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RESENHA DA BOLSA - QUINTA-FEIRA 17/12/2015

ÁSIA: Mercados asiáticos fecharam em terreno positivo, após o Federal Reserve elevar sua taxa de juros de 0,25 para 0,5%. O FED teve o cuidado de salientar que não estava com pressa para aumentar as taxas e que  apesar da economia estar forte, ainda é necessário manter um respaldo monetário. Os ganhos na Ásia vieram apesar das preocupações de analistas de que as taxas mais altas nos EUA pode pesar sobre as ações da região.

Durante meses, as expectativas de taxas mais elevadas nos EUA atingiu os mercados asiáticos com os investidores temendo custos de empréstimos mais elevados, em particular para as empresas de mercados emergentes com grande dívida em dólares americanos. Benchmarks do Sudeste Asiático registraram um dos piores desempenhos da região no passado, com ações da Tailândia e Indonésia registrando queda de 11% nos últimos 12 meses. Um dólar mais forte dos Estados Unidos também enfraqueceu moedas de mercados emergentes e commodities, que normalmente baseiam seus preços na moeda americana. Ringgit da Malásia, por exemplo, caiu 23% no ano, enquanto o petróleo e metais estão próximos de baixas de muitos anos.

Os mercados chineses fecharam no azul. Shanghai Composite Index subiu 1,98%, enquanto o índice Hang Seng de Hong Kong subiu 0,77%. Corretoras e bancos listadas no continente operaram em território positivo. Stocks do setor imobiliário do continente também subiram. Vanke fechou em alta de 10%, enquanto Poly Real Estate disparou 10,03%, enquanto em Hong Kong, Evergrande, uma das maiores incorporadoras da China subiu 4,58%, após a Autoridade Monetária de Hong Kong (HKMA) elevou sua taxa básica em 25 pontos base para 0,75%, numa tentativa de evitar saída de capital e pressão econômica e que a velocidade da saída de dólar de Hong Kong dependerá do ritmo da alta das taxas de juro dos EUA e do spread entre o dólar americano e o dólar de Hong Kong, que está indexado à primeira, negociado estável em 7,7502.

Antes da abertura das negociações, o Banco Popular da China (PBoC) definiu em 6,4757 por dólar, o ponto médio para o yuan, menor do que 6,4626 do dia anterior e fechou em 6,4818 em relação ao dólar.

Os mercados japoneses reagiram positivamente ao movimento do FED. O Nikkei fechou em alta de 1,59%, a 19.353 pontos, com a maioria dos setores fechando no azul. Bancos, empresas imobiliário e seguradoras fecharam entre 1,04 e 2,42%, enquanto stocks de exportação como Toyota, Nissan, Honda e Sony fecharam em alta entre 0,43 e 2,36%, enquanto pesos pesados ​​do índice Fanuc e Fast Retailing fecharam em alta de 2,19 e 1,48%, respectivamente.

De manhã, o Ministério das Finanças do Japão divulgou dados da balança comercial de novembro. As exportações japonesas caíram 3,3% em novembro, pior do que o declínio de 1,5% previsto em uma pesquisa da Reuters. As importações para o mês caiu 10,2% em termos homólogos. O iene japonês caiu modestamente para 122,35 em relação ao dólar.

Mercados australianos também terminaram em alta. O ASX 200 adicionou 74 pontos, com alta de 1,46%, em 5.102 pontos. Bancos subiram entre 1,97 e 2,29%, enquanto ações de recursos fecharam sem direção. Rio Tinto, uma das maiores mineradoras da Austrália, fechou em alta de 0,79%, enquanto BHP Billiton caiu 0,93%.

Produtores exclusivos de minério de ferro recuaram, devolvendo seus ganhos iniciais. Fortescue caiu 3,42%, Atlas Iron fechou estável, enquanto BC Iron perdeu 4,35%. Goldman Sachs reduziu sua previsão para os preços do minério de ferro e espera que o ritmo de fechamento de minas acelerará em 2016, com produtores procurando fontes alternativas de financiamento para combater o fluxo de caixa negativo. Ele cortou sua previsão de 2016 em 13% para US $ 38 a tonelada.

EUROPA: Mercados europeus abriram em forte alta após a primeira alta da taxa de juros pelo Federal Reserve dos EUA em quase uma década. O pan europeu Stoxx 600 sobe mais de 1,7% com todos os principais índices em território positivo e segue a caminho para o nível mais alto em 10 dias.

O clima de otimismo veio depois que o Fed dos EUA abandonou sua política de taxa zero e elevou as taxas de juros em 25 pontos base. As taxas de juro de curto prazo foi mantido perto de zero durante sete anos, marcando uma era sem precedentes na história da política monetária dos EUA. Na sua declaração, o banco central sublinhou repetidamente que o ritmo da alta das taxas será "gradual".

Os bancos registram os maiores ganhos. HSBC Holdings sobe 2,00%, o Banco Santander avança 3,02% e BNP Paribas adiciona 3,24%.

O petróleo continua sob pressão depois de mergulhar quase 5% na quinta-feira, seu nível mais baixo desde fevereiro de 2009, devido estoques mais altos do que esperados nos EUA e aumento da taxa pelo FED. As taxas de juro mais elevadas tendem a apoiar o dólar, tornando petróleo e outras commodities em dólar mais caro, esfriando ainda mais a demanda.

No Reino Unido, o FTSE 100 avança pelo terceiro dia consecutivo. Segundo analistas, o "movimento do Fed torna a vida mais fácil para o presidente do Banco da Inglaterra, Mark Carney, elevar as taxas do Reino Unido. Mineradoras operam sem direção, enquanto petroleira avançam. Anglo American e Rio Tinto cai 1,04 e 0,18%, respectivamente, enquanto Antofagasta sobe 0,38%, BHP Billiton avança 0,11%. BG Group sobe 0,93%, BP avança 0,69% e Royal Dutch Shell adiciona 0,48%.

Entre outras notícias, o primeiro-ministro britânico David Cameron vai tentar acabar com um impasse com os líderes da União Europeia a respeito da adesão do Reino Unido ao bloco. Um referendo sobre a adesão à UE está prevista até o final de 2017 no Reino Unido.

AGENDA DO INVESTIDOR:
EUA:
11h30 - Philly Fed Manufacturing Index (indicador responsável por mensurar a atividade industrial no estado);
11h30 - Unemployment Claims (número de pedidos de auxílio-desemprego);
11h30 - Current Account (saldo da conta corrente norte-americana);
13h00 - CB Leading Index (ou Índice de Indicadores Antecedentes, relatório que compreende 10 índices já divulgados no país e que resumem a situação da economia americana e servem como prévia para o desempenho da economia);

ÍNDICES MUNDIAIS - 7h20:

ÁSIA
Nikkei: +1,59%
Austrália: +1,46%
Shanghai: +1,98%
Hong Kong: +0,77%

EUROPA
Frankfurt - Dax: +2,75%
London - FTSE: +1,38%
Paris CAC: +2,17%
IBEX 35: +2,66%
FTSE MIB: +2,36%

COMMODITIES
BRENT: -0,73%
WTI: -0,53%
OURO: -0,83%
COBRE: -0,89%
SOJA: -0,46%
ALGODÃO +0,21%

ÍNDICES FUTUROS
Dow: +0,20%
SP500: +0,15%
NASDAQ: +0,24%

Observação: Este material é um trabalho voluntário e gratuito, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. Atenção para o horário da disponibilização dos dados desse relatório.

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