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RESENHA DA BOLSA - QUINTA-FEIRA 27/04/2017

ÁSIA: Os mercados da Ásia fecharam majoritariamente em alta nesta quinta-feira, apesar do recuo em Wall Street onde investidores ficaram frustrados com a falta de detalhes do plano de reforma tributária do presidente dos EUA, Donald Trump e cautelosos antes do Banco do Japão fazer sua declaração de política monetária.

O Nikkei do Japão fechou em queda de 0,19%, apesar de um iene mais fraco. O dólar fechou a ¥ 111.250, após negociar em ¥ 110.914 durante a sessão dos EUA. Como esperado, o Banco do Japão manteve inalteradas as taxas e o ritmo de compra de ativos, destacando uma visão mais otimista sobre a economia frente ao mês passado, sinalizando sua confiança de que uma demanda maior no exterior ajudará a sustentar a recuperação impulsionada pelas exportações, mas o banco central cortou ligeiramente sua previsão de inflação para este ano fiscal em uma revisão trimestral de suas projeções, sugerindo que manterá seu estímulo monetário maciço a tempo de conseguir seu objetivo ambicioso de 2%.

O australiano ASX 200 subiu 0,16% para fechar em 5.921,5 pontos. A compra nos grandes bancos ajudou a ASX a superar as oscilações iniciais com a decepção em relação à falta de detalhes sobre os cortes de impostos dos EUA anunciados pela administração americana. Analistas dizem que os mercados precisarão de alguns dias para digerir o impacto do anúncio. O setor de mineração recuou. BHP Billiton perdeu 1%, Rio Tinto caiu 1,3%, enquando Fortescue fechou em baixa de 2,8%. Newcrest Mining caiu 1,8% apesar da maioria dos produtores de ouro desfrutar de um dia de alta. O maior produtor de ouro da Austrália disse ao mercado que a mineração subterrânea na sua mina Cadia havia sido interrompida após um terremoto. Stocks de energia australianos recuaram drasticamente depois que o governo disse que iria restringir as exportações de gás a menos que as necessidades domésticas fossem atendidas. Origin Energy caiu 3,6%, Santos despencou 5,5% e AGL Energy fechou 1,3% menor.

Na Coreia do Sul, o Kospi reverteu as perdas iniciais e fechar em alta de 0,07%, com as principais empresas reportando ganhos. A Coreia do Sul estimou que o PIB do primeiro trimestre cresceu 0,9% em relação ao trimestre anterior devido melhorias nas exportações e nos investimentos.

Na China continental, as bolsas fecharam em alta depois de uma sessão errática. O Shanghai Composite subiu 0,37% depois de cair em torno de 1,3% no início do dia, enquanto o Shenzhen Composite ganhou 0,54%. Antes havia caído 1,77% na parte da manhã. O clima foi semelhante em Hong Kong, onde o índice Hang Seng subiu 0,49%. Mais tarde, a China  comunicou que registrou um déficit comercial de US $ 22,1 bilhões em março, ampliando o déficit de US $ 17,6 bilhões em fevereiro. A balança comercial da China registrou superávit de US $ 30,5 bilhões no mês passado, revertendo o déficit de US $ 4,8 bilhões em fevereiro.

O  dólar americano enfraqueceu ante uma cesta de moedas, sendo negociado em 98,927. O  dólar canadense e o peso mexicano recuperaram após Trump confirmar com o primeiro ministro canadense Justin Trudeau que não sairia do NAFTA, acordo de livre comércio da América. O dólar australiano subiu pela primeira vez depois de cair por 3 sessões consecutivas contra o greenback.

No setor energético, os futuros do petróleo foram negociados em baixa durante o horário asiático.

EUROPA: As bolsas europeias operam em queda nesta quinta-feira, a primeira em sete sessões, com investidores frustrados com a falta de detalhes da reforma tributária de Trump e aguardam uma atualização de política monetária do Banco Central Europeu. O Stoxx Europe 600 cai 0,36% após subir 0,5% na quarta-feira, quando terminou no nível mais alto desde agosto de 2015.

O presidente do BCE, Mario Draghi, deve anunciar a mais recente decisão de política monetária do BCE. Analistas não preveem quaisquer mudanças na política.

Os ganhos corporativos também tem um grande foco nesta quinta-feira. Deutsche Bank cai 3% após do lucro dobrar no primeiro trimestre, mas a receita ficou abaixo do esperado no primeiro trimestre, impulsionada principalmente pelo impacto negativo dos spreads de crédito. O banco espanhol BBVA superou as expectativas ao anunciar um aumento do lucro líquido de 1,2 bilhões de euros (US $ 1,31 bilhão) em comparação com 709 milhões do ano anterior, porém as ações do banco cai 1,1% no início do pregão.

O banco nórdico Nordea sobe 1,3% após registrar lucro operacional de 1,1 bilhão de euros no primeiro trimestre, em linha com as expectativas do mercado e acrescentou que espera mudar a sua sede da Suécia.

A companhia aérea alemã Lufthansa cai 1,6%, mesmo após anunciar lucros ante juros e impostos de 25 milhões de euros (US $ 27 milhões) em comparação com uma perda de 53 milhões no ano passado. Esta foi a primeira vez que a companhia aérea registrou lucro no primeiro trimestre do ano desde 2008.

No Reino Unido, o FTSE 100 cai pela primeira vez em quatro sessões. O FTSE 100 subiu 0,2% na quarta-feira. Os mercados de ações em todo o mundo atingiram recordes nos últimos meses, em parte, devido antecipação do projeto de revisão de impostos corporativos e uma regulação mais flexível no setor financeiro sob a administração Trump. Os investidores vigiam a libra, que brevemente foi negociada acima de US $ 1,29 pela primeira vez em uma semana, devido recuo do dólar. Uma libra mais forte pode pesar sobre o lucro e vendas feitas no exterior por empresas multinacionais listadas no FTSE 100.

O setor de recursos básicos recua, impactado pela queda dos preços das commodities. Os futuros de minério de ferro chineses caíram pela terceira vez em quatro sessões. Anglo American cai 1,1%, Antofagasta cai 1,4%, Glencore recua 2%. Entre as gigantes, BHP Billiton cai 1,1% e Rio Tinto perde 1,4%.

EUA: Futuros dos EUA apresentam pequenos ganhos depois de uma sessão agitada na quarta-feira, quando os mercados fecharam ligeiramente em queda, com investidores digerindo a proposta fiscal da administração do presidente Donald Trump. O Nasdaq Composite Index terminou com queda de 0,27 pontos, mas ficou acima do nível de 6.000 pontos registrados na terça-feira. Os investidores também se prepararam para outra série de relatórios de ganhos. A Ford Motor, Dow Chemical e a Comcast estão entre as empresas que informarão seus resultados antes do sinal de abertura.

Analistas disseram que o plano tributário de Trump era pobre em detalhes e não conseguiu responder como os cortes de impostos seriam financiados. Uma das principais propostas é a redução da alíquota do imposto de renda das pessoas jurídicas de 35% para 15%, com o objetivo de tornar as empresas dos EUA mais competitivas internacionalmente. Em resumo, muita conversa e grandes números, mas sem muito detalhes; Trump sabe como gastar e quanto gastar, mas não tem certeza sobre como financiar. Nenhuma autoridade do Federal Reserve está alinhado para falar.

AGENDA DO INVESTIDOR:
EUA:
9h30 - Durable Goods Orders e Core Durable Goods Orders (números mensais de pedidos de bens duráveis para a indústria nos Estados Unidos, além de destacar o indicador se excluídos as encomendas no setor de transportes);
9h30 - Unemployment Claims (número de pedidos de auxílio-desemprego);
9h30 - Goods Trade Balance (diferença entre exportação menos importação de bens);​
9h30 - Prelim Wholesale Inventories (dados preliminares de vendas e estoques no atacado americano);
11h00 - Pending Home Sales de dezembro (mede a venda de casas existentes nos EUA com contrato assinado, mas ainda sem transação efetiva);

ÍNDICES FUTUROS - 7h15:
Dow: +0,05%
SP500: -0,02%
NASDAQ: +0,04%

OBSERVAÇÃO: Este  material é um trabalho voluntário, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado e a europeia no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário de disponibilização dos dados.

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