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RESENHA DA BOLSA - SEGUNDA-FEIRA 25/04/2016

ÁSIA: Os principais mercados asiáticos perderam terreno nesta segunda-feira, após os principais índices dos EUA fecharam sem direção na sexta-feira, pesada por ações de tecnologia, após balanço decepcionante da Microsoft e Google. Investidores preferiram a cautela e analistas acreditam em uma semana com volatilidade antes das decisões do Federal Reserve dos EUA, do Banco do Japão (BOJ) e do Banco da Reserva da Nova Zelândia nessa semana.

O japonês Nikkei, que terminou a semana passada em alta de 4,3%, caiu 0,76%, em 17,439.30 pontos,  apesar do iene enfraquecer acentuadamente em relação ao dólar, sendo negociado na casa dos 111, em comparação com os 107 do início da semana passada. Na sessão anterior, o iene terminou em 111,78 ao dólar e nesta segunda-feira, o par dólar / iene foi negociado em baixa de 0,6%, a 111,11. Segundo analistas, a fraqueza do iene foi impulsionado por expectativas frente a reunião BOJ ainda nesta semana, que poderá introduzir taxas de empréstimos negativos para complementar as taxas de depósito negativas. A economia japonesa luta contra um iene forte e crescimento global mais lento e especuladores segurando uma quantidade recorde do iene, aumenta as chance do BoJ aliviar sua política monetária com novas medidas de flexibilização.

Mercados da China continental também fecharam em queda, por preocupações com defaults de títulos por empresas estatais, incluindo a fabricante de transformador Baoding Tianwei Group. Investidores locais também estão movimentando dinheiro de ações ligadas às commodities do continente. As corretoras emprestaram aos investidores cerca de 872,2 bilhões de yuans (US $ 134 bilhões) para comprar ações, caindo o menor nível em mais de um mês. Se os investidores estão menos interessados ​​em títulos, que garantem rendimentos, eles estão muito menos interessado em ações dada a forte aversão ao risco.

A falência de empresas chinesas poderia ter um efeito cascata no mercado dada quantidade significativa de empréstimos concedidos de uma empresas para o outro. Muitas empresas do mercado A-share tem problemas de capital de giro ou de liquidez pobres e que o banco central da China provavelmente vai ajustar a liquidez no mercado financeiro no curto prazo.

O Shanghai Composite recuou 0,41%, para 2,946.96 pontos, assim como o  Shenzhen Composite. Em Hong Kong, o índice Hang Seng caiu 0,56%. No mês, o Shanghai Composite Index registra uma queda de 17% no ano até a presente.

Os preços do petróleo recuaram durante o horário asiático, com investidores atentos à notícia vindo da Arábia Saudita, o líder de fato da OPEP, onde o vice príncipe, Mohammad bin Salman, de 30 anos, deve anunciar nesta segunda-feira um plano econômico de 15 anos, devendo diversificar a economia saudita, tornando-se menos dependente do petróleo e mais capaz de empregar seus cidadãos. A maioria das ações do setor de energia asiáticos fechou em baixa. No Japão, Inpex recuou 1,81% e Japan Petroleum caiu 0,56%, enquanto na China continental, Sinopec caiu 1,01%.

Mercados na Austrália e Nova Zelândia ficaram fechados por conta de feriado público.

EUROPA: As bolsas europeias recuam, seguindo o sentimento instável dos investidores da Ásia no início de uma semana em que os bancos centrais serão o foco das atenções, principalmente sobre a reunião do Banco do Japão na quinta-feira, após relatórios da semana passada, de que o banco central pode aumentar ainda mais a sua política de taxa negativa, adotando uma política de taxas negativas também sobre os empréstimos.

Frente aos dados econômicos, o Instituto Ifo de pesquisa econômica da Alemanha disse que seu índice de clima de negócios caiu para 106,6 em abril, ligeiramente abaixo dos 106,7 registrado em março, mas abaixo dos níveis observados no final do ano passado. Economistas consultados pelo The Wall Street Journal previam um aumento para 107,0.

O pan-europeu STOXX 600 cai cerca de 0,4%, pressionado por papeis de empresas de petróleo e gás. O Stoxx 600 Oil & Gas cai 1,16% e BP e Statoil seguem em território negativo.

A empresa de defesa francesa EDF disse que vai avançar com o projeto de energia nuclear Hinkley Point C no Reino Unido depois de ter anunciado na sexta-feira uma captação de recursos de € 4 bilhões para ser concluída antes do final do ano, levando as ações a recuarem 5,6%.

No setor de autos, Fiat Chrysler fica sob pressão depois que o jornal alemão Bild am Sonntag informou que alguns veículos movidos à diesek, fabricados pela montadora italiana apresentou níveis irregulares de poluição. A notícia derruba outros fabricantes de automóveis, incluindo Volkswagen, que ainda está sofrendo as consequências por causa do escândalo de emissões de poluentes. Por outra razão, a alemã Daimler opera no vermelho após Barclays, Exane BNP Paribas, bem como o Commerzbank cortar os preço da ação da montadora.

No Reino Unido, o FTSE 100 cai, após recuar 1,1% na sexta-feira e terminar a semana passada com um recuo de 0,5%. O setor de recursos e bens de consumo básicos lideram a baixa. O peso pesado BHP Billiton despenca 5,50%, a rival Rio Tinto cai 3,77% e a produtora de platina Anglo American recua 6,54%.

A libra sobe 0,1805%, a US $ 1,4417 por dólar. A libra ganhou terreno na sexta-feira após o presidente dos EUA, Barack Obama, instou os britânicos para ficar na União Europeia no referendo de 23 de junho. Obama disse à BBC no domingo que um acordo comercial exclusivo entre a Grã-Bretanha e os EUA poderia levar até 10 anos para concluir as negociações se o Reino Unido ficar de fora da União Europeia.

EUA: Wall Street deve iniciar a semana sem muito brilho, com investidores optando aguardar a reunião do Federal Reserve, em busca de pistas sobre o futuro das taxas de juros. A queda dos preços do petróleo bruto também pesa sobre os mercados.

O Federal Open Market Committee irá anunciar a sua mais recente decisão sobre a taxa de juros depois de concluídaa reunião de dois dias na quarta-feira e o banco deve deixar as taxas inalteradas após uma mescla de dados econômicos e a recente volatilidade nos mercados financeiros. Uma questão importante para os investidores agora é se o Fed elevará os juros novamente neste ano e, em caso afirmativo, quantas vezes em 2016 as taxas estão susceptíveis de subir.

MINÉRIO DE FERRO: As siderúrgicas chinesas tem ido às compras de matérias primas, impulsionando o preço do minério de ferro, que subiu 16% na semana passada, de US $ 60,36 a tonelada na segunda-feira para US $ 70,46 na sexta-feira, nível não visto desde início de 2015, marcando também uma recuperação de 84% em relação ao fundo de US $ 38,30 em dezembro, menor nível visto durante a crise financeira global. O minério de ferro aliviou um pouco no fim de semana, caindo para US $ 66,33 a tonelada.

Segundo o Credit Suisse, enquanto se mantém a demanda por aço aquecida, a alta do preço de minério de ferro se manterá, com as siderúrgicas chinesas se deleitando da rara oportunidade de rentabilidade. Outros minerais como carvão e manganês estão se beneficiando da força dos complexos ferrosos, no entanto, apesar da maioria dos comentários de analistas ser de natureza duvidosa, a equipe global de aço do banco suíço acredita que a recuperação está apenas começando, alegando que os estoques mundiais estão no nível mais baixo nos últimos 15 anos e a recuperação vai perdurar por quatro trimestres. Segundo seus analistas, a China está desarmazenada e a recuperação deve apoiar o rali de aço pelo menos durante o resto do segundo trimestre e a recuperação global do aço fora da China deve ser mais robusta do que a maioria dos investidores temem, dada a extensão da desestocagem nos últimos 19 meses e protecionismo nos fluxos de exportação e que o atual ciclo de aço é similar ao de 1999-2000 ou 2003-04.

Apesar da preocupação sobre o excesso da capacidade de aço por alguns investidores, a equipe observou que em nenhum momento nos últimos 40 anos o excesso de capacidade mundial impediu um ciclo de alta.  Sua estimativa atual para os preços médios do segundo trimestre de 2016 é de US $ 52 por tonelada, alguns dólares a mais do que a previsão anterior, mas ainda muito abaixo dos preços spot atuais, alegando que o minério de ferro para o ano corrente parece estar equilibrada até a presente data, mas que no longo prazo, a partir de 2017 até 2019, o Credit Suisse acredita que o minério de ferro voltará para US $ 40 a tonelada.

Outros analistas também concordam que o minério de ferro vai recuar. A Macquarie acredita que o minério de ferro vai cair para US $ 52 no segundo e terceiro trimestres deste ano, seguido de uma nova queda para US $ 48 no quarto trimestre e US $ 45 no próximo ano, depois disso, a commodity vai se recuperar para US $ 60 em 2021. Citibank também espera um recuo do aço e minério de ferro no segundo semestre e acredita que a média do minério de ferro fique em US $ US45 por tonelada neste ano, maior do que sua previsão anterior de US $ US39, US $ 39 durante 2017 e $ 38 em 2018.

Como ponto de comparação, minério de ferro foi negociado a mais de US $ 180 por tonelada em 2011.

AGENDA DO INVESTIDOR:
EUA:
11h00 - New Home Sales (número de casas novas com compromisso de venda);

ÍNDICES MUNDIAIS -  7h30:

ÁSIA
Nikkei: -0,76%
Austrália: ---%
Xangai Composite: -0,41%
Hong Kong: -0,82%

EUROPA
Frankfurt - Dax: -0,64%
London - FTSE: -0,28%
Paris CAC 40: -0,35%
Madrid IBEX: -0,51%
FTSE MIB: -1,11%

COMMODITIES
BRENT: -1,31%
WTI: -1,15%
OURO: +0,33%
COBRE: +0,53%
SOJA: -0,65%
ALGODÃO: -0,83%
MILHO: -0,40%

ÍNDICES FUTUROS
Dow: -0,09%
SP500: -0,06%
NASDAQ: -0,06%

OBSERVAÇÃO: Este material é um trabalho voluntário, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado e a europeia no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário da disponibilização dos dados.

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