RESENHA DA BOLSA - QUARTA-FEIRA 19/02/2020

ÁSIA: A maioria dos principais mercados asiáticos recuperaram na quarta-feira, com os investidores monitorando o retorno da China ao trabalho enquanto o país lida com o surto de coronavírus. 

O retorno da China ao trabalho após paralisação prolongada será acompanhado de perto. A mídia estatal informou na terça-feira que mais de 80% das cerca de 20.000 subsidiárias de empresas estatais retomaram o trabalho. Segundo analistas, esta notícia mantém os investidores cautelosos.

Na China continental, as bolsas apagaram os ganhos iniciais e recuaram no final. O composto de Xangai caiu 0,32%, enquanto o composto de Shenzhen caiu 0,55%. 

O número de novos casos de coronavírus na China diminuiu pelo segundo dia consecutivo, com 1.749 novos casos e 136 novas mortes, elevando o número total de casos na China continental para 74.185 e 2.004 mortes, enquanto novos casos caíram para menos de 2.000 nos últimos dois dias.

O impacto do surto nos negócios na China e em todo o mundo diminuiu as previsões de crescimento econômico para o ano. O Moody’s Investors Service reduziu ontem a previsão de crescimento para a China de 5,8% para 5,2% em 2020.

O índice Hang Seng de Hong Kong subiu 0,46%. A cidade relatou a segunda morte por coronavírus, marcando a sexta fatalidade fora da China continental. 

O Nikkei do Japão retornou ao território positivo, saltando 0,89% para fechar em 23.400,70 pontos, depois de cair mais de 1% no dia anterior. O Topix subiu 0,37%. 

Na segunda-feira, dados mostraram que o crescimento do Japão caiu muito mais do que o esperado, encolhendo numa velocidade mais rápida em seis anos. Sua perspectiva também foi obscurecida pelo impacto do coronavírus na economia. O Japão também divulgou seus números comerciais para janeiro, mostrando que as exportações caíram pelo 14º mês consecutivo, baixa de 2,6% em relação ao ano anterior em janeiro, notavelmente melhor do que a contração de 7% prevista pelos economistas. Em dezembro, as exportações do Japão havia caído 6,3%.

O Kospi da Coreia do Sul subiu  0,07% para 2.210,34 pontos.

O ASX 200 da Austrália subiu 0,43%, para 7.144,60 pontos. Ações de empresas de ouro subiram à medida que os preços de ativo considerados porto-seguro avançavam. Evolution Mining subiu 5,13% e a Newcrest saltou 3,25%. Entre as gigantes da mineração, BHP caiu 1% e Rio Tinto recuou 0,6%. A produtora de petróleo Woodside Petroleum subiu 1,3%.

Após uma queda nos gastos com jogadores chineses, a operadora de cassinos australiana Crown Resorts disse que seu lucro no semestre caiu. Como o país impôs restrições a qualquer pessoa que chegasse da China continental, o cassino viu a rotatividade de grandes jogadores, em sua maioria chineses, despencar em mais de um terço. Suas ações fecharam em baixa de 0,34%.

O índice de referência Straits Times de Singapura subiu 0,64%. A cidade-estado insular, uma das mais atingidas pelo surto fora da China, divulgou seu orçamento na terça-feira. O país do Sudeste Asiático disse que reservou 5,6 bilhões de dólares de Singapura (US $ 4,02 bilhões) no próximo ano para ajudar empresas e famílias a enfrentar o atual surto de coronavírus.

O índice da MSCI da Ásia-Pacífico exceto Japão subiu 0,47%.

EUROPA: As bolsas europeias avançam na quarta-feira de manhã, com os investidores monitorando a disseminação do coronavírus e novos dados econômicos.

O pan-europeu Stoxx 600 sobe 0,5% no início do pregão, com ações de recursos básicos liderando ganhos. Entre as mineradoras listadas em Londres, Anglo American e Antofagasta sobem 1,2% cada, enquanto BHP e Rio Tinto avançam 0,9% e 0,6%, respectivamente.

Os preços ao consumidor no Reino Unido aumentaram em janeiro em uma taxa anual mais rápida em seis meses, impulsionados pelos preços mais altos de eletricidade e gás, no entanto, a inflação permanece um pouco abaixo da meta anual de 2% do Banco da Inglaterra. O banco central deverá manter a política estável nos próximos meses, à medida que o Reino Unido começar a negociar um novo relacionamento comercial com a União Europeia. Os preços ao consumidor subiram 1,8% no ano em janeiro, acima do aumento de 1,3% registrado em dezembro.

Em relação ao Brexit, tanto a UE quanto o Reino Unido adotaram tons desafiadores antes de uma nova rodada de negociações sobre um novo acordo comercial após a saída da Grã-Bretanha do bloco. A Reuters informou na terça-feira que a UE havia endurecido sua posição, exigindo garantias justas de concorrência que “resistirão ao tempo”.

EUA: Os futuros dos índices de ações dos EUA operam com leve alta nesta quarta-feira de manhã, com o mercado permanecendo sintonizado com as possíveis conseqüências econômicas do surto de coronavírus, que originou na cidade chinesa de Wuhan e já foram relatados em mais de duas dezenas de países ao redor do mundo. No mês passado, a Organização Mundial da Saúde declarou o surto como emergência de saúde global.

Na frente dos dados econômicos, o Departamento do Trabalho publicará seu índice de preços ao produtor (PPI) para janeiro às 10h00, juntamente com o início de habitação, licenças de construção para janeiro e uma pesquisa com líderes empresariais para fevereiro.

Uma leitura da Pesquisa de Serviços Trimestrais do Census Bureau (QSS) do quarto trimestre será divulgada um pouco mais tarde.

O Federal Reserve também deve publicar sua ata de reunião de dezembro, quando os formuladores de políticas do banco central dos EUA decidiram manter a taxa de fundos federais estável entre 1,5% e 1,75%.

O presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, o presidente do Fed de Minneapolis, Neel Kashkari, o presidente do Fed de Dallas, Robert Kaplan, o presidente do Fed de Richmond, Tom Barkin, e a presidente do Fed de Cleveland, Loretta Mester, devem comentar sobre a maior economia do mundo em eventos separados na quarta-feira.

ÍNDICES FUTUROS - 7h30:

Dow: +0,23%

SP500: +0,23%

NASDAQ: +0,70%

OBSERVAÇÃO: Este  material é um trabalho voluntário, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado e a europeia no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário de disponibilização dos dados.