ÁSIA: A maioria das principais bolsas asiáticas responderam positivamente à decisão do Federal Reserve dos EUA de aumentar as taxas em 75 pontos-base para combater a inflação, um movimento amplamente esperado.
Entre os principais mercados, apenas as ações de Hong Kong caíram. O índice de referência Hang Seng caiu 0,34%, fechando em 20.599,00 pontos.
A Austrália liderou os ganhos, com o S&P/ASX 200 fechando em alta de 0,97%, em 6.889,7 pontos, sua sessão mais forte em uma semana. O setor de materiais liderou o mercado. Fortescue subiu 2,9%, depois de quebrar seu recorde de embarque de minério de ferro pelo terceiro ano consecutivo e elevar suas perspectivas para o próximo ano. A BHP ganhou 2,1% e a Rio Tinto recuou 0,7% no início da sessão, para fechar em alta de 0,7%. No setor de energia, Santos subiu 0,9% e Woodside adicionou 1,3%. Altas também nos setores de finanças, altamente ponderado e tecnologia.
O Australian Bureau of Statistics divulgou dados que mostraram que as vendas no varejo de junho subiram 0,2%. Economistas previam um crescimento de 0,5%, ante 0,9% em maio.
O Kospi na Coreia do Sul avançou 0,82%, para 2.435,27 pontos.
Na China continental, o Shanghai Composite ganhou 0,23%, para 3.283,14 pontos, enquanto o Shenzhen Component subiu 0,23%, para 12.428,72 pontos.
O Nikkei do Japão subiu 0,36%, para 27.815,48 pontos. O vice-governador do Banco do Japão, Masayoshi Amamiya, disse nesta quinta-feira que os aumentos das taxas do Federal Reserve não afetaria diretamente a política monetária do banco central japonês. Ele disse que a ação política do FED pode ter um impacto na economia global através dos mercados de câmbio e ativos e que "é muito importante para a economia global, incluindo o Japão, que os EUA alcancem estabilidade tanto na economia quanto na inflação". No início de seu discurso, ele disse que "é necessário que o BoJ continue firme com a sua flexibilização monetária".
O índice MSCI para a Ásia-Pacífico exceto Japão subiu 0,8%.
EUROPA: Os mercados europeus operam com cautela à medida que investidores digerem a decisão do FED e os balanços de empresas europeias.
O pan-europeu Stoxx 600 oscila próximo da linha estável no meio da manhã, mas busca recuperação. Ações do setor de recursos básicos sobem enquanto as de telecomunicações caem.
O alemão DAX 30 cai 0,18%, o francês CAC 40 recua 0,02% e o FTSE MIB da Itália sobe 0,79%.
Na Península Ibérica, o IBEX 35 da Espanha cai 1,22% e o português PSI 20 cai 0,02%.
No Reino Unido, o FTSE 100 cai 0,16%. Entre as mineradoras listadas na LSE, Anglo American sobe 3%, Antofagasta sobe 3,8% enquanto as gigantes BHP e Rio Tinto sobem 2,1% e 1,8%, respectivamente. A petrolífera British Petroleum cai 0,2%.
EUA: Os futuros dos índices de ações dos EUA operam em território negativo nas negociações matinais de quinta-feira, depois de uma recuperação consistente na quarta-feira, após outra alta de 0,75 ponto percentual do Federal Reserve.
As ações da Meta Platforms caíram 3% no "after-market" devido resultados trimestrais decepcionantes, enquanto a Ford ganhou mais de 5% após bater as expectativas e aumentar seus dividendos.
Os investidores receberam bem a decisão do Federal Reserve aumentar as taxas em 75 pontos-base e apostam que o FED pode interromper a alta dos preços sem empurrar a economia para uma recessão.
Durante o pregão regular de quarta-feira, o Dow subiu 436,05 pontos, ou 1,37%, em 32.197,59 pontos e o Nasdaq Composite fechou em alta de 4,06%, em 12.032,42 pontos, impulsionado pelas ações da Alphabet e da Microsoft.
O S&P 500 terminou o dia em alta de 2,62%, em 4.023,61 pontos, com todos os setores em alta. Destaque para os serviços de comunicação apresentando seu melhor desempenho diário desde abril de 2020.
Segundo analistas, o sentimento que impulsionou esse movimento é que a economia ainda está funcionando bem e a possibilidade do FED pode diminuir o ritmo de aperto na próxima reunião de política monetária.
O presidente do FED, Jerome Powell, disse na quarta-feira durante uma entrevista coletiva após a decisão do Federal Reserve que não acredita que a economia tenha entrado em recessão. “Não acho que os EUA estejam atualmente em recessão e a razão é que há muitas áreas da economia que estão tendo um desempenho muito bom”.
Durante a madrugada, o rendimento da nota do Tesouro de 10 anos subia 6 pontos base para 2,7977% e o rendimento dos títulos do Tesouro de 30 anos também subiu 6 pontos para 3,0703%. Os rendimentos movem-se inversamente aos preços e um ponto base é igual a 0,01%.
Agora, os investidores seguem em busca de mais pistas sobre o estado da economia. Nesta quinta-feira, aguarda-se a divulgação da leitura do PIB do segundo trimestre prevista 9h30. Embora dois trimestres negativos consecutivos de crescimento sejam tecnicamente vistos por muitos como uma recessão, a definição oficial é mais sutil, levando em consideração fatores adicionais, de acordo com o National Bureau of Economic Research. Economistas esperam que o PIB tenha crescido a uma taxa anual de 0,3% entre março e junho, segundo expectativas de consenso, um ritmo lento que, no entanto, sugere uma reviravolta em relação à queda de 1,6% do primeiro trimestre.
Dada a força atual do mercado de trabalho dos EUA e os balanços saudáveis, a maioria dos economistas concorda que mesmo que os dados mostram que a economia tenha encolhido novamente pelo segundo trimestre consecutivo, os elementos-chaves de uma recessão ainda não foram cumpridos.
No mesmo horário, espera-se também a divulgação dos pedidos de seguro-desemprego semanal.
Seguindo a temporada de resultados, os investidores estão aguardando os resultados da Apple, Amazon, Intel e Comcast programados para esta quinta-feira.
O Morgan Stanley está pedindo aos investidores que resistam a colocar seu dinheiro em ações, apesar do salto do mercado após a decisão do FED. Segundo estrategista-chefe de ações e diretor de investimentos do banco disse acreditar que o entusiasmo de Wall Street com a ideia de que os aumentos das taxas de juros podem desacelerar mais cedo do que o esperado é prematuro e problemático e as questões mais proeminentes são o efeito que a desaceleração econômica terá sobre os lucros corporativos e o risco de aperto excessivo do banco central. “O mercado está um pouco mais forte do que se imaginava, dado que os sinais de crescimento tem sido consistentemente negativos”. “Até o mercado de títulos está começando a acreditar no fato de que o FED provavelmente irá mais longe e nos levará à recessão.”
CRIPTOMOEDAS: As criptomoedas seguem bastante correlacionadas com os mercados de ações, principalmente ações de tecnologia, em particular o Nasdaq, que saltou 4% na quarta-feira. O Bitcoin subiu acima de US$ 23.000, após as ações subirem depois que o Federal Reserve dos EUA elevou as taxas de juros, mas sugeriu que o ritmo dos aumentos poderia diminuir.
O Bitcoin negocia ligeiramente abaixo de US$ 23.000 nesta quinta-feira, de acordo com dados da CoinGecko.
O Bitcoin segue tentando encenar um rali após várias tentativas fracassadas este mês. A maior criptomoeda do mundo está sendo negociada em uma faixa de US$ 20.000 a US$ 24.000 desde meados de junho, após um crash violento neste ano eliminar 50% de seu valor.
O mercado de criptomoedas foi atingido este ano à medida que questões macroeconômicas afetaram empresas do setor, entre elas a plataforma de empréstimo de criptomoedas Celsius e o fundo de hedge Three Arrows Capital, que entraram com pedido de falência, prejudicando muitos investidores.
Analistas do mercado de criptomoedas não tem certeza se o abalo e a desalavancagem no setor já terminaram. Outra notícia negativa que rola no mercado é que a Tesla havia vendido 75% de suas participações em Bitcoin na semana passada.
Bitcoin: +7,78%, em US $ 22.945,50
Ethereum: +10,95%, em US $ 1.616,95
Cardano: +7,14%
Solana: +7,68%
Dogecoin: +6,50%
Terra Classic: +2,83%
ÍNDICES FUTUROS - 7h45:
Dow: -0,14%
SP500: -0,34%
NASDAQ: -0,72%
COMMODITIES:
MinFe Dailan: +2,41%
Brent: +1,98%
WTI: +2,09%
Soja: +0,57%
Ouro: +1,16%
OBSERVAÇÃO: Este material é um trabalho voluntário, independente, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado, enquanto a europeia e a americana estão no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário de disponibilização dos dados. O texto não é indicação de compra, manutenção ou venda de ativos.
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