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RESENHA DA BOLSA - TERÇA-FEIRA 24/05/2022



ÁSIA: As bolsas asiáticas fecharam em baixa nesta terça-feira, apesar das observações do presidente Joe Biden de que estava considerando reduzir as tarifas dos EUA sobre importações chinesas impostas durante o governo do ex-presidente Donald Trump. Na ocasião, Pequim retaliou com medidas punitivas semelhantes, levando ambos os lados a uma prolongada guerra comercial.

Os comentários aumentaram otimismo sobre o potencial de uma flexibilização das tensões entre as duas maiores economias do mundo, mas nem todos estavam convencidos, pois comentários sobre a redução das tarifas sobre exportações da China já vieram à tona antes e a falta algo concreto continua sendo um elemento de decepção para os mercados, segundo analistas.

Os investidores estão de olho no impacto da guerra na Ucrânia sobre os preços das commodities, o possível golpe sobre o crescimento econômico global devido os bloqueios pandêmicos na China continental, a inflação em alta e o aperto das condições financeiras que interromperam a produção e sufocaram a demanda, fazendo com que a economia global desacelerasse, conforme alguns economistas.

As bolsas chinesas caíram acentuadamente no continente. O Shanghai Composite caiu 2,41%, fechando em 3.070,93 pontos, enquanto o Shenzhen Component caiu 3,34%, para 11.065,92 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong reduziu as perdas iniciais e fechou em queda de 1,75%, para 20.112,1 pontos, enquanto o índice Hang Seng Tech caiu mais de 3%. O Alibaba caiu 2%, enquanto a Tencent caiu 2,48%.

As ações da fabricante de veículos elétricos Xpeng despencaram mais de 9%, depois que a empresa informou na segunda-feira que seu prejuízo líquido no primeiro trimestre aumentou para 1,7 bilhão de iuanes (254,7 milhões de dólares), ante 786,6 milhões de iuanes registrado no ano anterior.

No Japão, o Nikkei caiu 0,94%, fechando em 26.748,14 pontos. A atividade manufatureira do Japão para maio aumentou no ritmo mais lento em três meses, uma vez que gargalos na oferta de componentes causaram uma desaceleração na produção, segundo a Reuters. Entre as notícias corporativas, a Toyota Motor disse na terça-feira que cortará a produção global em cerca de 100.000 a 850.000 em junho, devido à escassez de semicondutores. As ações da montadora japonesa caíram 0,56%.

O Kospi da Coreia do Sul caiu 1,57% para terminar em 2.605,87 pontos.

Na Austrália, o S&P/ASX 200 caiu 0,28%, para 7.128,80 pontos. As mineradoras BHP, Fortescue Metals e Rio Tinto fecharam em alta de 0,9%, 3% e 1,4%, respectivamente, enquanto a produtora de petróleo Santos subiu 1,4%.

O índice MSCI para a Ásia-Pacífico exceto Japão caiu 1,3%.

EUROPA: As principais bolsas europeias recuam nesta terça-feira, após fecharem em alta na segunda-feira, apesar dos temores sobre a economia global dominar ultimamente o sentimento dos mercados.

O pan-europeu Stoxx 600 cai 0,78% no meio da manhã, com as concessionárias de serviços liderando as perdas, enquanto os bancos contrariam a tendência.

O alemão DAX 30 cai 0,53%, o francês CAC 40 perde 0,60% e o FTSE MIB da Itália recua 0,23%.

Na Península Ibérica, o IBEX 35 da Espanha sobe 0,01% e o português PSI 20 recua 0,04%.

Em Londres, o FTSE 100 cai 0,10%. Entre as mineradoras listadas na LSE, Anglo American cai 0,5%, BHP cai 1% e Rio Tinto recua 0,6%. A produtora de petróleo BP cai 1,6%.

O Fórum Econômico Mundial está acontecendo em Davos nesta semana, reunindo líderes políticos e empresariais de todo o mundo. A cúpula deste ano ocorre após anos de pandemia de Covid-19 e em meio à invasão da Ucrânia pela Rússia, que está no topo da agenda.

Entre os dados econômicos na Europa, o PMI composto da zona do euro caiu para 54,9 em maio, ante 55,8 em abril, de acordo com a leitura preliminar. Esse número indica uma expansão da atividade econômica pelo 15º mês consecutivo, com a taxa de crescimento diminuindo apenas modestamente, com o crescimento dos negócios em todo o continente desacelerando por conta de eventos associados à guerra da Ucrânia, às restrições de fornecimento pandemia covid-19 e ao aumento do custo de vida, mas permaneceu resiliente graças ao setor de serviços, informou a S&P Global na terça-feira.

Enquanto o setor de serviços continuou a relatar um forte crescimento por conta da demanda reprimida durante a pandemia, o setor manufatureiro viu apenas uma expansão modesta pelo segundo mês consecutivo em meio à queda nos fluxos de pedidos, de acordo com a S&P Global.

EUA: Os futuros dos índices de ações dos EUA negociam em baixa na manhã de terça-feira, com os mercados lutando para sustentar uma recuperação após várias semanas de quedas que quase enterraram o mercado altista que começou em março de 2020.

A Snap, controladora do Snapchat, reduziu suas expectativas de lucro e receita para o segundo trimestre, citando a economia em rápida desaceleração. As ações caíram 28,6% no pregão de terça-feira e puxaram as ações da Meta Platforms, controladora do Facebook, para uma baixa de 6,7%.

O alerta foi a última coisa que as ações de tecnologia precisavam, já que o Nasdaq caiu mais de 26% este ano, numa sequência de sete semanas de quedas e com perdas acentuadas para empresas de tecnologia como Apple, Amazon.com e Alphabet.

As ações registraram ganhos consistentes na segunda-feira depois que o presidente Joe Biden disse que estava considerando reduzir as tarifas sobre a China que haviam sido impostas pelo governo Trump. O Dow subiu 618 pontos, ou 1,98% de alta. O S&P 500 subiu 1,86%, em 3.973,75 pontos e o Nasdaq Composite ganhou 1,59%.

O rali de segunda-feira foi amplo, com 11 setores positivos, liderados pelo financeiro, que avançou 3,23% e teve seu melhor dia desde 9 de março, liderada pelo JPMorgan, cujas ações saltaram 6,2% depois de anunciar que atingirá as principais metas antes do esperado com a ajuda do aumento das taxas de juros.

As altas ocorreram com os mercados se recuperando da forte queda visto na semana passada, com preocupações persistentes sobre a inflação pesando sobre os mercados. O Dow atingiu a sua primeira sequência de oito semanas de baixa desde 1923. O S&P 500 está tentando sair de sua maior série de perdas de sete semanas desde que a bolha "ponto-com" estourou em 2001. Chegou perto de cair 20% em relação ao seu pico no início deste ano, o que colocaria o índice em um mercado de urso.

Os movimentos deixaram os investidores perguntando se o salto manterá ou se foi mais um pequeno voo de galinha em meio à implacável liquidação que ainda pode não ter atingido o fundo.

Essa volatilidade pode continuar no pregão de terça-feira e correr durante a semana, à medida que Wall Street digerirá a divulgação da ata da última reunião do Federal Reserve na quarta-feira. O Banco Central vem elevando as taxas de juros em um esforço para esfriar a inflação historicamente alta e desacelerar a economia. Os investidores temem que o banco central possa ir mais longe na elevação das taxas ou se movimentar muito rápido, o que poderia prejudicar a atividade empresarial e potencialmente provocar uma recessão.

Uma série de balanços decepcionantes das principais varejistas na semana passada também levantou preocupações de que os consumidores estão maneirando nos gastos à medida que são pressionados pelo aumento da inflação.

Entre as empresas que divulgam seus resultados trimestrais nesta terça-feira, figuram Nordstrom, Best Buy e Ralph Lauren.

Na agenda econômica, os investidores aguardam os números do PMI Flash de manufatura e serviços às 10h45 e as vendas de casas novas às 11h00 desta terça-feira.

Na quinta-feira, haverá a divulgação do relatório sobre o produto interno bruto do primeiro trimestre e na sexta-feira sairá dados sobre renda pessoal e gastos para abril.

Entre os discursos de autoridades do FED, o presidente Jerome Powell, discursará na cúpula do Centro Nacional para o Desenvolvimento de Empresas Indígenas Americanas às 13h20 desta terça-feira.

CRIPTOMOEDAS: A recente correlação entre os mercados criptos e as ações não se confirmou após alta das ações em Wall Street no pregão de segunda-feira.

O Bitcoin segue negociando entre US $ 29.000 e US $ 30.000, faixa que ocupa a quase duas semanas desde a stablecoin UST, que deveria valer US$ 1, implodiu e é negociada hoje próximo de US$ 0,06.

O Banco Central Europeu adverte em um relatório nesta terça-feira que há riscos de criptomoedas transbordarem para uma economia mais ampla à medida que mais instituições financeiras envolvidas com ativos cripto vão sendo usados como forma de pagamento. O BCE crê que os criptoativos deveriam estar sob um regime regulatório e sob supervisão após o colapso devastador do blockchain Terra, que colocaram em questão a estabilidade de stablecoins algorítmicas como a UST, que não são apoiadas por uma moeda fiduciária.

A presidente do BCE, Christine Lagarde disse em entrevista que as criptomoedas não valem um centavo, pois não existe ativo por trás da criptomoeda para atuar como âncora de segurança.

Vários bancos centrais estão trabalhando em suas próprias alternativas de dinheiro virtual em resposta ao rápido crescimento das moedas digitais, entre elas, o BCE. "Um euro digital seria “muito diferente” das criptomoedas privadas", disse ela.

Bitcoin: -3,63%, em US $ 29.367,90
Ethereum: -4,61%, em US $ 1,977,93
Cardano: -5,58%
Solana: -7,80%
Dogecoin: -4,36%
Shiba Inu: -5,38%
Terra: -27,72%
XRP: -4,26%
Litecoin: -4,64%

ÍNDICES FUTUROS - 7h30:
Dow: -0,54%
SP500: -0,90%
NASDAQ100: -1,50%

COMMODITIES:
MinFe Dailan: -3,54%
Brent: +0,28%
WTI: +0,34%
Soja: +0,39%
Ouro: +0,51%

OBSERVAÇÃO: Este material é um trabalho voluntário, independente, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado, enquanto a europeia e a americana estão no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário de disponibilização dos dados. O texto não é indicação de compra, manutenção ou venda de ativos.

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