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RESENHA DA BOLSA - QUINTA-FEIRA 26/05/2022

 


ÁSIA: As bolsas asiáticas fecharam sem direção nesta quinta-feira, depois que a ata da reunião do Federal Reserve dos EUA mostrou autoridades enfatizando a necessidade de aumentar as taxas de juros rapidamente, sem surpresas adicionais.

Na China continental as bolsas recuperaram das perdas iniciais. O Shanghai Composite fechou em alta de 0,5%, em 3.123,11 pontos, enquanto o Shenzhen Component ganhou 0,57%, para 11.206,82 pontos.

Nesta semana, UBS e o JPMorgan cortaram suas previsões de PIB da China pela terceira vez este ano, abaixo de 4%, bem abaixo da meta oficial de crescimento de cerca de 5,5% para 2022. O UBS cortou sua previsão para 3%, abaixo dos 4,2% anteriores e o JPMorgan reduziu sua previsão para crescimento para 3,7%, abaixo dos 4,3%.

Os economistas do UBS alegaram na terça-feira que a flexibilização das restrições do Covid provavelmente não será tão rápida quanto em 2020, dada a natureza da variante ômicron”. Em seu relatório de segunda-feira, a equipe do JPMorgan disse que “as incertezas relacionadas às previsões econômicas são altas”.

A China foi a única grande economia a crescer em 2020, com uma impressão revisada do PIB de 2,2%, já que o país conseguiu retomar rapidamente a produção enquanto grande parte do mundo permaneceu em confinamento, no entanto, o surto de Covid deste ano decorrente da variante ômicron, mais transmissível, fizeram muitos países a mudar suas estratégias para “viver com a Covid”, enquanto Pequim manteve uma “política Covid-Zero” muito mais rigorosa, citando o risco de sobrecarregar seu sistema de saúde pública, enquanto mantém um baixo nível de vacinação entre os idosos do país.

O índice Hang Seng de Hong Kong caiu 0,38%, fechando em 20.095,00 pontos.

O Nikkei do Japão encerrou o pregão com queda de 0,27%, em 26.604,84 pontos.

O Kospi da Coreia do Sul caiu 0,18%, fechando em 2.612,45 pontos. O Banco da Coreia anunciou nesta quinta-feira um aumento de 25 pontos base em sua taxa básica para 1,75%, o segundo aumento consecutivo da taxa pelo banco central.

O S&P/ASX 200 na Austrália fechou em queda de 0,69%, em 7.105,90 pontos, com uma ampla venda em quase todos os setores, exceto tecnologia, após lançamento de dados de construção e gastos de capital mais fracos do que o esperado. As ações de energia, mineração e produtoras de ouro também registraram fortes perdas, com Fortescue caindo 4%, BHP cai 1,4%, depois de cair 9% na sessão anterior, quando negociou ex-dividendo, Rio Tinto recuou 1,2% e Ashanti Gold caiu 4,8%. A produtora de petróleo Santos fechou em queda de 0,6%.

O UBS rebaixou sua previsão de PIB australiano de 1,3%, para 1% no trimestre. A Macquarie Equities também está preocupado que a dinâmica atual do mercado para o minério de ferro seja insustentável. Ela disse que a produção de aço chinesa está superaquecida e a demanda precisa melhorar muito para que as usinas mantenham os níveis atuais de produção (...) e sem uma melhora na demanda de aço acabado, a curva do minério de ferro recuará em algum momento".

O índice MSCI para a Ásia-Pacífico exceto Japão caiu cerca de 0,5%.

EUROPA: As bolsas europeias sobem nesta quinta-feira, com os mercados digerindo os últimos sinais do Federal Reserve dos EUA de que o banco central vai elevar as taxas de juros, mas não mais agressivamente do que já sinalizou.

O pan-europeu Stoxx 600 sobe 0,34% no meio da manhã, com ações do setor de varejo subindo enquanto aquelas ligadas à recursos básicos recuam. As negociações cautelosas para as ações europeias ocorre após um fechamento positivo na quarta-feira, enquanto os mercados globais tentaram recuperar frente recuo generalizado na sessão anterior.

O alemão DAX 30 sobe 0,42%, o francês CAC 40 sobe 0,51% e o FTSE MI da Itália avança 0,11%.

Na Península Ibérica, o IBEX 35 da Espanha sobe 0,67% e o português PSI 20 sobe 1,78%.

Em Londres, o FTSE 100 tenta definir uma direção, oscilando entre altas e baixas. Entre as mineradoras listadas na LSE, Antofagasta cai 1,2%, BHP recua 1,1% e Rio Tinto perde 0,5%. A produtora de petróleo BP sobe 1%.

O Banco Central da Rússia cortou sua taxa de juros de 14% para 11% nesta quinta-feira, citando desaceleração da inflação e a recuperação do rublo. Os formuladores de política monetária optaram por outro corte de 300 pontos base, o terceiro do banco desde o aumento emergencial da taxa básica de 9,5% para 20% logo após a invasão da Ucrânia pela Rússia e a imposição de sanções punitivas pelas potências ocidentais. Na época, o CBR também impôs medidas rígidas de controle de capital em uma tentativa de mitigar o impacto das sanções e sustentar o rublo. Segundo o CBR, os "últimos dados semanais apontam para uma desaceleração significativa nas taxas atuais de crescimento dos preços. A pressão inflacionária diminui com a dinâmica da taxa de câmbio do rublo, bem como o declínio perceptível nas expectativas de inflação de famílias e empresas”. “Em abril, a inflação anual atingiu 17,8%, no entanto, com base na estimativa de 20 de maio, desacelerou para 17,5%, diminuindo mais rapido do que na previsão de abril do Banco da Rússia”. O rublo enfraqueceu em relação ao dólar na manhã de quinta-feira, sendo negociado a 60,80 por dólar.

Hoje é o último dia do Fórum Econômico Mundial que ocorre em Davos, encerrando o evento que reúne líderes empresariais e políticos globais para discutir os problemas mais presentes do mundo, com a guerra na Ucrânia no topo da agenda.

EUA: Os futuros dos índices de ações operam entre altas e baixas na manhã de quinta-feira, após alguns relatórios trimestrais decepcionantes do setor de tecnologia.

As ações da fabricante de chips Nvidia caíram quase 7% em negociações estendidas de ontem depois que a empresa apresentou projeção mais fraca do que o esperado para o segundo trimestre O CFO da empresa disse que a Nvidia desaceleraria contratações, enquanto as ações da empresa de software Snowflake caiu quase 14% depois que o "guidance" da empresa para margem operacional veio mais estreita do que o esperado.

Embora os lucros do primeiro trimestre para o mercado como um todo estejam alinhados com as tendências históricas, houve recuos significativos para algumas das principais ações à medida que os investidores procuram o impacto da inflação e a desaceleração do crescimento econômico sobre seus lucros.

Durante o pregão regular de quarta-feira, o Nasdaq liderou os ganhos, com alta de 1,51%, fechando em 11.434,74 pontos. O S&P 500 subiu 0,95%, em 3.978,73 pontos, enquanto o Dow ganhou 0,60%, em 32.120,28 pontos.

Todos os três índices estão positivos na semana, colocando-os no caminho para quebrar longas sequências de quedas. O Dow caiu por oito semanas consecutivas, enquanto o S&P 500 e o Nasdaq caíram por sete semanas consecutivas.

A divulgação do FED de quarta-feira mostrou que os membros do conselho apoiam aumentos de 0,5 ponto percentual em suas próximas duas reuniões, em linha com o esperado em Wall Street. O FED elevou as taxas em meio ponto percentual no início de maio e em 0,25% em março, em um esforço para esfriar a inflação historicamente alta e desacelerar a economia. O FED também se deu ao luxo de implementar flexibilizações se notar que seus esforços para desacelerar a economia estiver funcionando, deixando o banco central "bem posicionado" no final deste ano para avaliar os efeitos que justificassem alguns ajustes na política monetária, ou seja, poderia aumentar as taxas de modo mais lento do que se temia atualmente.

Os rendimentos do Tesouro dos EUA ficaram praticamente estáveis ​​na quinta-feira, com os investidores digerindo a última ata da reunião do Federal Reserve. O rendimento dos Títulos do Tesouro de 10 anos caiu para 2,74%. O rendimento dos Títulos do Tesouro de 30 anos subiu 1 ponto base para 2,974%. Os rendimentos movem-se inversamente aos preços, e 1 ponto base é igual a 0,01%.

Dando continuidade à temporada de resultados, Macy’s, Dollar Tree e Dollar General estão entre as empresas que divulgaram seus resultados antes do pregão de quinta-feira.

Também na quinta-feira, os investidores terão uma visão atualizada dos pedidos de auxílio-desemprego semanais e a segunda leitura do PIB do primeiro trimestre às 9h30. Os dados sobre as vendas pendentes de casas seguirão às 11h00.

CRIPTOMOEDAS: Vários analistas do mercado cripto dizem que o Bitcoin permanecerá na faixa de US$ 28.500 a US$ 30.500, nível que tem mantido desde o colapso da Terra USD.

Tokens como Solana e Dogecoin lideram as baixas entre as principais criptomoedas nesta quinta-feira, bem mais que o Bitcoin que tenta se sustentar acima dos US$ 29.000.

A empresa de análise Glassnode, citado pelo pelo site Coindesk, disse em nota no início desta semana que o mercado de derivativos sugeriu que o medo de mais quedas permanece entre os investidores. "O fraco desempenho do preços spot, derivativos e a demanda excessivamente insuficiente por espaço em blocos tanto no Bitcoin quanto no Ethereum, leva a deduzir que a demanda provavelmente continuará vendo ventos contrários".

Segundo a casa de análise, os rendimentos em uma base de três meses para os futuros pairam em cerca de 3,1% para ambos os ativos, o que "é historicamente muito baixo". Tal resultado nos rendimentos são gerados quando há algo errado na curva entre os preço spot e futuro de um ativo. Nesta situação, os investidores preferem embolsar seus lucros. Rendimentos mais baixos dão aos investidores pouca razão para injetar capital e entrar nos mercados, o que pode significar menos valorização, não oferecendo base de sustentação aos preços spot e futuros, mas por outro lado, agora o rendimento é maior do que o rendimento do Tesouro dos EUA de 2,78%, o que pode começar a dar ao capital dos investidores uma razão para reentrar no setor", disseram analistas da Glassnode.

Além disso, as atividades nos futuros de opções sobre Bitcoin sugerem um sentimento de baixa entre os "traders", como relatado no início desta semana. A relação put/call em opções de Bitcoin atingiu altas de 12 meses de mais de 0,72, indicando que os "traders" estavam cobrindo suas carteiras contra um movimento para baixo.

Bitcoin: -1,83%, em US $ 29.166,10
Ethereum: -6,56%, em US $ 1.834,65
Cardano: -4,84%
Solana: -8,99%
Dogecoin: -5,64%
Shiba Inu: -6,08%
Terra: +6,24%
XRP: -2,81%
Litecoin: -8,10%

ÍNDICES FUTUROS - 7h50:
Dow: +0,38%
SP500: +0,30%
NASDAQ100: +0,01%

COMMODITIES:
MinFe Dailan: -0,77%
Brent: +0,59%
WTI: +0,92%
Soja: +0,07%
Ouro: -0,14%

OBSERVAÇÃO: Este material é um trabalho voluntário, independente, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado, enquanto a europeia e a americana estão no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário de disponibilização dos dados. O texto não é indicação de compra, manutenção ou venda de ativos.

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