RESENHA DA BOLSA - HARAMOTO -  QUARTA-FEIRA 26/11/2014

ÁSIA: A maioria das bolsas asiáticas subiu nesta quarta-feira, após PIB dos EUA melhor do que o esperado pelo mercado. O produto interno bruto (PIB) na maior economia do mundo foi revisado para cima, de 3,5% para 3,9% no período de julho a setembro.

Declínios acentuados nos preços das commodities permaneceram em foco. O petróleo tipo Brent foi negociado abaixo de US $ 80 o barril, enquanto Crude dos EUA também estendeu as perdas fechando, uma baixa de quatro anos, antes da reunião da OPEP, considerando as perspectivas para a primeira redução das quotas de produção desde 2008. Enquanto isso, os preços do minério de ferro recuaram abaixo de US $ 70 por tonelada.

Na China, o Shanghai Composite fechou em alta de 1,45%, um novo pico de três anos pela quarta sessão consecutiva, ainda sob influência do corte da taxa de juros do banco central na sexta-feira passada. Setor financeiro liderou a alta no benchmark, compensando a queda no setor de energia, que registram pesadas perdas depois que preços internacionais de petróleo bruto caíram drasticamente. Em Hong Kong, o Hang Seng subiu 1,18%.

Índice de referência da Austrália S & P ASX 200 subiu 1,15%, com ganhos em todos os setores, incluindo as grandes mineradoras e bancos, apesar de outra queda no preço do minério de ferro abaixo de US $ 70 por tonelada pela primeira vez em mais de cinco anos, com preocupações sobre o mercado imobiliário chinês e excesso de oferta que continuam a pesar sobre a produção do aço. BHP Billiton ganhou 1,3%, para 32,53 dólares, Fortescue Metals caiu 0,7%, para 2,79 dólares, BC Iron subiu 2,6%, para 48,5 ¢ e Atlas Iron afundou 4,9% para 19,5 ¢.

O ex-presidente da Rio Tinto, Tom Albanese, disse que espera mais baixa para mais os preços do minério de ferro e que a volatilidade no mercado vai continuar. O minério de ferro despencou mais de 49% neste ano. Apesar disso, as ações da Rio Tinto terminou com alta de 1,7%, em 58,39 dólares, após relatórios dizendo que a decisão da Glencore de suspender temporariamente sua operação de extração de carvão em Queensland é um sinal de que a oferta pública de aquisição pela gigante de mineração está ganhando força.

O dólar australiano se recupera depois de bater uma baixa de quatro anos. A queda foi provocada pelo comentário do Vice Presidente do Reserve Bank of Australia, Philip Lowe, dizendo que a moeda está sobrevalorizada e que o RBA ainda tem a opção de baixar os juros para ajudar a estimular o crescimento.

Em sentido contrário, o Nikkei do Japão terminou 0,14% menor após uma sessão instável, quebrando uma série de três dias consecutivos de alta, com o iene subido em relação ao dólar. O iene fechou em torno de ¥ 117,85, abaixo dos 118, alta de sete anos atingido na semana passada. Investidores aguardam com cautela uma série de dados econômicos a ser divulgados na sexta-feira, incluindo a inflação, gastos das famílias e números da produção industrial, além do peso de uma moeda mais forte.

EUROPA: As principais bolsas europeias avançam, após dados positivos dos EUA e com investidores apostando em mais estímulo do Banco Central Europeu (BCE), que pode decidir por mais estímulos em sua reunião na próxima semana, de acordo com as palavras dovish do presidente do BCE, Mario Draghi, na última sexta-feira.

O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, revelou um plano de investimento de € 315000000000 (US $ 375000000000 ) em Bruxelas. O plano permitirá que o Banco Europeu de Investimento levante fundos de investidores privados e invista em projetos de criação de emprego em toda a Europa.

O índice pan europeu Euro Stoxx 600 sobe, apenas com a fraqueza no setor de energia, reflexo da queda dos preços do petróleo. O Brent caiu para os US $ 78 por barril após conversas entre a Arábia Saudita, Venezuela, ambos membros da OPEP e os "não membros" Rússia e México para enfrentar o excesso de oferta de petróleo. Nenhuma das partes concordaram em cortar a produção apesar de uma queda de 30% no preço do Brent desde junho. As negociações na terça-feira vieram antes da reunião oficial da Opep em Viena na quinta-feira, evento aguardado ansiosamente pelos mercados globais, para ver o que os 12 produtores de petróleo farão para sustentar os preços da commodity.

A confiança do consumidor francês em novembro subiu para 87, ante 85 em outubro, maior leitura desde março, mas bem abaixo da média de longo prazo de 100.As perspectivas financeiras pessoais dos consumidores aumentaram, assim como a percepção da capacidade de fazer compras significativas. A pesquisa também mostrou uma forte recuperação na avaliação de sua qualidade de vida nos últimos meses do povo francês.

Em Londres, as mineradoras avançam. BHP Billiton sobe 1,76%, Rio Tinto avança 1,29% e Glencore adiciona 0,72%.

AGENDA ECONÔMICA:
EUA:
11h30 - Unemployment Claims (número de pedidos de auxílio-desemprego);
11h30 - Durable Goods Orders e Core Durable Goods Orders (números mensais de pedidos de bens duráveis para a indústria nos Estados Unidos, além de destacar o indicador se excluídos as encomendas no setor de transportes);
11h30 - Core PCE Price (gastos com consumo pessoal (PCE)
11h30 - Personal Income (renda individual dos cidadãos norte-americanos) e Personal Spending (gastos dos consumidores), e também o núcleo do Personal Consumption Expenditures - PCE (gastos pessoais dos americanos - medida de inflação mais acompanhada pelo Fed);
12h45 - Chicago PMI (mede o nível de atividade industrial na região);
12h55 - Revised UoM Consumer Sentiment (mede a confiança dos consumidores na economia norte-americana);
12h55 - Michigan Inflation Expectations (mede a porcentagem que os consumidores esperam do preço dos bens e serviços nos próximos 12 meses);

ÍNDICES MUNDIAIS (7h30):

ÁSIA
Nikkei: -0,14%
Austrália: +1,15%
Hong Kong: +1,18%
Xangai Composite: +1,45%

EUROPA
Frankfurt - Dax: +0,62%
London - FTSE: +0,26%
Paris CAC 40: +0,14%
Madrid IBEX: -0,09%
FTSE MIB: +0,23%

COMMODITIES
BRENT: -0,06%
WTI: -0,05%
OURO: -0,19%
COBRE: -0,21%
NÍQUEL: -0,40%
SOJA: -0,19%
ALGODÃO: -0,22%

ÍNDICES FUTUROS
Dow: +0,11%
SP500: +0,15%
NASDAQ: +0,20%

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