Veja Também

Veja Também
RESENHA DA BOLSA - HARAMOTO - QUARTA-FEIRA 18/03/2015

ÁSIA:  Índices de ações do Japão e China estabeleceram novas máximas pela segunda sessão consecutiva nesta quarta-feira, com os investidores aguardando a reunião de dois dias do Federal Open Market Committee's (FOMC), que começou na terça-feira. Todos estão sob tensão e esperam a conferência à imprensa, se o termo "paciente" permanece no texto como indicativo de que as taxas de juros possam subir no curto prazo.

No Japão, o Nikkei subiu 0,55% e renovou a máxima de 15 anos em 19.544 pontos, com a ajuda da Nintendo e DeNA, que subiram até a máxima diária permitido de 21% cada, depois que ambas as empresas anunciaram planos para desenvolver aplicações de jogos em conjunto. Ações relacionadas com a Nintendo também subiram; Mitsumi Electric e Hosiden subiram mais de 10% cada e Banco de Kyoto, que é o segundo maior acionista do gamemaker, também disparou 21%.

As exportações japonesas em fevereiro cresceram 2,4% em relação à janeiro, pelo sexto mês consecutivo.  Economistas esperavam uma queda de 0,6% nas exportações, em grande parte devido ao recuo de 17% nos embarques para a China, impactado pelos feriados do Ano Novo Lunar, enquanto as exportações para os EUA saltaram 14%. As importações caíram 3,6%.

A queda dos preços do petróleo ajudou na redução do défice da balança comercial para Y424.6 bilhões, em comparação com Y806 bilhões em fevereiro do ano anterior e um déficit Y1 trilhão esperado pelos economistas. As exportações japonesas é o principal objetivo do programa econômico do primeiro-ministro Shinzo Abe, conhecido como Abenomics. Maiores exportações estimulam a produção e os investimentos, criam empregos e aumentam os salários no Japão.

Na China, o Shanghai Composite continuou sua ascensão subindo 2,1%, renovando uma nova de sete anos, após o governo divulgar uma queda de 5,7% nos preços das casas em fevereiro ante ano anterior, mais do que os 5,1% de janeiro, o que alimentou esperanças de mais estímulos. Analistas acreditam que o mercado imobiliário tem sido um empecilho para a China bater a meta de crescimento de 7% e isso deve exigir mais afrouxamento na política monetária. Empresas imobiliárias lideraram os ganhos, enquanto o yuan atingiu seu nível mais alto desde meados de janeiro em relação ao dólar americano, fechando a 6,2334 por dólar.

Depois de um ganho de mais de 50% no ano passado, o mercado parecia estar sobrevendido e o Shanghai Composite chegou a cair 5% no início de fevereiro, mas os investidores estão retornando novamente às compras e o benchmark já subiu 9% no acumulado do ano, com a maior parte dos ganhos vindos nas últimas duas semanas com aumento das expectativas de uma flexibilização adicional na forma de cortes nas taxas de juros ou taxas de recolhimento compulsório dos bancos. A maior parte do volume dos negócios é proveniente de investidores locais. O Shanghai-Hong Kong Stock Connect, um link de negociação que permite acesso dos estrangeiros aos stocks de Xangai tem tido um mês fraco. Os ingressos renderam apenas 13,3 bilhões de yuan no mês passado, o que representa 4,4% do total da quota do programa de 300 bilhões de yuans (US $ 2,1 bilhões). Um total de 40% da quota global foi usado desde que o link negociação foi lançado em novembro.

Em Hong Kong, o Hang Seng subiu 0,91%, compensando a queda no pregão anterior.

O S & P ASX 200 da Austrália fechou estável, com investidores locais aguardando decisão do FED. Alguns dos pesos pesados ​​do índice fecharam em alta. Rio Tinto, que sofreu com os preços de minério de ferro tocando a mínima de seis anos na sessão da manhã, recuperou e subiu 0,7% e a rival BHP ganhou 1,4%, apesar da notícia de que empresa recém divulgada  South32, que deverá ter seus papeis negociados nas bolsas de Sydney, Londres e Joanesburgo em 2 de junho, pode ter um começo tumultuado.

No entanto, uma queda de 5,3% nas ações da Fortescue Metals pesou na bolsa, após a mineradora cancelar uma emissão de obrigações na ordem de $ US2.5 bilhões, com uma taxa de 8% para atrair investidores. Segundo JP Morgan e Credit Suisse, a faixa de preço entre 8-8,25% está acima dos 7%, quando o negócio iniciado.

Empresas relacionados com o petróleo recuaram com a queda dos preços das commodities. Santos e Oil Search perderam mais de 1%. Orica caiu 5,3%, com a notícia de que seu CEO Ian Smith deixará o cargo e os quatro maiores bancos fecharam sem direção.

EUROPA: As bolsas europeias abriram o pregão desta quarta-feira com bastante volatilidade, com investidores aguardando o resultado da reunião do Federal Reserve dos Estados Unidos.

O índice pan-europeu Euro Stoxx 600 recua. Destaque para a  alta de 7,5% da holandesa de plataformas SBM Offshore, após firmar com a Controladoria-Geral da União (CGU) e a Advocacia-Geral da União (AGU) memorando de entendimentos que pode levar a um acordo de leniência relativo ao pagamento de propina para funcionários da Petrobras.

Entre as notícias, segundo a Reuters, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu reivindicou a vitória na eleição de Israel após conseguir reduzir a distância para seu rival de centro-esquerda Isaac Herzog em uma acirrada disputa eleitoral, segundo pesquisa de boca de urna, com os dois candidatos demonstrando chances de se tornar o novo governante do país, embora Netanyahu tivesse a vantagem para a formação de uma coalizão.

Enquanto isso, a Grécia frustrou os seus principais credores na terça-feira ao se recusar a atualizar seus pares da zona do euro sobre os progressos na reforma em uma teleconferência agendada, insistindo que as discussões devem ser retomadas na reunião da União Europeia na quinta-feira.

Em Londres, o FTSE 100 sobe e caminha para a terceira alta consecutiva, após a taxa de desemprego ficar em 5,7%, o mesmo que no último trimestre de 2014 e o mais baixo desde o início de 2008, no entanto, os salários cresceram 1,8%, num ritmo muito mais lento do que os 2,2%, esperados pela maioria dos economistas. Destaque para a alta de 6% das ações da Standard Chartered depois que o banco  focado no mercado asiático foi atualizado para overweight pelo Barclays.  Pesa sobre o FTSE 100, a mineradora Fresnillo  que recua 3,41%. Entre as gigantes,  BHP Billiton sobe 0,68%, enquanto Rio Tinto cai 0,99%.

AGENDA ECONÔMICA:
EUA:
11h30 - Crude Oil Inventories (estoques de Petróleo norte-americano);
15h00 - FOMC Economic Projections (previsões de crescimento do PIB);
15h00 - Federal Funds Rate (Decisão da Taxa de Juros);
15h00 - FOMC Statement (Declaração do FOMC);
15h00 - Discurso do Secretário do Tesouro dos EUA Jack Lew;
15h30 - FOMC Press Conference (Discurso da Presidente do FED Janet Yellen).


ÍNDICES MUNDIAIS (7h10):

ÁSIA
Nikkei: +0,55%
Austrália: +0,00%
Hong Kong: +0,91%
Shanghai Composite: +2,12%

EUROPA
Frankfurt - Dax: -0,58%
London - FTSE: +0,66%
Paris CAC -0,24%
IBEX 35: -0,38%
FTSE MIB: -1,11%

COMMODITIES
BRENT: -0,38%
WTI: -1,34%
OURO: -0,11%
COBRE: -1,85%
NIQUEL: -0,98%
FERRO 62%: -0,50%
SOJA: +0,66%
ALGODÃO: +0,15%

ÍNDICES FUTUROS
DOW: -0,07%
SP500: -0,03%
NASDAQ: -0,02%

Observação: Este material é um trabalho voluntário e gratuíto, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. Atenção para o horário da disponibilização dos dados desse relatório. Você pode acompanhar também no http://br.investing.com/ e no http://haramoto.blogspot.com. Siga também no twitter: http://www.twitter.com/haramototrader

Nenhum comentário:

Postar um comentário