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RESENHA DA BOLSA - SEGUNDA-FEIRA 23/01/2017


ÁSIA:Os mercados da Ásia fecharam sem direção nesta segunda-feira após final de semana dominado por manchetes com a posse de Donald Trump e com investidores aguardando mais clareza sobre suas políticas, incluindo uma possível renegociação do Acordo de Livre Comércio da América do Norte e abandonar o acordo da Parceria Trans Pacífico (TPP).

O primeiro discurso de Trump como presidente na última sexta-feira revelou um "americano interiorista e protecionista, exaltando as políticas de "A América em primeiro lugar" sobre comércio, impostos, imigração e assuntos externos como combate ao terrorismo. A nova administração disse que sua estratégia comercial para proteger os empregos americanos começaria com a retirada do TPP e "reprimir as nações que violam os acordos comerciais e prejudicam os trabalhadores americanos no processo". Olhando para o futuro, espera-se uma ampla cautela no mercado, já que o presidente Donald Trump provavelmente começará a divulgar medidas executivas nos próximos dias.

No Japão, o Nikkei caiu 1,29%, pesado pelo avanço do iene, com o par dólar / iene indo para a casa dos 114. Os papeis da maioria dos exportadores foi atingido pela moeda mais forte. Seguradoras também foram atingidas com o declínio dos rendimentos da dívida soberana, algo que pressiona suas participações nestes investimentos. Dai-ichi Life e T & D recuaram 1,7% cada.

Na Austrália, o ASX 200 caiu 0,77%, depois de ter já caiu em cinco das últimas sete sessões. Entre as mineradoras, BHP Billiton caiu 0,2%, Fortescue avançou 0,5% e Rio Tinto fechou estável.

Na Coreia do Sul, o Kospi fechou com ligeira alta de 0,02% com a continuidade da saga política no país. O ex-ministro da Cultura da Presidente Park Geun-hye e seu ex-assessor presidencial foi preso no sábado. Samsung Eletronics subiu 1,56%, após finalmente identificar o que deu errado em seu Galaxy Note 7, um dia antes de seu balanço. A gigante de eletrônicos sul coreana também entrou com uma ação indenizatória contra a Sharp e Kuroda Eletric em resposta a decisão de suspender suprimentos do painel LC para a empresa.

Na China continental, o desempenho foi positivo: o Shanghai Composite fechou em alta de 0,43%, enquanto o Shenzhen Composite avançou 0,87%. O setor financeiro avançou após banco central da China aumentar a liquidez temporária para o sistema antes dos feriados de uma semana inteira do Ano Novo Lunar e isso ajudou também mercados próximos. Taiex de Taiwan subiu 0,99%  e o Hang Seng index de Hong Kong subiu 0,06%.  A China fortaleceu o yuan pela primeira vez em três sessões, enquanto os investidores continuam a fazer suas apostas no fortalecimento do dólar.

No mercado de câmbio, o índice do dólar, que mede o dólar contra uma cesta de moedas, recuou a 100,32 no horário asiático, ante níveis como 101,57 na semana passada, enquanto no setor de commodities, os ministros de energia dos países que compõe a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e alguns não-membros disseram que tiveram sucesso na primeira etapa para reduzira produção de petróleo, com cerca de 1,5 milhão de barris por dia sendo retirado do mercado. Futuros de petróleo caíram durante o pregão asiático. O ouro avançou para $ 1,217.04 a onça, ante níveis na faixa de US $ 1,198.56 a $ 1,217.20 da semana passada.



EUROPA: Os mercados na Europa abriram em baixa nesta segunda-feira, depois que o presidente dos EUA, Donald Trump assumiu o poder e prometeu adotar  o "America First". O pan europeu Stoxx 600 cai 0,43% na abertura, com a maioria dos setores no vermelho, com investidores adotando uma abordagem cautelosa após o presidente Donald Trump reiterar que ele vai buscar uma política protecionista.

Bancos registram um dos piores desempenhos, com  setor recuando mais de 1,3%. Credit Agricole da França cai mais de 2,7%, enquanto vários bancos italianos também recuam mais de 2% depois da notícia de que o Intesa Sanpaolo poderia tomar uma participação na seguradora Generali. A última, por outro lado, sobe mais de 4,6%.

Na temporada de resultados na Europa, Phillips Lighting anunciou que a margem de lucro operacional subiu 9,1%, com lucro de 645 milhões de euros (US $ 693 milhões) ante 547 milhões de euros em 2015. Suas ações recuam ligeiramente no início do pregão. Essentra, uma empresa de componentes para embalagens, disse que seu lucro operacional ajustado para o ano inteiro não seria alcançado devido a "condições de mercado desafiadoras" e suas ações caem mais de 10%.

No Reino Unido, o FTSE 100 recua, com apenas o setor de materiais básicos subindo. O benchmark caiu 0,1% na sexta-feira, fechando a semana com queda de 1,9%, interrompendo uma sequência de seis semanas consecutivas de alta. O pregão de segunda-feira é a primeira oportunidade para os investidores britânicos reagirem ao discurso de Trump.

Enquanto o dólar recua, a libra sobe para US $ 1,2446, ante $ 1,2376 na sexta-feira em Nova York. O "selloff" do dólar americano desde sexta-feira, é inspirado no discurso inaugural do presidente Trump, que adotou uma retórica muito nacionalista e protecionista, que poe em risco a globalização e estimulou a demanda por ativos seguros, resultando em uma força não desejada em pares como a libra, euro e o iene, o que prejudica o sentimento em relação aos exportadores, cujos produtos ficam menos competitivos e os lucros internacionais recuam.  Entre as empresas multinacionais listadas em Londres, a fabricante do sabonete Dove, a Unilever cai 1,8%. Fabricantes de medicamentos GlaxoSmithKline e AstraZeneca recuam entre 1,12 e 1,31%, respectivamente​.

A libra esterlina atingiu a máxima de cinco semanas, uma vez que os investidores acreditam que na terça-feira,  a Suprema Corte irá dizer que o governo do Reino Unido vai precisar da aprovação parlamentar sobre o Brexit. Muitos esperamque os legisladores recusem o com a União Europeia e convidem a primeira-ministra britânica Theresa May a adotar um Brexit mais brando e isso poderá tirar um pouco de pressão da libra.

Enquanto isso, as ações do setor de mineração avançam,beneficiados pelos ganhos dos metais preciosos nominados em dólares. Antofagasta sobe 3,1%, Fresnillo adiciona 2,2% e Randgold Resources ganha 1,2%. Entre outras mineradoras, Anglo American sobe 0,7%, mas BHP Billiton cai 0,5% e Rio Tinto perde 0,7%.

Stocks de petróleo e gás caem, já que os investidores duvidam de que haverá um cumprimento de 100% no corte de produção, acordado no ano passado, apesar da Arábia Saudita expressar confiança de que o grande acordo internacional para cortar a produção já começou a drenar o excesso de oferta do mercado. Especula-se que houve um corte de 1,5 milhão de barris por dia do mercado global de petróleo, mais de 80% do montante prometido. Os dados oficiais da produção de janeiro da OPEP serão divulgados em meados de fevereiro.

A Agência Internacional de Energia prevê que o crescimento da demanda mundial de petróleo deverá baixar para 1,3 milhão de barris por dia neste ano, ante 1,5milhão de barris por dia em 2016, devido perspectiva de preços mais altos dos produtos em 2017, também devido possibilidade de um dólar americano mais forte.  Além disso, segundo a agência,  a intensificação das atividades de exploração de petróleo nos EUA representa uma ameaça ao acordo da OPEP. Quanto mais óleo produz os EUA, menos precisará do Oriente Médio.


AGENDA DO INVESTIDOR:
EUA: Não está prevista a divulgação de dados econômicos relevantes.


ÍNDICES FUTUROS - 7h30:
Dow: -0,07%
SP500:  -0,15%
NASDAQ: -0,22%


OBSERVAÇÃO: Este material é um trabalho voluntário, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado e a europeia no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário de disponibilização dos dados.

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