Veja Também

Veja Também
RESENHA DA BOLSA - SEXTA-FEIRA 22/04/2016

ÁSIA: Mercados da Ásia terminaram sem direção no último pregão da semana, mas os principais índices da Austrália, Japão e Hong Kong fecharam a semana com ganhos. Desde meados de fevereiro, os mercados asiáticos sobem, impulsionado pela estabilidade dos preços do petróleo, bem como sinais de que a economia da China tem encontrado uma base de apoio. A partir do fechamento de quinta-feira, o MSCI All Countries Asia Pacific estava em seu nível mais alto desde 06 de janeiro, mas sinais de fraqueza estão surgindo e os investidores estão lutando para encontrar razões para o rali continuar.

O australiano ASX 200 caiu 0,69%, em 5,236.40 pontos, mas na semana subiu 1,53%, com investidores realizando lucros em ações de mineração e energia. As mineradoras Rio Tinto, Fortescue e BHP Billiton recuaram entre 2,95 e 7,18%, enquanto Atlas Iron subiu 4,55%.

O minério de ferro entregue no porto de Qingdao na China subiu 8,8% para US $ 70,46 por tonelada na quinta-feira, o maior aumento diário desde o recorde de 19% no início de março. A matéria prima para produção de aço já recuperou 84% desde os US $ 38,30 em dezembro. Siderúrgicas chinesas tem aumentado a produção para aproveitar as margens de lucro maiores, alimentando a demanda do metal, a maior item de exportação mineral da Austrália e consequentemente os stocks de mineradoras tiveram uma excelente semana. BHP Billiton subiu 5,6%, Rio Tinto avançou 5,8% e a produtora de minério de ferro Fortescue Metals Group disparou 10,5%.

No entanto, analistas estão céticos se o minério de ferro manterá o seu preço atual. Christian Lelong, analista do Goldman Sachs pensa que este mercado voltará a US $ US35 durante o quarto trimestre. Daniel Morgan, analista de commodities do UBS em Sydney acha que os US $ 70 não é um preço sustentável para este ano e prevê um preço médio para 2016 em US $ 45 por tonelada e vê US $ 50 ser mais razoável.

Mercados da China continental fecharam em alta, com o Shanghai Composite avançando 0,23%, em 2,959.67 pontos, enquanto o Shenzhen Composite acrescentou 1,03%. No início da semana, os índices ficaram sob pressão, com o benchmark Shanghai chegando a recuar 4%, com analistas acreditando ser devido a uma escassez de liquidez e com aumento de preocupações de que pode não haver mais estímulos na política econômica após uma rodada de dados macroeconômicos melhores do que o esperado. Em Hong Kong, o índice Hang Seng fechou em queda de 0,72%. Siderúrgicas chinesas terminaram em baixa, com Baoshan Steel perdendo 2,56% e Aluminium Corp recuando 4,09%.

No Japão, o Nikkei avançou 1,2%, para 17,572.49 pontos após um iene relativamente mais fraco. O índice registrou ganhos em quatro das últimas cinco sessões, subindo 4,3% na semana. O iene japonês chegou a 110,58 no final da tarde, comparado com o nível 107 do início da semana. Analistas acreditam num Fed inativo, que deve alimentar o sentimento de risco e é mais provável que continue a ver uma negociação na faixa entre 108 e 110 e que o banco central japonês ainda pode decidir com alguma surpresa no mercado.

Principais exportadores japoneses terminaram sem direção e normalmente, um iene mais fraco é um positivo para os exportadores, pois aumenta os seus lucros no exterior quando convertidos em moeda local.

As ações da Mitsubishi Motors terminaram em baixa de 13,55%, após uma queda de 20% na quinta-feira, depois que executivos da empresa admitiram que a montadora teria manipulado dados de economia de combustível em carros de sua marca. O ministro dos Transportes do Japão, Keiichi Ishii, espera que a Mitsubishi Motors recompre os carros afetadas, de acordo com notícias Kyodo. A agência de notícias Jiji disse que o ministro de Negócios internos do país, Sanae Takaichi, comentou que os compradores dos referidos carros não terão que pagar os subsídios do governo japonês para quaisquer veículos Mitsubishi saiam do suporte de subsídios de economia de combustível.

Os preços do petróleo avançaram durante horário asiáticos após queda no horário americano devido preocupações renovadas com excesso de oferta. A Reuters informou que a empresa de inteligência de mercado Genscape espera um acúmulo de mais de 840.000 barris de petróleo bruto nos estoques dos EUA, em Cushing, Oklahoma, nos quatro dias até 19 de Abril. No início desta semana, os preços do petróleo haviam caído após os maiores produtores de petróleo do mundo não chegarem a um acordo para congelar a produção em Doha, no Qatar.

Na Austrália, Oil Search subiu 0,72% e Santos recuou 0,22%, interrompendo uma sequência de 3 dias de alta, após a empresa divulgar o seu primeiro relatório de produção trimestral, mostrando um aumento de 11% no ano, mas a receita de vendas aumentou apenas 1% no mesmo período. As ações subiram 10,8% na semana. No Japão, Inpex subiu 1,91% e Japan Petroleum subiu 0,94% e na China continental, Sinopec avançou 0,44%.

EUROPA: As bolsas europeias registram perdas na abertura das negociações de sexta-feira, com perdas acentuadas no setor automotivo e recursos básicos, juntamente com uma série de balanços mistos. O pan europeu STOXX 600 é negociado em baixa de 0,3%, com a maioria dos setores no vermelho.

A atividade do setor privado cresceu em abril na França. O seu índice PMI subiu para 50.5  e na Alemanha, o crescimento do setor privado desacelerou para 53,8 em abril, ante 54,0 de março. Na zona euro em geral, a atividade não conseguiu mostrar sinais de recuperação, com o PMI composto da região ficar em 53,0, ante 53,1 de março, de acordo com a Markit. No geral, a pesquisa sugere que a recuperação econômica da zona do euro ainda é muito lento para gerar pressão ascendente sobre a inflação. Analistas acreditam que o BCE precisará de fazer "mais" para impulsionar o crescimento econômico e a inflação na região.

No setor automotivo, Daimler cai mais de 6,5%, depois que a montadora anunciou que estaria conduzindo uma investigação sobre o seu processo de testes de emissões, a pedido do Departamento de Justiça dos EUA. Suas ações também caem após anunciar que seu lucro líquido caiu no primeiro trimestre. Volkswagen cai 3%, apesar de anunciar que havia chegado a um acordo nos processos judiciais nos EUA na quinta-feira. A Reuters, citando fontes, relatou que a VW estava disposto a pagar entre 16-17 mil milhões de euros, ante 6,7 mil milhões de euros iniciais para resolver o escândalo emissões de poluentes. A Porsche, que também faz parte do grupo VW cai 2,5%. Enquanto isso, a Volvo salta mais de 4%, depois que a empresa registrou uma queda menor do que o esperado no lucro do primeiro trimestre e disse esperar que uma demanda mais forte na Europa, de acordo com a Reuters.

No Reino Unido, o FTSE 100 cai pelo segundo dia consecutivo, apagando seu ganho semanal e segue para um fechamento semanal em queda. Ações de mineradoras recuam, depois de alguns dias voláteis nos mercados de metais, onde os preços sofreram grandes oscilações. A maioria dos metais subiram na sexta-feira, após declínios na quinta-feira. As ações da Rio Tinto caem 3,04%, a Glencore perde 2,93% e Anglo American recua 3,39%. Ações da Standard Chartered caem 0,49% após Grupo DBS Holdings dizer que não está interessado em adquirir toda ou parte do banco com base no Reino Unido.

AGENDA DO INVESTIDOR:
EUA:
9h45 - Flash Manufacturing PMI (estimativa referente ao nível de atividade industrial nos Estados Unidos)

ÍNDICES MUNDIAIS -  8h00:

ÁSIA
Nikkei: +1,20%
Austrália: -0,69%
Xangai Composite: +0,23%
Hong Kong: -0,72%

EUROPA
Frankfurt - Dax: -0,37%
London - FTSE: -0,90%
Paris CAC 40: -0,27%
Madrid IBEX: +0,14%
FTSE MIB: -0,26%

COMMODITIES
BRENT: +0,02%
WTI: +0,16%
OURO: -0,14%
COBRE: +0,64%
SOJA: -2,29%
ALGODÃO:-1,72%
MILHO: -1,22%

ÍNDICES FUTUROS
Dow: +0,09%
SP500: +0,18%
NASDAQ: -0,02%

OBSERVAÇÃO: Este material é um trabalho voluntário, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado e a europeia no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário da disponibilização dos dados.

Nenhum comentário:

Postar um comentário