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RESENHA DA BOLSA - QUARTA-FEIRA 14/12/2016


ÁSIA: Investidores asiáticos optaram pela cautela, evitando grades exposições para não serem pegos por algum tipo de surpresa como uma possível inanição por parte do Fed. Todos esperam pela decisão de hoje que pode ser a primeira alta da taxa de juros pelo Federal Reserve em um ano e o segundo aumento em uma década, o que pode inaugurar uma nova era de aumento de inflação e pesados gastos por parte do governo do presidente eleito Donald Trump. O mercado trabalha com uma probabilidade de 95,4% de uma aumento da taxa pelo Fed. Analistas acreditam na possibilidade de duas altas no próximo ano, mas se essa expectativa mudar, isso pode impactar na alocação de ativos ao redor do mundo.

O Nikkei do Japão fechou praticamente estável, em 19.253,61 pontos. O Banco do Japão divulgou a sua pesquisa Tankan trimestral, que mostrou o melhor sentimento entre os grandes fabricantes no quarto trimestre, com uma leitura de 10, ante 6 do trimestre anterior, mas deverá cair para 8 ao longo dos próximos três meses. O Tankan também mostrou que as empresas estão cautelosos com seus planos de capex. A eleição de Trump tem sido uma bênção para os fabricantes do Japão. O iene caiu mais de 10% em relação ao dólar para cerca de ¥ 115 com expectativas das políticas econômicas de Trump. A desvalorização do iene torna as exportações japonesas mais competitivas em dólares americanos. Por outro lado, a recuperação do índice Tankan do Banco do Japão pode ser susceptível para dar ao banco central uma desculpa para se abster de uma nova rodada de flexibilização adicional, pois o banco central tende a prestar atenção considerável aos planos de gastos de capital das empresas.

O Shanghai Composite fechou em queda de 0,45%. Mercados chineses tem estado recentemente sob pressão devido à nova regulamentação de investimento em ações por parte de seguradoras chinesas, além do sentimento negativo decorrente dos comentários de Trump sobre a política de "uma só China". Em Hong Kong, o índice Hang Seng foi beneficiado pela alta dos stocks de energia. China Petroleum & Chemical, também conhecida como Sinopec, subiu 3,38% após Bloomberg informar que a mesma planeja levantar até US $ 10 bilhões, em uma oferta pública inicial de seu negócio com posto de gasolina e lojas de conveniência. PetroChina subiu 4,51% com a notícia de que a Sinopec concordou em vender uma participação de 50% do gasoduto em Sichuan, na China Oriental por 22,8 bilhões de yuans (US $ 3,3 bilhões). As ações subiram 9% nos últimos dois dias. O negócio da Sinopec é positivo para a rival PetroChina, pois acredita-se que a última empresa também pretende vender sua rede de gasodutos nos próximos dois anos.

Na Austrália, o ASX terminou 0,71% maior, impulsionado por ganhos em todos os subíndices, exceto para materiais, que caiu 0,19% e energia, que caiu 0,07%. BHP Billiton fechou em baixa de 1,2% e Rio Tinto caiu 0,3%.Na Coreia do Sul, o Kospi fechou em alta de 0,04% após oscilar entre ganhos e perdas.

Os preços do petróleo caíram mais de 1% no comércio asiático, após dados da American Petroleum Institute mostrar um aumentos surpresa nos estoques do petróleo nos EUA. Mercados de divisas tiveram poucas mudanças antes do anúncio do FOMC nesta quarta-feira, com o dólar enfraquecendo contra uma cesta de moedas, sendo negociado a 100,92. O iene foi negociado a 115,13 contra o dólar, enquanto o dólar australiano estava em US $ 0,749. O ouro spot, geralmente visto como um ativo porto seguro, subiu 0,35%, para US $ 1,162.36 a onça.





EUROPA: Os mercados da Europa recuam na manha desta quarta-feira, com os investidores focados na decisão de taxa futura pelo Federal Reserve. O pan-europeu Euro Stoxx 600 começou o dia com baixa de 0,32%, com a maioria dos setores e as principais bolsas no vermelho. Stocks de saúde seguem em queda de 0,73% depois da notícia de que a Johnson & Johnson´s fez uma oferta para adquirir a empresa suíça Actelion. Ações desta última caem mais de 6%, no entanto, a francesa Sanofi também declarou estar em negociações para comprar a Actelion.

No Reino Unido, o FTSE 100 cai, recuando após alta de quase seis semanas de alta. O benchmark subiu 1,1% na terça-feira, o melhor fechamento desde 28 de outubro. Os investidores olham para uma atualização sobre as condições britânicas do mercado de trabalho e a possibilidade de que o Federal Reserve irá elevar as taxas de juros em sua última reunião de política do ano.

O número de pessoas trabalhando no Reino Unido caiu pela primeira vez em mais de um ano no terceiro trimestre, um dos vários sinais de que o mercado de trabalho pode estar esfriando após a votação de junho para sair da União Europeia. O nível de emprego do Reino Unido no período de agosto a outubro caiu 6.000 pessoas, ou 0,1 ponto percentual no trimestre, enquanto o número de pessoas que não estão à procura de trabalho aumentou em 76.000, a maior queda trimestral desde meados de 2014. O número de pessoas desempregadas que solicitaram benefícios em novembro subiu para 2.400, enquanto a projeção no mês anterior foi revisado para cima de forma significativa, para 13.300, no entanto, a taxa de desemprego, manteve-se inalterada nos três meses até outubro, situando-se em 4,8%, seu nível mais baixo em mais de uma década."Analistas consultados pelo The Wall Street Journal esperavam que o mercado de trabalho enfraquecido teria aumentando a taxa de desemprego em 0,1 ponto percentual. Os salários nesse período cresceu 2,6%, em linha com as expectativas.

Ações de bancos listados em Londres operam em queda, com o Barclays caindo 1,3% e Royal Bank of Scotland recuando 0,23%. Entre as mineradoras, Antofagasta cai 2,6%, BHP Billiton recua 0,3%, Glencore perde 1,0% e Rio Tinto cai 0,7%. Anglo American segue em direção oposta e sobe 0,3%.




AGENDA DO INVESTIDOR:
EUA:
11h30 - Retail Sales (mede as vendas totais do mercado varejista, desconsiderando o setor de serviços) e o Core Retail Sales (exclui as vendas de automóveis e gás);​
11h30 - Producer Price Index - PPI (mede o preço cobrado pelos produtores) e também o Core PPI (exceção aos preços de alimentação);​
​12h15 - Industrial Production (produção industrial) e pelo Capacity Utilization Rate (capacidade utilizada);​
13h00 - Business Inventories (relatório sobre as vendas e os estoques do setor atacadista);​
13h30 - Crude Oil Inventories (Relatório de Estoques de Petróleo dos Estados Unidos);
17h00 - FOMC Economic Projections (previsões de crescimento do PIB);
17h00 - Federal Funds Rate (Decisão da Taxa de Juros);
17h00 - FOMC Statement (Declaração do FOMC);
17h30 - FOMC Press Conference (Discurso da Presidente do FED Janet Yellen).




ÍNDICES FUTUROS - 8h30:
Dow: -0,06%
SP500:-0,03%
NASDAQ: +0,03%

OBSERVAÇÃO: Este material é um trabalho voluntário, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado e a europeia no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário de disponibilização dos dados.

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