ÁSIA: Os principais mercados asiáticos fecharam majoritariamente em alta nesta quinta-feira depois que Wall Street recuou em meio à temores de que taxas de juros mais altas arrefeçam o crescimento econômico global.
Os mercados da China continental lideraram os ganhos regionalmente. O Shanghai Composite subiu 1,62%, em 3.320,15 pontos, enquanto o Shenzhen Component saltou 2,19% para fechar em 12.514,73 pontos.
O índice Hang Seng de Hong Kong fechou em alta de 1,26%, em 21.273,87 pontos e o índice Hang Seng Tech ganhou 2,28%. Alibaba saltou 6,4% e Xpeng subiu quase 10%.
No Japão, o Nikkei fechou em alta de 0,08%, em 26.171,25 pontos.
Na Austrália, o S&P/ASX 200 subiu 0,31%, graças às forças das ações imobiliárias e de saúde, mas foi limitado por quedas nos setores de energia e mineração, à medida que os temores de recessão pesavam sobre as commodities. Woodside e Santos caíram aproximadamente 2% cada. Entre as mineradoras, BHP caiu 1,3%, Fortescue Metals recuou 1,6% e Rio Tinto fechou em baixa de 2%.
O Kospi da Coreia do Sul desistiu dos ganhos iniciais, contrariando o desempenho regional e caiu 1,22%, em 2.314,32 pontos.
O índice MSCI para Ásia-Pacífico exceto Japão subiu aproximadamente 1%.
Cingapura anunciou que o núcleo da inflação em maio ficou em 3,6% em relação a um ano atrás, um pouco maior do que os 3,5% esperado por analistas consultados pela Reuters e acima da leitura de 3,3% de abril.
EUROPA: As bolsas europeias buscam recuperação nesta quinta-feira, com os mercados globais registrando bastante volatilidade após as negociações tumultuadas da semana passada.
O Stoxx 600 iniciou as negociações com baixa de 1,2%, com o setor de recursos básicos liderando perdas, mas o pan-índice busca a estabilidade ainda no meio das negociações matinais.
O alemão DAX 30 cai 0,57%, o francês CAC 40 sobe 0,19% e o FTSE MIB da Itália avança 0,54%.
Na Península Ibérica, o IBEX 35 da Espanha sobe 0,04% e o português PSI 20 sobe 0,41%.
Em Londres, o FTSE 100 sobe 0,34%. Entre as mineradoras listadas na LSE, Anglo American cai 0,5%, Antofagasta cai 1,9%, Rio Tinto tomba 0,3%, enquanto BHP sobe 1,1%. A produtora de petróleo BP sobe 1,3%.
Os bancos centrais dos Estados Unidos e da Europa estão tentando domar a inflação que está em alta de quatro décadas.
Os preços do petróleo continuam sua trajetória descendente nesta quarta-feira, em níveis mais baixos desde o início de maio, sugerindo que os investidores antecipam uma demanda mais fraca à medida que a atividade econômica esfria. O petróleo bruto West Texas Intermediate, referência dos EUA, cai 1,02%, para US$ 105,09 o barril. O benchmark global Brent caiu 0,98%, para US$ 110,64 o barril.
Os preços do petróleo subiram logo após a Rússia invadir a Ucrânia em fevereiro e analistas dizem que ainda tem um longo caminho a percorrer antes de voltar aos níveis pré-guerra. Esses preços mais altos do petróleo causaram um aumento nos custos de combustíveis, levando o presidente Joe Biden a pedir ao Congresso que suspenda temporariamente os impostos federais sobre o gás na quarta-feira.
O ministro alemão da Economia, Robert Habeck, disse na quinta-feira que o país ativou a segunda fase de três estágios de um plano de "emergência" para manter o fluxo de energia, alertando que as metas de armazenamento para o inverno estão em risco devido à diminuição das entregas de gás da Rússia. Isso significa aumentar a produção de usinas de carvão para compensar a escassez de gás.
Os líderes da União Europeia devem conceder o status de candidato para a Ucrânia se juntar ao bloco de 27 nações nesta quinta-feira, o primeiro passo em uma longa e imprevisível jornada em direção à adesão plena que pode levar muitos anos para ser alcançada. De acordo com vários diplomatas da UE que falaram sob condição de anonimato antes da cúpula em Bruxelas, a Ucrânia receberá a aprovação unânime necessária para o início das discussões.
EUA: Os futuros dos índices de ações buscam recuperação na manhã desta quinta-feira, enquanto os preços do petróleo caem depois que o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, reconheceu que uma recessão nos EUA será difícil de evitar à medida que o banco central luta contra o forte aumento da inflação.
O presidente do Fed, Jerome Powell, disse na quarta-feira perante o Congresso que embora o banco central dos EUA não precise "provocar uma recessão", "é absolutamente essencial" que o banco central esteja “fortemente comprometido em reduzir a inflação". Os investidores temem que isso descarrile o crescimento global.
Ainda perante o Comitê Bancário do Senado, Powell, no entanto, disse aos legisladores que um ritmo mais lento de elevação das taxas de juros era possível, mas isso dependeria em grande parte que os dados econômicos mostrassem crescimento e desaceleração da inflação.
Na semana passada, o FED elevou sua taxa de referência em três quartos de ponto percentual, três vezes sua margem habitual e o maior aumento em quase três décadas.
Os formuladores de políticas do Fed estão prevendo mais aumentos das taxas de juros este ano e no próximo e em um ritmo mais rápido do que o previsto anteriormente. Eles dizem que a taxa-chave do Banco Central deve chegar a 3,8% até o final de 2023, seu nível mais alto em 15 anos.
O aumento dos preços azedou o sentimento dos consumidores nos Estados Unidos, o maior mercado do mundo. Os temores de inflação foram agravados por um aumento nos preços do petróleo, trigo e outras commodities devido ao ataque da Rússia à Ucrânia, mas os gastos no varejo estão caindo. O mercado imobiliário enfraquece. A construção de casas de famílias caiu para uma taxa de ritmo anual de 1 milhão em maio, ante uma alta de 15 anos de 1,31 milhão em dezembro. As licenças para construir mais casas também caíram. A combinação de taxas de hipotecas mais altas e preços ultra-altos tornou difícil para a maioria dos americanos comprar uma casa. A acessibilidade caiu para o menor nível em 16 anos, disse a Associação Nacional de Corretores de Imóveis.
Agora, Powell se dirigirá ao Comitê de Serviços Financeiros da Câmara às 11h00 desta quinta-feira.
O rendimento da nota de referência de 10 anos do Tesouro dos EUA caiu para seu nível mais baixo em quase duas semanas na manhã desta quinta-feira, com os investidores continuando a avaliar a probabilidade de uma recessão. O rendimento do título do Tesouro de 10 anos caiu cerca de 6 pontos base para 3,098%, enquanto o rendimento do título do Tesouro de 30 anos caiu quase 5 pontos base, para 3,193%. Os rendimentos movem-se inversamente aos preços.
Na agenda econômica desta quinta-feira, os investidores estarão ansiosos por novos dados de pedidos de auxílio-desemprego às 9h30, juntamente com os números da conta corrente do primeiro trimestre, enquanto o PMI Flash de manufatura e de serviço da S&P para junho será divulgado às 10h45.
Os casos de Covid nos EUA registra uma média 97.069 por dia, uma queda de 13% em relação a duas semanas atrás, de acordo com o New York Times. O país tem uma média de 30.216 internações por dia, um aumento de 3% em relação a duas semanas atrás. O número diário de mortos é de 298 em média, uma queda de 13% em relação a duas semanas atrás. Em uma base global, o total de casos está agora acima de 541,1 milhões. O total de mortes está acima de 6,32 milhões, de acordo com dados da Universidade Johns Hopkins, com os EUA ainda liderando com 86,6 milhões de casos e 1.014.835 mortes.
CRIPTOMOEDAS: Os mercados criptos avançam nesta quinta-feira, seguindo o movimento dos futuros dos EUA.
O Bitcoin negocia acima de US $ 20.500 nesta quinta-feira, tentado recuperar uma baixa de 8% nos últimos sete dias. A maior criptomoeda do mundo acumula uma baixa de 70% diante da máxima de US$ 69 mil atingida em novembro de 2021.
A Genesis global Trading publicou na Bloomberg, que o movimento coincide com o vencimento de opções semanal, o último do trimestre, com o vencimento de contratos futuros.
Bitcoin: +2,30%, em US $ 20.684,80
Ethereum: +1,81%, em US $ 1.109,91
Cardano: +0,66%
Solana: +5,65%
Dogecoin: +2,90%
Shiba Inu: -0,97%
Terra Classic: +0,24%
XRP: +2,26%
Litecoin: +6,23%
ÍNDICES FUTUROS - 7h30:
Dow:+0,47%
SP500: +0,78%
NASDAQ100: +1,15%
COMMODITIES:
MinFe Dailan: +2,46%
Brent:-0,98%
WTI: -1,02%
Soja: -1,91%
Ouro: -0,40%
OBSERVAÇÃO: Este material é um trabalho voluntário, independente, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado, enquanto a europeia e a americana estão no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário de disponibilização dos dados. O texto não é indicação de compra, manutenção ou venda de ativos.
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