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RESENHA DA BOLSA - SEGUNDA-FEIRA 09/05/2016

ÁSIA: As bolsas da Ásia fecharam sem direção nesta segunda-feira, com investidores digerindo números mais fracos da balança comercial da China, ponderando expectativas de aumento das taxas de juros pelo FED após relatório de empregos do pais mostrar uma queda no número de contratação de trabalhadores (isso é um bom para compras de ativos mais arriscados) e também avaliando a alta nos preços do petróleo, devido interrupções de fornecimento no Canadá e em meio à saída surpresa do ministro do petróleo da Arábia Saudita, Ali al-Naimi.

Na Austrália, o S & P / ASX 200 index fechou em alta de 0,54%, em 5,320.7 pontos, após oscilar entre ganhos e perdas no início da sessão. O subíndice de materiais caiu 0,56%, mas os de energia e finanças subiram 1,18 e 0,63%, respectivamente.

Mercados da China Continental recuaram após o porta-voz do Partido Comunista informar que a economia do país se encaminha para uma recuperação "em forma de L" ao invés de "V" ou "U", alimentando preocupações entre os investidores de que o crescimento na segunda maior economia do mundo vai moderar ainda mais. Uma recuperação em forma de L refere-se a quedas de referências econômicas importantes como emprego, PIB e produção industrial, seguido por um longo período de estabilidade ou estagnação.

Ainda nesta segunda-feira, uma fonte anônima no Diário do Povo também advertiu que a China não deve apoiar o crescimento através de alavancagem adicional. O Shanghai Composite fechou em baixa de 2,76%, em 2,832.91 pontos, enquanto o Shenzhen Comoposite terminou a sessão em baixa de 3,59%. Em Hong Kong, o índice Hang Seng fechou em alta de 0,23%. O Shanghai Composite caiu em quatro das últimas cinco semanas, perdendo 2,8% somente na sexta-feira.

Os investidores na região também analisaram dados mostrando que as exportações chinesas em abril caíram 1,8% em dólares em relação ao ano anterior, revertendo o aumento de 11,5% em março, enquanto as importações caíram 10,9%, enquanto as reservas cambiais da China cresceram pelo segundo mês consecutivo em abril, de $ 7,090 bilhões para $ 3,220 trilhões.

No Japão, Nikkei terminou a sessão em alta de 0,68%, em 16,216.03 pontos, com o iene enfraquecendo ligeiramente, com o par dólar / yen sendo negociado a 107,52. Um iene mais fraco é favorável para os exportadores japoneses, porque torna os seus produtos mais barato para compradores no exterior. A ata do Banco do Japão, divulgada na segunda-feira mostrou que as autoridades de política monetária concordaram que a economia estava se recuperando, mas alguns alertaram para o sentimento de consumo interno mais fraco e lançou dúvidas sobre a eficácia das taxas de juros negativas.

Do outro lado do Estreito da Coreia, o Kospi Coreia do Sul caiu 0,45% depois de ficar fechada na quinta e sexta-feira devido feriado.

Os preços do petróleo subiram na Ásia, com incêndios florestais no Canadá afetando a produção do país no fim de semana e com a demissão do ministro do Petróleo da Arábia Saudita, Ali al-Naimi, uma das figuras mais poderosas do setor no mundo e  substituído por Khalid al-Falih, da companhia estatal petrolífera Saudi Aramco. O posto saudita como o maior fornecedor de petróleo bruto para a Ásia está perto de ser perdido, mas ainda assim, analistas consideram que o posicionamento do reino de não congelar a produção num esforço para manter a participação de mercado deve continuar, mas  sinaliza uma "nova era" para os mercados de petróleo bruto e parece ser um reafirmação da política saudita para permitir que o óleo defina seu próprio preço.

Produtores de petróleo australianos fecharam em alta, com Santos subindo 1,7 e Origin Energy ganhando 2,36%, mas ações da Petrochina, listadas em Hong Kong caíram 0,19% e ações da China Oilfield, listadas no continente, caíram 2,61%.

Os principais produtores de recursos caíram, apesar de ter começado o dia em alta, após os futuros do aço e minério de ferro na Bolsa de Mercadorias de Dalian despencar, revertendo a especulação de estabilização no mês passado. Rio Tinto perdeu 2,12%, enquanto BHP Billiton recuou 0,27% e Fortescue Metals caiu 2,25%. Na China, Baoshan Steel caiu 4,62%, Baotou Steel despencou 5,69% e Aluminium Corp of China caiu 4,41%.

EUROPA: As bolsas europeias sobem em meio a uma recuperação nos preços do petróleo e com os investidores esperando que o Federal Reserve mantenha as taxas de juros inalteradas em junho, compensando preocupações de uma nova desaceleração na China. O índice Stoxx Europe 600 sobe 1,27%, recuperando das fortes perdas na semana passada, quando registrou uma queda semanal de 2,9% na sexta-feira, a maior desde fevereiro, após uma mescla de balanços das empresas e alta do euro.

O rali nos preços do petróleo também ajudam a melhorar o humor do investidor na Europa. O petróleo bruto avança, com a expansão dos incêndios florestais no Canadá atingindo a produção do país e com a demissão inesperada do ministro da Arábia Saudita. A espanhola Repsol sobe 0,57% e a italiana Eni avança 0,6%. Tullow Oil sobe 4% após Barclays elevou sua meta de preço. Em sentido contrário, a empresa petrolífera francesa Total recua após anunciar planos para comprar a fabricante de baterias Saft por 36,5 euros por ação, valorizando a empresa em 950 milhões de euros, enquanto Royal Dutch Shell cai após a empresa ser forçada a evacuar o pessoal nas instalações na região do Delta do Níger em meio a temores de ataques de grupos militantes, mas as operações continuam.

No Reino Unido, o FTSE 100 sobe, a caminho para a terceira sessão consecutiva de ganhos. Entre as altas, EasyJet sobe 2,59% após RBC Capital Markets elevar as ações a cia aérea de underperform para outperform, de acordo com a Dow Jones Newswires, no entanto, empresas de mineração pesam sobre o FTSE após dados de exportação e importação chineses renovarem temores com o crescimento na segunda maior economia do mundo. As exportações caíram 1,8% em abril, enquanto as importações caíram 10,9%. Os dados sugerem que a demanda global por produtos chineses deverá diminuir e que a economia doméstica está abrandando. Anglo American despencam 5,45%, Glencore cai 3,81%, Rio Tinto recua 3,84% e BHP Billiton cai 2,18%, após acordo com autoridades brasileiras sobre o acidente na barragem da Samarco em Novembro.

A libra GBPUSD, cai para $ 1,4385, em comparação com $ 1,4427 na sexta-feira em Nova York, depois de relatos de que o Banco da Inglaterra está se preparando para cortar as taxas de juros se os votos do Reino Unido para deixar a União Europeia vencerem no chamado referendo Brexit em junho. O BOE anuncia sua mais recente decisão da taxa na quinta-feira e é esperado a manutenção de sua taxa básica de juros em uma baixa recorde de 0,5% onde está desde Março de 2009.

A Grécia voltou ao centro das atenções dos investidores após o parlamento do país votar no domingo a favor de reformas previdenciárias e tributárias, provocando protestos em Atenas e Salónica. Os ministros de finanças do Eurogrupo reúnem-se em Bruxelas nesta segunda-feira para discutir o programa de resgate da Grécia e possivelmente lançar discussão sobre o alívio da dívida para o país endividado. Comentaristas dizem que a Grécia está indo na direção certa e finalmente, algum progresso material tem sido alcançado e que a Grécia deve receber outro empréstimo em julho, quando deverá fazer um pagamento de € 2,2 bilhões para o Banco Central Europeu. O Athex Composite Index sobe 0,97%.

OURO: Os preços do ouro caem nesta segunda-feira, enquanto o dólar encontrou forças em relação ao iene. Ouro para entrega em junho caiu 1,10%, para US $ 1,281.40 a onça, após criação de empregos nos EUA mais fracos do que o esperado na sexta-feira desencadeando ganhos para os preços do ouro que subiram 1,7% na sexta-feira, pois as taxas de juros mais baixas tendem a pressionar o dólar e impulsionar ativos denominados em dólares, tais como o ouro.

Enquanto isso, a prata para entrega em julho cai 0,67%, para $ 17,42 a onça. A prata caiu 1,2% na sexta-feira. O cobre de alto teor com entrega para julho cai 1,49% após dados de comércio China.

AGENDA DO INVESTIDOR:
EUA:
11h00 - Labor Market Conditions Index (compilação de vários dados de trabalho em uma única leitura, a fim de dar uma melhor visão do mercado);

ÍNDICES MUNDIAIS - 7h00:

ÁSIA
Nikkei: +0,68%
Austrália: +0,54%
Xangai Composite: -2,76%
Hong Kong: +0,23%

EUROPA
Frankfurt - Dax: +0,94%
London - FTSE: +0,66%
Paris CAC 40: +1,36%
Madrid IBEX: +1,42%
FTSE MIB: +0,12%

COMMODITIES
BRENT: +1,81%
WTI: +2,26%
OURO: -1,24%
COBRE: -1,53%
SOJA: +0,27%
ALGODÃO: +0,11%
MILHO: +0,53%

ÍNDICES FUTUROS
Dow: +0,28%
SP500: +0,29%
NASDAQ: +0,32%

OBSERVAÇÃO: Este material é um trabalho voluntário, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado e a europeia no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário da disponibilização dos dados.

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