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RESENHA DA BOLSA - SEXTA-FEIRA 29/07/2016

ÁSIA: O Banco do Japão decepcionou nesta sexta-feira e levou as bolsas da Ásia de uma maneira geral ladeira abaixo, mas o Nikkei Stock Average tiveram suas perdas limitadas. O benchmark japonês fechou em alta de 0,56% após cair 1,7% minutos depois do BOJ decepcionar com a magnitude de sua flexibilização, anunciando planos de quase dobrar as compras de ações de fundos, a um ritmo anual de 6 trilhões de ienes (US $ 56,7 bilhões), ante 3,3 trilhões de ienes, mas deixou outras políticas inalteradas. O presidente Haruhiko Kuroda prometeu avaliar as suas medidas de flexibilização na próxima reunião.

Segundo analistas, o aumento das compras de fundos negociados em bolsa será positivo para o mercado, apesar do próprio BOJ ver suas próprias expectativas de que a economia do país vai crescer 1% neste ano, porém mais lento do que as estimativas anteriores de 1,2%. O iene fortaleceu contra seus rivais imediatamente após a decisão BOJ, com o dólar chegando a tocar ¥ 102,70, seu nível mais baixo desde 12 de julho, ante ¥ 104,64 antes da decisão, enquanto isso, os títulos do governo japonês foram negociadas em forte baixa, com JGB de 10 anos caindo para -0,210% ante -0,275% da quinta-feira, em resposta à decisão do BOJ de aliviar via aumento das compras de ETF.

Entre a enxurrada de dados japoneses de junho lançados antes da abertura dos mercados no Japão, o índice de preços ao consumidor (CPI) caiu 0,4% em termos homólogos, enquanto que o núcleo CPI, que exclui alimentos frescos, caiu 0,5% em termos homólogos. Os gastos das famílias caíram 2,2% em termos homólogos, um declínio relativamente acentuado em comparação com uma pesquisa da Reuters que havia previsto uma queda de 0,3%. A taxa de desemprego ajustada sazonalmente foi de 3,1%, uma queda de 0,1% em relação ao mês anterior. Entre os dados do Ministério da Economia, Comércio e Indústria (METI) do Japão, a produção industrial aumentou 1,9%, o que sugere um aumento na demanda.

Antes do anúncio do BOJ, a Reuters informou que as negociações de futuros de títulos do governo japonês foram interrompidas por 20 minutos provavelmente devido a uma falha de sistema e que o Japan Exchange ainda estava estudando os possíveis motivos. As negociações foram retomadas posteriormente.

Na Coreia do Sul, a produção industrial em junho caiu 0,2% em sua base ajustada sazonal mensal, ante expectativa de um aumento de 0,2% em uma pesquisa da Reuters e numa base anual, a produção industrial subiu 0,8% em junho, depois de um ganho de 4,7% em maio. O Kospi fechou em baixa de 0,24%.

O ASX 200 da Austrália registrou um ligeiro ganho de 0,1%, em 5,562.35 pontos. O índice de referência encerrou a semana com alta de 1,2%, aguardando o início de sua tradicional temporada de balanços das empresas na próxima semana. O setor de materiais avançou, graças à força do ouro e do minério de ferro, que desfrutaram de uma semana forte. Nesta sexta-feira, BHP Billiton e Rio Tinto recuaram 2,2% cada, enquanto Fortescue recuou 4,2%, para fechar a semana em US $ 4,43, depois de abrir a US $ 4,05 na segunda-feira. As ações da FMG já subiram 140% desde o início do ano.

O setor da energia registrou uma queda de 4,2% na semana, ponderada pela queda dos preços do petróleo, que entrou em bear market. Origin Energy caiu 8,2% nas últimas cinco sessões.

Em Hong Kong, o índice Hang Seng caiu 1,28% e na China continental, o Shanghai Composite caiu 0,5%, em 2,979.37 pontos, enquanto o Shenzhen Composite recuou 0,48%.

EUROPA: As bolsas europeias sobem, com o setor bancário se saindo bem antes da divulgação dos resultados dos testes de stress do Banco Central Europeu. Os testes tem por objetivo revelar quais os bancos podem precisar de mais capital para enfrentar uma potencial nova crise econômica.

O Stoxx Europe 600 sobe 0,38%, caminhando para um aumento semanal de 0,2% e segue para fechar julho com alta de 3,4%, o que será seu maior ganho mensal desde os 8% de ganho em Outubro de 2015. Destaque para ações dos bancos italianos e espanhóis. O italiano Banca Monte dei Paschi di Siena sobe 6,90% após o banco em apuros dizer que recebeu proposta alternativa do banco suíço UBS. Em Madri, as ações do Banco Bilbao Vizcaya Argentaria sobe 4,01% após dizer que o lucro no segundo trimestre foi menor do que havia sido previsto pelos analistas. O banco suíço UBS superou as expectativas com um lucro líquido de 1,03 bilhões de francos suíços (US $ 1,05 bilhões), superior àos 680 milhões de francos suíços previstos por analistas no segundo trimestre e suas ações sobem. Em Londres, Barclays reportou uma queda de 21% no lucro ante impostos no primeiro semestre. As ações no entanto sobem.

No Reino Unido, o FTSE 100 opera em baixa, após oscilar entre ganhos e perdas, mas o índice ainda segue a caminho para um ganho mensal de 3,5%, o que marcaria o segundo aumento mensal consecutivo. A confiança dos consumidores do Reino Unido parece ter tomado uma choque em julho após o Brexit. A pesquisa de mercado GfK informou que seu indicador de confiança de consumidores caiu 11 pontos entre junho e julho, a maior queda mensal desde 1990.

Após subirem bem durante a semana, as mineradoras listadas na LSE recuam. Anglo American cai 1,3%, Antofagasta perde 0,6%, BHP Billiton recua 1,2% e Rio Tinto registra baixa de 1,0%.

Frente aos dados, o PIB da zona do euro subiu 0,3% trimestre a trimestre (em comparação com uma expansão de 0,6% visto no primeiro trimestre de 2016), enquanto o desemprego permaneceu inalterado em 10,1% em junho. A inflação em julho também aumentou ligeiramente, chegando a 0,2% ano-a-ano.

EUA: Futuros de ações dos EUA recua nesta sexta-feira, decepcionados com a decisão do Banco do Japão e com os investidores aguardando com cautela dados econômicos dos Estados Unidos e outra rodada de balanços relacionados com o segundo trimestre. O foco também fica com a primeira estimativa PIB do segundo trimestre. Economistas consultados esperam uma leitura de crescimento de 2,6% durante o trimestre, um aumento de 1,1% frente os primeiros três meses do ano.

AGENDA DO INVESTIDOR:
EUA:
9h30 - Advance GDP  (PIB dos EUA);
9h30 - Advance GDP Price Index (Índice de Preços do PIB);
9h30 - Employment Cost Index do primeiro trimestre (mede o custo da mão-de-obra e é muito utilizado pelo mercado como medida de inflação);
10h45 - Chicago PMI de agosto (mede o nível de atividade industrial na região);
11h00 - Revised UoM Consumer Sentiment (mede a confiança dos consumidores na economia norte-americana);
11h00 - Revised UoM Inflation Expectations (mede a porcentagem que os consumidores esperam do preço dos bens e serviços nos próximos 12 meses);

OBSERVAÇÃO: Este material é um trabalho voluntário, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado e a europeia no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário da disponibilização dos dados.

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