ÁSIA: As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em queda nesta terça-feira, com os surtos renovados de coronavírus aumentando o nervosismo dos investidores.
As autoridades de Hong Kong anunciaram que estão considerando implementar um sistema eletrônico de saúde para restringir movimentos de pessoas infectadas com o COVID-19, bem como chegadas de passageiros do exterior, um sistema semelhante ao que já está em vigor na China continental. Além disso, um surto de infecções por COVID está forçando os cassinos de Macau, perto de Hong Kong, a fecharem por pelo menos uma semana, derrubando ações de cassinos como Wynn Resorts e Las Vegas Sands.
O índice Hang Seng de Hong Kong caiu 1,34%, em 20.842,00 pontos e o índice Hang Seng Tech perdeu 1,88%. As ações listadas em Hong Kong da fabricante chinesa de carros elétricos BYD caíram mais de 9% e Alibaba perdeu cerca de 5%.
Os mercados da China continental registrou o segundo dia de declínio, à medida que surgiram temores de mais medidas rigorosas contra Covid. O Shanghai Composite caiu 0,97%, a 3.281,47 pontos, enquanto o Shenzhen Component caiu 1,41%, a 12.439,27 pontos.
O Nikkei do Japão caiu 1,77%, fechando em 26.336,66 pontos. As ações relacionadas à tecnologia, como SoftBank Group e produtora de robôs Fanuc, perderam 4,28% e 4,54%, respectivamente.
O Kospi da Coreia do Sul caiu 0,96% para terminar o dia em 2.317,76 pontos.
O S&P/ASX 200 da Austrália ficou logo acima da linha plana, fechando em alta de 0,06%, em 6.606,30 pontos. O setor de materiais pesou sobre o mercado, com queda de 1,4% nas ações da BHP, enquanto Fortescue Metals caiu 0,5% e Rio Tinto recuou 0,1%. Entre as produtoras de petróleo Santos caiu 1%, enquanto Woodside Energy avançou 0,4%.
O índice da confiança empresarial do NAB (National Australia Bank) caiu para 1,4 ponto em junho, uma baixa de 6 meses. Ficou abaixo dos 6,3 em maio e bem abaixo da média de 5,4 pontos do índice. Uma visão pessimista sobre as perspectivas dos gastos das famílias viu o sentimento no setor varejista despencar.
O índice MSCI para a Ásia-Pacífico exceto Japão foi 1,21% menor.
De acordo com um relatório da ONU publicado na segunda-feira durante as comemorações do Dia Mundial da População, a Índia deve ultrapassar a China como o país mais populoso do planeta em 2023. O relatório disse que as populações da China e da Índia ultrapassam mais de 1,4 bilhão de pessoas em 2022. O censo do governo indiano para 2011 mostrou que a população do país era mais de 1,2 bilhão. Ainda segundo o relatório, a população humana global chegará a 8,0 bilhões em meados de novembro de 2022, ante uma estimativa de 2,5 bilhões de pessoas em 1950 e que suas últimas projeções mostraram que a população global pode chegar a cerca de 8,5 bilhões em 2030 e 10,4 bilhões em 2100.
EUROPA: As bolsas europeias negociam em baixa nesta terça-feira, com os investidores observando atentamente a paridade do euro com o dólar, enquanto se preparam para a última leitura de inflação dos EUA na quarta-feira.
O euro era negociado em baixa de 0,35%, próximo US$ 1,0004 às 7h15, horário de Brasília. A fraqueza surgiu em meio à preocupação de que uma crise energética decorrente da invasão russa à Ucrânia que levaria a região a uma recessão, enquanto o dólar foi impulsionado pela expectativa de que o Federal Reserve se comprometesse com aumento mais rápido da taxa juros.
O índice pan-europeu Stoxx 600 negocia em baixa de 0,70% no fim da manhã de terça-feira, com a maioria dos setores em território negativo. Ações de petróleo e gás seguem voláteis na manhã de terça-feira, oscilando entre território positivo e negativo, com os investidores pesando os riscos em relação ao fornecimento de gás para a Europa depois que a Rússia suspendeu as entregas de gás para a Alemanha através do oleoduto Nord Stream 1 enquanto passa por sua manutenção anual de verão. A manutenção planejada do gasoduto alimentou temores de que a Rússia pudesse prolongar o trabalho e atrasar ainda mais o fornecimento de gás para a Alemanha. A previsão de normalização do gasoduto é para o início de agosto.
O alemão DAX 30 cai 0,82%, o francês CAC 40 cai 0,41% e o FTSE MIB da Itália perde 0,68%.
Na Península Ibérica, o IBEX 35 da Espanha recua 0,19% e o português PSI 20 sobe 0,34%.
Na Rússia, os índices MOEX e RTSI caem 2% e 1,28%, respectivamente.
Em Londres, o FTSE 100 cai 0,35%. Entre as mineradoras listadas na LSE, Anglo American cai 2%, Antofagasta cai 1,3%, enquanto as gigantes BHP e Rio Tinto operam em baixa de 1,8% cada. A petrolífera British Petrolem cai 0,1%.
EUA: Os futuros dos índices de ações dos EUA caem nas negociações matinais de terça-feira, com Wall Street antecipando o que muitos esperam que seja o início de uma temporada volátil de resultados do segundo trimestre.
Na sessão de segunda-feira, o Dow caiu 164,31 pontos, ou baixa de 0,52%, à 31.173,84 pontos. O S&P 500 caiu 1,15%, em 3.854,43 pontos, enquanto o Nasdaq Composite caiu 2,23%, em 11.372,60 pontos.
O relatório de emprego de junho divulgado na sexta-feira mostrou empregos crescendo a uma taxa mais rápida do que o esperado, dando a impressão de que o Federal Reserve dos EUA continuará sendo agressivo com sua trajetória de alta das taxas. As folhas de pagamento não agrícolas (payrolls) aumentaram 372.000 no mês passado, de acordo com o Bureau of Labor Statistics. Economistas previram que a economia dos EUA adicionaria 250.000 empregos.
Os rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA seguem em baixa nesta terça-feira, com os "traders" aguardando os números da inflação que serão divulgados na quarta-feira. O número da inflação global, incluindo alimentos e energia, deve subir para 8,8% em relação ao nível de 8,6% de maio.
O rendimento dos títulos de 2 anos caia 6 pontos base para negociação em 3,0078% nesta madrugada, mas permanecia acima do Tesouro de 10 anos, que também caia 6 pontos base para 2,9225%, abaixo da marca psicologicamente importante de 3%. O rendimento do título do Tesouro de 30 anos era negociado em queda de 5 pontos base, em 3,1257%. Os rendimentos movem-se inversamente aos preços e um ponto base é igual a 0,01%.
Esses movimentos também ocorrem enquanto os investidores se preparam para o início da temporada de balanços das empresas, que começam a relatar seus resultados do segundo trimestre nesta semana. Todos estarão atentos ao risco de queda nas previsões de lucros à medida que as empresas lidam com o aumento das taxas de juros e maiores pressões inflacionárias, enquanto Wall Street avalia a probabilidade de uma recessão. A recente alta do dólar americano em relação a outras moedas também adiciona outro desafio às empresas que já enfrentam alta inflação e potencial enfraquecimento da demanda.
O euro desvaloriza 15% em relação ao ano anterior, valendo perto de US $ 1 e o iene japonês também está em uma baixa de 20 anos. Isso significa que as vendas feitas em euros ou ienes valem menos dólares do que antes.
Nesta terça-feira, os "traders" vão se debruçar sobre os relatórios de lucros da PepsiCo que deve divulgar seu balanço antes da abertura do mercado. Outras empresas que devem reportar incluem Delta Air Lines na quarta-feira, e JPMorgan Chase, Morgan Stanley, Wells Fargo e Citigroup na quinta e sexta-feira.
A confiança entre os proprietários de pequenas empresas nos EUA diminuiu em junho, atingindo seu nível mais baixo em quase uma década, à medida que as expectativas sobre as condições dos negócios e as vendas deterioraram-se acentuadamente em meio a crescentes temores de recessão. O Índice de Otimismo das Pequenas Empresas da NFIB caiu para 89,5 em junho, ante 93,1 no mês anterior, segundo dados de uma pesquisa divulgada pela Federação Nacional dos Negócios Independentes, na manhã desta terça-feira. Esta é a leitura mais baixa desde janeiro de 2013, com os proprietários de pequenas empresas sentindo-se mais pessimistas agora do que durante a pandemia Covid-19 em abril de 2020. Economistas esperavam que o índice chegasse a 92,8.
O presidente Joe Biden está iniciando sua viagem ao Oriente Médio, que incluirá uma visita à Arábia Saudita e reuniões com líderes da Opep em um esforço para pressionar por uma maior produção de petróleo para diminuir os preços da commodity.
A secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, se reunirá com o ministro das Finanças japonês, Shunichi Suzuki, na terça-feira para discutir novas sanções contra a Rússia por conta da guerra na Ucrânia.
O ouro atingiu seu nível mais baixo desde o final de setembro, enquanto o dólar atingindo uma alta de duas décadas, sendo negociado a US$ 1.732,40 por onça às 4h30 (horário de Brasilia).
CRIPTOMOEDAS: Os mercados de criptomoedas seguem sua trajetória descendente nesta terça-feira, com investidores se preparando para um possível gatilho de volatilidade na quarta-feira, quando sairá a inflação ao consumidor dos EUA. A expectativa de que o número de julho venha acima de maio e pode indicar que o Federal Reserve seja obrigado a continuar a acelerar o ritmo de alta dos juros, aumentando as chances de recessão. Por outro lado, um dado dentro das projeções poderia desencadear um novo movimento de alta pela expectativa de um movimento que leve o mercado de capital em direção aos ativos de risco.
O Bitcoin segue fortemente correlacionado aos tradicionais ativos de riscos como as ações tecnologia. Na manhã desta terça-feira, a maior moeda digital negocia abaixo de US$ 19.700, queda acima de 4% nas últimas 24 horas.
Bitcoin: -4,56%, em US $ 19.612,00
Ethereum: -8,04%, em US $ 1.055,16
Cardano: -6,36%
Solana: -5,53%
Dogecoin: -6,97%
Shiba Inu: -7,95%
Terra Classic: -13,58
XRP: -5,34%
Litecoin: -6,78%
ÍNDICES FUTUROS - 7h25:
Dow: -0,58%
SP500: -0,49%
NASDAQ100: -0,40%
COMMODITIES:
MinFe Dailan: -4,97%
Brent: -2,16%
WTI: -2,49%
Soja: -1,31%
Ouro: -0,04%
OBSERVAÇÃO: Este material é um trabalho voluntário, independente, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado, enquanto a europeia e a americana estão no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário de disponibilização dos dados. O texto não é indicação de compra, manutenção ou venda de ativos.
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