Veja Também

Veja Também
RESENHA DA BOLSA - SEGUNDA-FEIRA 27/03/2017


ÁSIA: As principais bolsas asiáticas fecharam em baixa diante das crescentes dúvidas sobre a capacidade do presidente dos EUA, Donald Trump, de aprovar reformas legislativas depois que os próprios líderes republicanos retiraram um projeto de lei de reforma do sistema de saúde dos Estados Unidos. O índice do dólar enfraqueceu abaixo de 100, para cerca de 99.295 contra uma cesta de moedas, em uma baixa de quase dois meses, enquanto o ouro, visto como um recurso de segurança, foi negociado em uma alta de vários meses, em $ 1.258.35 a onça.

O índice de referência japonês Nikkei atingiu níveis mais baixos desde o início de fevereiro durante o intraday, mas reduziu suas para fechar em queda de 1,44%, em 18.985,59 pontos. O dólar caiu 0.90% em relação ao iene, atingindo uma nova mínima de quatro meses, negociado em torno de ¥ 110,23, com o aumento do sentimento por risco, levando a uma corrida para ativos de segurança como o iene. Papeis de infraestrutura, que recentemente subiram apoiados nos planos de um aumento de gastos em infraestrutura do governo Trump lideraram as perdas nesta segunda-feira.  Ações do setor financeiro também sofreram perdas semelhantes à medida que os rendimentos dos títulos de nota do Tesouro de 10 anos dos EUA recuaram para 2,36% no horário do pregão asiático, abaixo de 2,4% atingidos na sexta-feira passada.

O ASX 200 da Austrália fechou 0,12% menor em 5.746,69, pesado por seu subíndice de materiais, que caiu 1,52%. A mineradora australiana South 32 disse que recompraria US $ 500 milhões de suas próprias ações. As ações recuaram 1,84%. BHP Billiton caiu 2,74%, após a greve da mina de cobre Escondida no Chile deixar uma perda de cerca de US $ 1 bilhão para mineradora australiana. Fortescue caiu 3% e Rio Tinto recuou 1,7%.

Na Coréia do Sul, o Kospi terminou com 0,61% menor depois que os promotores sul coreanos prometeram um mandato de detenção para a ex-presidente Park Geun-hye, acusada de aceitar subornos de grandes empresas.

O Shanghai Composite fechou em baixa de 0,08% e o Shenzhen Composite terminou em baixa de 0,36%. O índice Hang Seng de Hong Kong caiu 0,68%. No domingo, uma autoridade do governo de Pequim, Carrie Lam, foi eleita para ser a próxima presidente-executiva de Hong Kong, escolhida em uma eleição composta por um comitê eleitoral especial de 1.194 pessoas. A maioria dos 7,3 milhões de pessoas não tiveram a oportunidade de votar.

EUROPA: Os mercados europeus recuam na manhã de segunda-feira, com investidores adotando um tom cauteloso após Donald Trump não conseguir implementar a reforma sobre cuidados à saúde nos EUA. Os índices em todo mundo foram inflados com as várias promessas de Trump e o fracasso do "Trumpcare" pesa sobre os mesmos.

O pan europeu Stoxx 600 recua 0,63%, configurando a maior queda diária desde 24 de fevereiro, com todos os setores e principais bolsas em território negativo. Na sexta-feira, o benchmark pan-europeu caiu 0,2% e fechou a semana em baixa de 0,5%, já que ficou claro que o presidente dos EUA, Donald Trump, estava tendo dificuldades para obter aprovação do seu substitutivo para sua revogação do "Obamacare".

O setor de recursos básicos lidera as perdas, caindo em mais de 1,27%, arrastado por uma baixa nos preços dos metais após revés de Trump. Em contraste, as produtoras de metais preciosos se beneficiam, com investidores correndo para ativos de refúgio seguro. Randgold e Fresnillo sobem mais de 2% em Londres. Setor bancário recua mais de 1,2% na segunda-feira, com investidores duvidando da capacidade de Trump aprovar sua agenda econômica no devido tempo. As ações do banco suíço UBS caem quase 2%.


No Reino Unido, o FTSE 100 cai pela segunda sessão consecutiva na segunda-feira, impulsionada pela queda dos estoques de recursos e dos bancos, configurando-o a caminho de seu menor fechamento desde 28 de fevereiro. O declínio segue a tendência da semana passada, quando o índice londrino registrou sua maior perda semanal desde janeiro.

Os bancos, em particular, que se fortaleceram inspirados nas promessas de Trump, com investidores apostando em inflação mais alta nos EUA, taxas de juros crescentes e crescimento econômico mais forte, sofrem revés. A medida que o "rally Trump" vai se esgotando, o setor financeiro vai enfraquecendo. Empresas de energia e mineração também recuam, seguindo as quedas dos preços do petróleo e metais. O petróleo cai  com o aumento das plataformas americanas superando as promessas da OPEP de estender seus cortes na produção.
As gigantes do petróleo BP e Royal Dutch Shell  recuam 0,79 e 0,55%, respectivamente. As perdas entre as mineradoras são mais pesadas. Glencore despenca 3,7%, Antofagasta  e Anglo American perdem 2,8% cada, enquanto as gigantes BHP Billiton e Rio Tinto  recuam 3,2 e 1,9%, respectivamente.

Entre os dados econômicos, o índice Ifo sobre sentimento empresarial da Alemanha em março subiu para o maior nível em quase seis ano, para 112,3 pontos, contra 111,1 pontos no mês anterior, por outro lado, o Banco Central Europeu organizará a sua conferência de imprensa anual sobre supervisão bancária.
Ainda na Alemanha, a chanceler Angela Merkel recebeu um impulso no domingo, quando seu partido conservador ganhou uma eleição regional no estado de Saarland, no oeste do país. Os democratas-cristãos de Merkel (CDU) reforçaram sua posição como o maior partido do estado, apesar da recente pressão e fortalecimento do líder do partido social-democratas (SPD), Martin Schulz.
Enquanto isso, na Rússia, a polícia prendeu centenas de manifestantes no domingo, incluindo o líder da oposição, Alexei Navalny, após milhares de pessoas saíram às ruas para manifestar contra a corrupção e pedir a demissão do primeiro-ministro Dmitry Medvedev.
EUA: Os futuros americanos apontaram para perdas acentuadas na abertura desta segunda-feira, com investidores reavaliando a ambiciosa agenda pró-crescimento do presidente Donald Trump depois de falhar em aprovar uma lei sobre a saúde na semana passada. Segundo analistas, os mercados financeiros parecem cada vez mais céticos de que Trump será capaz de cumprir as muitas promessas que alimentaram o S & P 500 a atingir uma alta  em torno de 2.400 pontos no início de março.

Não há dados econômicos para ser divulgados nesta segunda-feira, mas algumas autoridades do Federal Reserve estão na agenda. O presidente do Fed de Chicago, Charles Evans, deve apresentar um discurso sobre a economia em Madrid, Espanha, enquanto o presidente do Fed da Dallas, Rob Kaplan, deve discutir as condições econômicas e o papel da política monetária na Universidade de Texas.

AGENDA DO INVESTIDOR:
EUA: 
14h15 - Discurso de Charles Evans, Presidente do Fed de Chicago​;
19h30 - Discurso de Robert Kaplan, presidente do Fed de Dallas;​

ÍNDICES FUTUROS - 7h30:
Dow: -0,69%
SP500: -0,86%
NASDAQ: -0,80%

OBSERVAÇÃO: Este material é um trabalho voluntário, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado e a europeia no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário de disponibilização dos dados.

Nenhum comentário:

Postar um comentário