RESENHA DA BOLSA - TERÇA-FEIRA 22/12/2015

ÁSIA:  As esperanças de um último esforço para um rali de Natal estão desaparecendo rapidamente, com os mercados asiáticos fechando sem direção nesta terça-feira, com poucos investidores preocupados com as perspectivas para o ano que vem, de um dólar persistentemente forte, crescimento global lento e preços mais baixos de commodities no primeiro semestre e muitos ja buscam o sentimento para uma correção no início de 2016.

Nikkei do Japão fechou com ligeira queda, antes da paralisação nesta quarta-feira, quando se comemora o aniversário do imperador, mas volta a funcionar na quinta-feira. Entre os destaques, McDonald do Japão caiu 6,2% depois que um jornal  informou na segunda-feira que a matriz americana está considerando vender uma participação na empresa japonesa. Toshiba despencou 10,5%, estendendo as perdas de 9,8% na segunda-feira. Após o fechamento do mercado de ontem, a empresa disse que espera um prejuízo líquido de 550 bilhões de ienes (US $ 4,54 bilhões), maior do que o relatório da Dow Jones no fim de semana, que citou pessoas próximas ao assunto dizendo que as perdas seriam de cerca de 500 bilhões de ienes.

Outros exportadores do setor de eletrônicos também caíram. Sony e Panasonic recuaram 0,5%, mas as ações da Sharp reverteram as perdas iniciais e subiu 5,8%.

A fabricante de cerveja Kirin caiu 4,9% depois que a companhia disse na segunda-feira que espera uma perda líquida de 56 bilhões de ienes no ano devido ao mau desempenho de suas operações no Brasil. Foi a primeira perda anual da empresa desde 1949, quando as ações foram listadas.

Na Austrália, o ASX200 fechou com ligeira alta. Os quatro grandes bancos, a Telstra, BHP Billiton e Rio Tinto, que representam 43% do índice, caíram, fato raro, provavelmente atribuível aos volumes muito baixos para o período pré natal. A maior surpresa do dia foi o forte desempenho no setor da energia, que ganhou 0,9% no dia, apesar do sell off contínuo do preço do petróleo. Analistas acreditam que o índice deverá permanecer perto do nível de 5100 pontos no resto da semana.

Os quatro grandes bancos caíram, BHP caiu 1,7%, para $ 16,83, Rio caiu 1,5%, para $ 42,23 e Telstra recuou 0,2%, para $ 5,43, enquanto stocks de energia se deram bem: Woodside subiu 0,6%, Santos subiu 3% e Oil Search adicionou 0,8%.

Na China, as bolsas oscilaram entre ganhos e perdas, com investidores analisando com ceticismo os mais recentes esforços de Pequim para impulsionar sua economia. Um comunicado da Central Economic Work Conference, divulgado pela agência oficial da China Xinhua News Agency na segunda-feira, mostrou que os líderes chineses tem como objetivo no próximo ano, abordar os problemas de longo prazo que assombram a segunda economia do mundo, como o excesso de capacidade industrial. O plano em si não foi divulgado publicamente e a imprensa estatal foi vago sobre como as metas que seriam implementados, embora as linhas gerais ilustram o esforço de Pequim para tentar reequilibrar sua economia em busca de novas fontes de crescimento. Tanto o índice Hang Seng de Hong Kong, quanto Shanghai Composite avançaram. Bancos pesaram, enquanto players do setor imobiliário avançaram.

EUROPA: As bolsas europeias operam em queda, em direção ao terceiro dia de perdas, com apenas o setor de energia respondendo a ligeira recuperação dos preços do petróleo.  O Stoxx Europe 600 cai 0,24%. Entre os players de petróleo, Tullow Oil sobe 1,41% e a italiana ENI ganha 0,90%.

Na França, o CAC 40 virou pra queda, pesada pela queda de 1,19% das ações da Carrefour, depois que a rede de supermercados francesa concordou comprar a cadeia de supermercados romena Billa Romania por um valor não revelado. Airbus Group cai 0,47% depois que a empresa concordou em vender seu negócio de comunicações via satélite para empresa de private equity francesa Apax Partners. Os termos do acordo não foram divulgados.

Na Espanha, o IBEX 35 recupera-se ligeiramente após deslizar 3,6% na segunda-feira depois dos resultados decepcionantes das eleições gerais de domingo, quando levou Partido Popular da Espanha a perder a sua maioria parlamentar.

No Reino Unido, o FTSE 100 avança e prepara para a primeira alta em três sessões. O grupo de petróleo e gás e o grupo de materiais básicos registram os melhores desempenhos.

Na terça-feira, as ações de energia subiram, acompanhando a recuperação dos preços do petróleo depois do recuo na segunda-feira, quando o Brent estabeleceu seu preço mais baixo desde julho de 2004. BP sobe 1,57%, Royal Dutch Shell avança 1,45% e BG Group adiciona 2,88%.

O grupo de mineração encontra um alívio, com investidores avaliando medidas que Pequim podem tomar para melhorar a economia da China depois que os líderes do país aprovaram um plano econômico para 2016 na segunda-feira. Um alto funcionário descartou qualquer chance da China lançar uma nova rodada de medidas de estímulo agressivas, como as introduzidas em 2008, segundo o The Wall Street Journal.

BHP Billiton sobe 0,57% após dizer que contratou um escritório de advocacia sediado em Nova York para defender a causa sobre o estouro na represa da mineradora Samarco.

AGENDA DO INVESTIDOR:
EUA:
11h30 - Final GDP (PIB);
11h30 - Final GDP Price Index (Índice de Preços do PIB);
13h00 - Existing Home Sales (mede as vendas de casas usadas no país);
13h00 - Richmond Manufacturing Index (consiste numa pesquisa com cerca de 100 fabricantes, determinando a saúde econômica do setor manufatureiro no distrito de Richmond. Qualquer leitura acima de 0 indica melhoria das condições do setor, enquanto uma leitura abaixo de 0 indica agravamento das condições).

Observação: Este material é um trabalho voluntário e gratuito, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. Atenção para o horário da disponibilização dos dados desse relatório.