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RESENHA DA BOLSA - TERÇA-FEIRA 05/07/2022



ÁSIA: As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em alta na segunda-feira em meio às expectativas de que os EUA possam decidir cortar as tarifas sobre bens chineses, um movimento bem-vindo que também ajudaria a domar a inflação.

O Ministério do Comércio da China disse na terça-feira que o vice-premiê Liu He conversou com a secretária do Tesouro, Janet Yellen, a respeito de coordenar a política econômica entre as duas maiores economias e manter a estabilidade das cadeias de suprimentos. No comunicado, o lado chinês "expressou preocupações com questões como a remoção das sanções impostas pelos Estados Unidos à China e tratamento justo das empresas chinesas". Os dois lados concordaram em continuar suas discussões.

Os investidores também se animaram com o relaxamento das restrições relacionadas à pandemia coronavírus na região.

O Kospi da Coreia do Sul subiu 1,80%, fechando em 2.341,78 pontos, liderando os ganhos regionais. O índice de preços ao consumidor em junho subiu 6% em comparação com o mesmo período do ano passado, um pouco acima do aumento esperado de 5,9% e o aumento anual mais rápido desde novembro de 1998, segundo a Reuters. Especialistas esperam um aumento de 0,50% na taxa de juros por parte do Banco da Coreia na reunião de 13 de julho.

O Nikkei do Japão subiu 1,03%, fechando em 26.423,47 pontos. A atividade de serviços do Japão expandiu no ritmo mais rápido desde outubro de 2013, de acordo com o PMI final de serviços do au Jibun Bank Japan. A leitura subiu para 54, ante 52,6 em maio. A marca de 50 pontos separa crescimento de contração em uma base mensal.

O índice Hang Seng de Hong Kong subiu 0,10%, em 21.853,07 pontos.

Na Austrália, o S&P/ASX 200 fechou em alta de 0,25%, em 6.629,30 pontos. O Reserve Bank of Australia elevou as taxas de juros em 50 pontos base para 1,35% hoje, conforme previsto. Foi a terceira alta consecutiva. A alta de meio ponto percentual do RBA foi do mesmo de junho. Em maio, o banco elevou a taxa em um quarto de ponto percentual em sua reunião mensal do conselho em maio, a primeira elevação da taxa em mais de 11 anos. O dólar australiano caiu após o anúncio da decisão do RBA e foi negociado pela última vez em US$ 0,6854. O setor de energia liderou os ganhos no benchmark local. Woodside estava entre as grandes altas, saltando 3,8%. Entre as mineradoras, BHP subiu 0,4%, Fortescue Metals adicionou 1,9% e Rio Tinto fechou em alta de 0,1%.

Os mercados da China continental contrariaram a tendência regional. O Shanghai Composite caiu 0,03%, em 3.403,57 pontos e o Shenzhen Component caiu 0,41%, em 12.973,11 pontos. A atividade do setor de serviços da China subiu para 54,5 em julho, ante 41,4 em maio, à medida que as medidas de Covid foram flexibilizadas, de acordo com o PMI de serviços da Caixin.

O índice MSCI para a Ásia-Pacífico exceto Japão subiu 0,58%.

EUROPA: As bolsas europeias operam em baixa nesta terça-feira, com temores de uma recessão iminente à medida que os bancos centrais apertam suas políticas monetárias numa tentativa de conter a inflação crescente, continuando a induzir volatilidade nos mercados de ações globais.

O Banco da Inglaterra deve publicar seu último Relatório de Estabilidade Financeira semestral na terça-feira. O Banco Central Europeu deve publicar a ata de sua última reunião de política monetária na quinta-feira.

O pan-europeu Stoxx 600 cai 0,64% no meio da manhã, após fechar em alta na segunda-feira, em uma sessão mais calma para os mercados globais devido ao feriado de 4 de julho nos Estados Unidos. Ações do setor de recursos básicos lideram as perdas nesta terça.

O alemão DAX 30 cai 0,92%, o francês CAC 40 perde 1,09% e o FTSE MIB da Itália recua 0,57%.

Na Península Ibérica, o IBEX 35 da Espanha cai 0,48% e o português PSI 20 recua 0,70%.

Em Londres, o FTSE 100 cai 0,92%. Entre as mineradoras listada na LSE, Anglo American cai 4,4%, Antofagasta recua 4,2%, BHP recua 1,4% e Rio Tinto perde 2%. A petrolífera British Petroleum cai 1,2%.

O euro caiu para seu nível mais baixo em duas décadas na terça-feira, deslizando para US$ 1,0283, queda mais de 1% na sessão, com aumento dos temores de uma recessão na zona do euro, à medida que os preços do gás disparam e a guerra na Ucrânia não mostra sinais de diminuir. A inflação na zona do euro atingiu um recorde de 8,6% em junho, levando o Banco Central Europeu a avisar antecipadamente os mercados de sua intenção de aumentar as taxas de juros pela primeira vez em 11 anos em sua reunião de julho, no entanto, os crescentes temores de uma recessão podem limitar a capacidade do banco central de apertar a política monetária. O Índice Econômico Sentix de julho na segunda-feira mostrou que o sentimento dos investidores nos 19 países da zona do euro caiu para seu nível mais baixo desde maio de 2020, apontando para uma recessão “inevitável”.

Entre os dados divulgados, o PMI de serviços da área do euro de junho ficou em 53,0, ligeiramente acima da previsão de consenso de 52,8, mas abaixo dos 56,1 de maio.

A produção industrial da França estagnou em maio, após três quedas consecutivas, segundo dados divulgados na terça-feira pela agência de estatísticas do país Insee. A produção industrial total, composta pela produção em manufatura, energia e construção, permaneceu inalterada em relação ao mês anterior. Economistas esperavam que a produção industrial caísse 0,3% no mês. A produção manufatureira, o maior componente da produção industrial, cresceu 0,8% em maio em relação ao mês anterior. A construção civil subiu 0,4%, mas a produção de energia caiu 4,6%. O Insee revisou os dados de produção do mês anterior e após a revisão, a produção industrial francesa de abril recuou 0,3%, em vez de 0,1%.

EUA: Os futuros dos índices de ações dos EUA caem nas negociações matinais de terça-feira na volta do feriado de 4 de julho, depois que os principais índices terminaram mais uma semana com perdas.

As preocupações em torno da inflação e da recessão continuam a dominar as atenções, embora houvesse notícia positiva em torno de uma potencial nova política de importação dos EUA para combater preços mais altos. A China disse que o vice-primeiro-ministro da China, Liu He e a secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, realizaram uma conferência virtual na segunda-feira para discutir questões macroeconômicas. As expectativas são de que os EUA pausariam as tarifas sobre algumas importações chinesas, após um relatório do Wall Street Journal detalhando planos para suspender tarifas para alguns bens de consumo.

Os mercados terminaram um dos piores semestres em décadas na quinta-feira e os principais índices registraram sua quarta semana de perdas nas últimas cinco semana, apesar dos ganhos modestos durante o pregão de sexta-feira. O Dow Jones Industrial Average adicionou 1,05%, para 31.097,26 pontos, o S&P 500 ganhou 1,06%, para 3.825,33 pontos e o Nasdaq Composite subiu 0,90%, para 11.127,85 pontos. Na semana, o Dow caiu 1,3%, o S&P 500 caiu 2,2% e o Nasdaq caiu 4,1%.

Na agenda econômica desta terça-feira, está prevista a divulgação dos pedidos das fábricas de maio às 11h00. Nesta semana, os investidores ainda aguardam a divulgação dos dados do relatório de empregos de junho na sexta-feira. De acordo com estimativas, o crescimento do emprego provavelmente desacelerou em junho, com 250.000 vagas não agrícolas adicionadas, abaixo dos 390.000 em maio. Economistas também esperam que a taxa de desemprego se mantenha em 3,6%.

O calendário econômico desta semana também inclui a divulgação da ata da última reunião do Federal Reserve na quarta-feira.

CRIPTOMOEDAS: Sinais de maior apetite por risco visto na Ásia ajudaram os mercados de criptomoedas nesta madrugada e o Bitcoin chegou a sustentar inicialmente acima dos US$ 20 mil, mas o rali vem perdendo força, à medida que os futuros dos EUA se consolidam em território negativo.

O Bitcoin registra ganhos, porém opera abaixo de US $ 20.000 nesta manhã. O Índice de Medo e Ganância permanece em território de “extremo medo”, à medida que o mercado de criptomoedas continua a digerir a série de notícias negativas, juros mais altos e risco de recessão, de acordo com o CoinDesk.

Bitcoin: +1,32%, em US $ 19.731,10
Ethereum: +4,95%, em US $ 1.128,44
Cardano: +0,53%
Solana: +3,06%
Dogecoin: +0,37%
Shiba Inu: +1,71%
Terra Classic: -6,37%
XRP: +0,23%
Litecoin: -1,08%

ÍNDICES FUTUROS - 7h55:
Dow: -0,45%
SP500: -0,45%
NASDAQ100: -0,61%

COMMODITIES:
MinFe Dailan: +1,37%
Brent: -1,47%
WTI: -0,32%
Soja: -3,11%
Ouro: +0,01%

OBSERVAÇÃO: Este material é um trabalho voluntário, independente, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado, enquanto a europeia e a americana estão no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário de disponibilização dos dados. O texto não é indicação de compra, manutenção ou venda de ativos.

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