cima ou para baixo, em relação a fixação oficial do banco.

Na Austrália, o ASX 200 terminou em baixa de 0,12%, em 4,931.53 pontos, com novas quedas nos grandes bancos e fraqueza das varejistas oprimido os sólidos ganhos em ações de energia e mineração. BHP Billiton subiu 2,3%, Rio Tinto subiu 2,4%, enquanto Fortescue Metals Group disparou 7,1%.

Nos mercados de commodities, os preços do petróleo recuaram, devolvendo o avanço da manhã. O preço do petróleo está muito volátil antes da reunião dos produtores de petróleo em 17 de abril, em Doha, no Quatar. Dados divulgados na semana passada mostraram um declínio nos estoques de petróleo dos EUA. Na Austrália, Santos subiu 3,13%, Woodside Petroleum subiu 0,44%, enquanto no continente, as ações da China Petroleum subiram 1,44%. As ações da japonesa Inpex, no entanto, caiu 0,2%.

Em outras notícias, o Banco Mundial alertou em um relatório divulgado nesta segunda-feira que o crescimento econômico na região do Leste Asiático e Pacífico poderia abrandar devido ao crescimento mais fraco na China, enquanto isso, o Presidente do Banco do Japão, Haruhiko Kuroda, disse que o BoJ vai observar de perto se as instabilidades do mercado global poderá afetar a economia japonesa e os preços no país.

EUROPA: A maioria das bolsas europeias sobe nesta segunda-feira, com avanço das ações de bancos italianos e alta das commodities. O Stoxx Europe 600 sobe 0,40% depois de abrir com uma ligeira perda. Bancos, as ações de mineração e de telecomunicações avançam, enquanto bens de consumo, tecnologia e ações industriais relutam. O índice fechou em alta de 1,2% na sexta-feira, mas fechou a semana com o quarto declínio semanal consecutivo.

O FTSE MIB FTSE da Itália registra o melhor desempenho entre os principais índices europeus, com os investidores aguardando o encontro entre o banco central da Itália e funcionários do Tesouro. Há expectativas de que um fundo pode ser criado para gerenciar os empréstimos ruins.

As ações da SAP caem após a empresa de software alertar na sexta-feira que seus resultados do primeiro trimestre será mais fraco do que o esperado e arrasta para baixo o setor de tecnologia do STOXX 600. Também pesando sobre o setor a queda das ações da Gemalto depois que o Credit Suisse cortou o preço alvo de suas ações e rebaixar para "underperform". Os fabricantes de chips, incluindo ARM e Dialog Semiconductor recuam.

Na sexta-feira, a francesa Vivendi concordou em adquirir uma participação de 3,5% da Mediaset, a maior emissora privada da Itália, de  propriedade do ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi. As ações da Mediaset seguem em território positivo, enquanto Vivendi cai.

No Reino Unido, o FTSE 100 diverge de seus pares continentais e cai, após registrar seu melhor nível do ano na semana passada em 6,204.41 pontos, melhor que o recorde anterior de 6,203.17 de 30 de março. O índice subiu 1,1% na sexta-feira, ajudada por um rali nos preços do petróleo.

Os preços do petróleo seguem no vermelho no horário europeu e derrubam as ações das petrolíferas Royal Dutch Shell e BP que recuam 1,03% e 0,31%, respectivamente. Em sentido contrário, as mineradoras avançam, em sintonia com os ganhos de ações na China durante a noite após dados de inflação apoiando a visão de que as autoridades chinesas podem agir novamente para estimular a segunda maior economia do mundo. Ações de empresas mineradoras tendem a ser sensíveis ao desenvolvimento na China, um importante comprador de metais industriais e preciosos.

A produtora de cobre e platina Anglo American avançam 3,02%, enquanto a gigante de minério de ferro Rio Tinto sobe 0,81% e Glencore adiciona 1,43%.

EUA: Futuros de ações dos EUA avançam, enquanto o dólar recupera parte do terreno em relação ao iene e com os investidores esperando pelos resultados da Alcoa após o fechamento dos mercados, abrindo a temporada de resultados. Os analistas de Wall Street esperam um terceiro trimestre consecutivo de declínios tanto nos lucros, quanto nas receitas provenientes da produtora de alumínio, resultados que virão em meio à expectativas de que as empresas do S & P 500 entregarão o pior trimestre desde 2009.

O foco no período da tarde fica por conta da reunião entre a presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, e o presidente Barack Obama, no Salão Oval da Casa Branca, onde discutirão "o estado da economia americana e global, reforma de Wall Street e as perspectivas econômicas de longo prazo, questões econômicas e regulatórias.

AGENDA DO INVESTIDOR:
EUA:
9h40 - Discurso do Secretário do Tesouro Jack Lew;
10h25 - Discurso do Presidente do FED de Nova York, William Dudley;
14h00 - Discurso do Presidente do Fed de Dallas, Robert Kaplan;
16h00 - Encontro da chefe do Fed, Janet Yellen com o presidente Barak Obama no Salão Oval da Casa Branca;

ÍNDICES MUNDIAIS - 7h10:

ÁSIA
Nikkei: -0,44%
Austrália: -0,12%
Xangai Composite: +1,66%
Hong Kong: +0,35%

EUROPA
Frankfurt - Dax: +0,93%
London - FTSE: -0,01%
Paris CAC 40: +0,45%
Madrid IBEX: +0,85%
FTSE MIB: +1,27%

COMMODITIES
BRENT: -0,21%
WTI: -0,38%
OURO: +0,59%
COBRE: -0,35%
SOJA: +0,57%
ALGODÃO: +0,93%
MILHO: -0,48%

ÍNDICES FUTUROS
Dow: -+0,31%
SP500: +0,32%
NASDAQ: +0,42%


OBSERVAÇÃO: Este material é um trabalho voluntário, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado e a europeia no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário da disponibilização dos dados.

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