RESENHA DA BOLSA - SEGUNDA-FEIRA 05/03/2018

ÁSIA: A maioria dos principais mercados da Ásia fechou em baixa nesta segunda-feira, enquanto líderes chineses se encaminhavam para a reunião anual do partido comunista, enquanto na Itália, as projeções das pesquisa de boca de urna, indicaram que nenhum partido ganhará a maioria nas eleições deste domingo.

O Nikkei do Japão caiu 0,66% para fechar em 21.042,09 pontos, marcando sua quarta sessão consecutiva de perdas e tocando nos níveis mais baixos desde outubro. O índice Topix caiu 0,79%. Do outro lado do Estreito Coreano, o Kospi da Coreia do Sul recuou 1,13%.

Os mercados chineses do continente reverteram as perdas iniciais para fechar ligeiramente mais alto. O composto de Xangai terminou 0,09%, enquanto o composto de Shenzhen fechou em alta de 0,47%, após uma sessão bastante volátil. 

A reunião anual do Congresso Nacional do Povo da China iniciou na manhã de segunda-feira, com o primeiro-ministro Li Keqiang anunciando um objetivo de crescimento em torno de 6,5% para 2018. Durante as próximas duas semanas, o parlamento deverá tomar decisões importantes, devendo aprovar contas, orçamentos e nomeará cargos importantes.

As ações de defesa listadas no continente tiveram um ligeiro impulso depois que foi anunciado que a China aumentará seu orçamento militar em 8,1%. 

O crescimento da atividade no setor de serviços da China diminuiu ligeiramente em fevereiro. O índice PMI de serviços da Caixin subiu para 54,2 em fevereiro, ante 54,7 em janeiro. Uma leitura acima de 50 indica uma expansão na atividade frente ao mês anterior, enquanto um nível abaixo que aponta para uma contração.

O PMI oficial de serviços da China, que inclui os setores de serviços e construção, caiu para 54,4 em fevereiro, ante 55,3 em janeiro, informou o Bureau Nacional de Estatística na quarta-feira. A pesquisa privada ficou em linha com os dados oficiais.

Em Hong Kong, o índice Hang Seng caiu 2,28%, pesada pelo setor financeiro.

Abaixo, o benchmark australiano ASX 200 caiu 0,57% para fechar em 5.895  pontos, seu nível mais baixos desde meados do mês passado. O sub-índice financeiro fortemente ponderado terminou o dia 0,73% e o setor de materiais perdeu 1,13%. Commonwealth Bank diminuiu 0,92% e Westpac caiu 1,24%. Entre as principais ações de mineração, Fortescue perdeu 3,4%, BHP Biliton recuou 1,9% e Rio Tinto caiu 1,6%.

EUROPA: Os mercados europeus operam com ligeira alta na segunda-feira, com investidores ignorando as preocupações com as incertezas políticas na Itália. O pan-europeu Stoxx 600 aumenta cerca de 0,28%. Na semana passada, o índice de referência caiu 3,7%.

Destaque negativo para o índice FTSE MIB da Itália, que cai mais de 1% após a eleição de domingo mostrar um aumento no apoio aos partidos populistas, produzindo um resultado inclusivo. Os partidos populistas surpreenderam e ganharam cerca de metade dos votos, de acordo com as projeções iniciais. Isso provavelmente significará um período de instabilidade política para a terceira maior economia da zona do euro.

Em contrapartida, seus pares regionais avançam. 

Em Frankfurt, os fabricantes de automóveis seguem sob pressão depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, tweetou no sábado, ameaçando impor um imposto sobre os carros europeus se a UE retaliar seus planos de tarifas sobre o aço e o alumínio importados para os EUA. Isso ocorre depois que a União Europeia dissesse que poderia impor uma taxa de 25% sobre as importações dos EUA no valor de US $ 3,5 bilhões.  

Mas o cenário político na Alemanha se estabilizou depois que os social-democratas alemães concordaram em se juntar a uma coalizão governista dos conservadores da chanceler Angela Merkel. A coalização abre caminho para que a Merkel inicie seu quarto mandato como líder da maior economia da Europa.

EUA
Os futuros de ações dos EUA iniciam a semana sob pressão, acompanhando a queda da semana passada. Os investidores avaliam a potencial instabilidade em uma das maiores economias da Europa depois de eleições inconclusivas por lá.

Na semana passada, as bolsas americanas registraram perdas semanais significativas, com o Dow Jones Industrial Average caindo 3% e registrando sua quarta perda consecutiva. O S & P 500 caiu 2% na semana e o Nasdaq declinou 1,1%.

O medo de uma potencial guerra comercial global permanece em jogo, depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, disse na semana passada que irá impor uma tarifa de 25% sobre as importações de aço e uma tarifa de 10% sobre o alumínio. Esses metais são usados ​​na produção de produtos como aviões e bebidas e o aumento dessas tarifas aumentam os receios de um aumento nos preços ou redução de lucros para essas empresas americanas.

Trump tweetou sobre o assunto durante o fim de semana, ameaçando reavaliar as tarifas de automóveis europeus, se a União Europeia tentar algum tipo de retaliação e que os EUA estão "no lado perdedor de quase todos os negócios comerciais. Nossos amigos e inimigos aproveitaram dos EUA por muitos anos".

Na agenda econômica. o índice PMI serviços dos EUA para fevereiro será lançado às 11h45.

O governador do Federal Reserve, Randal Quarles, está programado para falar sobre a regulamentação dos bancos estrangeiros no Instituto de Banqueiros Internacionais às 15h15.

ÍNDICES FUTUROS - 7h00:

Dow: -0,12%

SP500: -0,11%

NASDAQ: +0,04%

OBSERVAÇÃO:
Este  material é um trabalho voluntário, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado e a europeia no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário de disponibilização dos dados.