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RESENHA DA BOLSA - SEGUNDA-FEIRA 14/03/2022



ÁSIA: As bolsas asiáticas fecharam sem direção nesta segunda-feira, com os investidores monitorando uma nova onda de Covid na China, enquanto os preços do petróleo continuaram voláteis, à medida que ataques russos na Ucrânia se intensificam.

A China está atualmente passando por uma onda de infecções por Covid, seu pior surto desde que o país reprimiu a pandemia em 2020. A disseminação do surto de coronavírus na China aumentou as incertezas dos investidores, com as autoridades ordenando um bloqueio no centro de tecnologia e manufatura de Shenzhen, que faz fronteira com Hong Kong, que também vem lutando contra um ressurgimento de casos de Covid nas últimas semanas e poderia piorar as interrupções na cadeia de suprimentos. Shenzhen é um centro tecnológico chinês de 17,5 milhões de habitantes.

As ações chinesas também vem sofrendo pressão de venda devido à ameaça de "deslistagem" de grandes empresas chinesas nas bolsas de valores dos EUA. Uma reportagem do jornal estatal Economic Daily disse na segunda-feira que os reguladores chineses estão negociando para resolver uma disputa sobre as regras de auditoria depois que a Comissão de Valores Mobiliários começou a exigir que as ações estrangeiras listadas nos EUA divulguem suas estruturas societária e relatórios de auditoria. Isso pesou sobre ações de tecnologia de algumas empresas.

O índice Hang Seng de Hong Kong caiu 4,97% no dia, fechando em 19.531,66 pontos, liderando as perdas entre os principais mercados da região, com as ações de tecnologia chinesas sofrendo: Tencent caiu 9,79%, Alibaba caiu 10,9% e Meituan caiu 16,84%. O índice Hang Seng Tech despencou 11,03%, para 3.778,60 pontos.

As ações da China continental fecharam em baixa, com o composto de Xangai caindo 2,6%, para 3.223,53 pontos, enquanto o componente de Shenzhen caiu 3,083%, para 12.063,63 pontos.

A Foxconn, também conhecida como Hon Hai Precision Industry, é a maior montadora de iPhone da Apple e interrompeu a produção de duas fabricas em Shenzhen e realocando a produção para outros locais, depois que funcionários do governo colocaram a cidade em confinamento por causa de um pico nos casos de Covid-19. A empresa não especificou quanto tempo a produção em suas fábricas seria suspensa, mas a administração de Shenzhen indicou que o confinamento durará até 20 de março. As ações da Foxconn caíram 1% em Hong Kong.

A bolsa sul-coreana Kospi caiu 0,59%, fechando em 2.645,65 pontos.

Em sentido contrário, o Nikkei do Japão subiu 0,58%, fechando em 25.307,85 pontos.

O S&P/ASX 200 da Austrália subiu 1,21%, para 7.149,40 pontos, a maior alta diária desde 28 de fevereiro, mas os volumes foram baixos devido feriado em alguns estados. Os bancos da Austrália, altamente ponderado no índice, sustentaram o sentido altista do índice, apesar dos analistas alertarem para o aumento dos riscos de financiamento devido ao conflito com a Ucrânia. As produtoras de petróleo e gás, Santos e Woodside cairam 0,7% e 0,3%, respectivamente, seguindo a queda do petróleo durante o horário asiático. Entre as ações ligadas ao setor de materiais, a BHP caiu 0,9%, a Fortescue caiu 1,7% e a produtora de ouro Newcrest caiu 1%, enquanto a produtora de lítio Allkem caiu 3,8%. A produtora de carvão Whitehaven subiu 2% para uma alta de três anos, impulsionada pelo aumento dos preços do carvão térmico. A IGO fechou em baixa de 2% depois de revelar que sua fusão de US$ 10 bilhões com a Western Areas Mining estava sendo adiada pela recente volatilidade nos preços do níquel. As ações da Western Areas despencaram 12,7%, para US$ 2,13.

A Rio Tinto caiu 0,6%. A empresa fez uma proposta não vinculante para adquirir a participação de 49% restante na Turquoise Hill Resources, holding do projeto de cobre e ouro em Oyu Tolgoi, sul do deserto de Gobi na Mongólia. A oferta é de US$ 26,68 por ação da Turquoise Hill, representando um prêmio de 32% sobre o último preço de fechamento. A oferta segue o recente acordo alcançado com a Turquoise Hill e o governo da Mongólia para iniciar as operações e avançar nos desenvolvimentos subterrâneas na mina.

O índice MSCI para a Ásia-Pacífico exceto Japão caiu 2,07%.

EUROPA: As bolsas europeias sobem nesta segunda-feira, enquanto aguardam o desenrolar de novas negociações entre russos e ucranianos.

A atenção global permanece na guerra na Ucrânia após um fim de semana de intensos combates em torno da capital Kiev, enquanto as forças russas bombardeavam cidades em todo o país, matando civis que não conseguiam escapar. A Rússia também atacou um centro de treinamento militar ucraniano perto da fronteira polonesa no domingo, matando 35 pessoas e ferindo 134.

As sanções continuam a atingir duramente a Rússia, com as consequências financeiras da invasão de Moscou que devem entrar em foco nos próximos dias, antes do pagamento programado de títulos soberanos.

O pan-europeu Stoxx 600 sobe 2,18% no meio do pregão matinal, com o setor de automóveis liderando os ganhos, após Volkswagen informar os resultados para 2021 e as metas para o ano atual após o fechamento do mercado na sexta-feira, enquanto ações de recursos básicos operam em baixa.

O alemão DAX 30 sobe 3,25%, o francês CAC 40 avança 2,2% e o FTSE MIB da Itália opera em alta de 2,34%.

Na Península Ibérica, o IBEX 35 da Espanha sobe 1,76% e o português PSI 20 cai 0,03%.

As bolsas russas seguem suspensas. Segundo a CNN, o banco central russo anunciou no sábado que manterá as negociações suspensas durante essa semana e que irá comunicar se operações no mercado de ações vão voltar na semana do dia 21 de março. O BC russo também disse que o mercado de moeda estrangeira reabrirá na segunda feira e as negociações de commodities também será retomado.

EUA: Os futuros dos índices de ações dos EUA subiram mais na segunda-feira, em uma semana que promete continuar a ser altamente volátil, com uma série de fatores que vão desde a invasão da Ucrânia pela Rússia, com bloqueios chineses para conter uma nova onda de coronavírus, enquanto espera-se que o Fed eleve sua taxa de juros em um quarto de ponto percentual no final de sua reunião na quarta-feira.

Além das taxas de juros, os investidores também estão olhando para as novas previsões para a inflação e economia do banco central, dada a incerteza da escalada das tensões geopolíticas. Antes da invasão russa à Ucrânia, várias autoridades do Fed eram a favor de um aumento de 0,5% da taxa de juros na reunião de março. Os bloqueios chineses também tem o potencial de agravar ainda mais os problemas da cadeia de suprimentos, com a inflação dos EUA já em quase 8%.

O rendimento dos títulos do Tesouro de 30 anos subiu para 2,454%.

Na sexta-feira, o Índice Dow Jones Industrial Average caiu 0,69%, para 32944,19 pontos, o S&P 500 recuou 1,30%, para 4204,31 pontos e o Nasdaq Composite caiu 2,18%, para 12.843,81 pontos.

O Dow caiu 2% na semana passada, sofrendo sua quinta semana negativa consecutiva. O S&P 500 e o Nasdaq Composite caíram 2,9% e 3,5% na semana passada, respectivamente, ambos registrando sua maior perda semanal desde 21 de janeiro.

Os três índices entraram em território de correção à medida que os riscos geopolíticos e os temores de inflação fizeram os preços dos ativos caírem. O blue-chip Dow caiu quase 11% em relação ao seu recorde, enquanto o S&P 500 caiu quase 13% em relação ao seu recorde histórico, estabelecido logo após o Ano Novo. O Nasdaq caiu mais de 20% em relação ao recorde de novembro.

O Goldman Sachs, em relatório a clientes no final de fevereiro, reviu sua expectativa para baixo do S&P 500 no fim deste ano, de 5.100 a 4.900 pontos. Em menos de 30 dias, os estrategistas do banco reduziram a meta do índice pela segunda vez para 47.000 pontos, cortando sua previsão do PIB e disseram que as chances de uma recessão nos EUA no próximo ano é de até 35%. O recente recuo significa que a meta revisada do Goldman ainda prevê uma alta de 10% em relação aos níveis atuais. Em uma base anual, porém, a perspectiva implica retornos marginalmente negativos para as ações dos EUA, muito longe do rali feroz de 2021, que viu as ações subirem para recordes sucessivos.

Não há previsão de dados econômicos relevantes nesta data.

CRIPTOMOEDAS: O Bitcoin segue abaixo de US $ 40.000 na semana, após intensificação dos ataques russos à Ucrânia.

Entre os destaques, a União Europeia votará nesta segunda-feira uma regra que pode proibir as negociações do Bitcoin, com preocupações com gastos de energia por conta da mineração da criptomoeda. A proposta propõe que o bloco passará a exigir que os criptoativos fiquem sujeitos aos padrões mínimos de sustentabilidade ambiental da União Europeia em relação aos mecanismos para validar transações. Para as criptomoedas que já são negociadas na UE, a regra propõe um plano gradual de mudança do seu mecanismo para métodos que usam menos energia.

Bitcoin: +0,22%, em US $ 39.073,10
Ethereum: +0,43%, em US $ 2.591,57
Cardano: +1,68%
Solana: +0,23%
Dogecoin: +0,10%
Shiba Inu: -1,39%
XRP: -3,37%
Litecoin: -0,75%

ÍNDICES FUTUROS - 7h55:
Dow: +0,99%
SP500: +0,82%
NASDAQ100: +0,56%

COMMODITIES:
MinFe Dailan: -6,98%
Brent: -4,26%
WTI: -5,22%
Soja: +-0,34%
Ouro: -1,00%

OBSERVAÇÃO: Este material é um trabalho voluntário, independente, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado, enquanto a europeia e a americana estão no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário de disponibilização dos dados. O texto não é indicação de compra, manutenção ou venda de ativos.

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