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RESENHA DA BOLSA - QUARTA-FEIRA 23/01/2019

ÁSIA: A maioria dos principais mercados de ações da Ásia terminaram em ligeira queda na sessão de quarta-feira, em meio à preocupações com o atual estado das negociações comerciais entre EUA e China, depois que surgiram relatos de que a Casa Branca cancelou uma reunião com Pequim nesta semana.

Os mercados da China continental, observados de perto em relação à guerra comercial entre Pequim e Washington, perderam força. O composto de Xangai registrou ganho de 0,05%, enquanto o índice Hang Seng de Hong Kong subiu 0,01%.

Autoridades do Ministério das Finanças da China disseram na quarta-feira que Pequim aumentará os gastos fiscais em 2019 para fortalecer a economia do país. A China já anunciou corte de cerca de 1,3 trilhão de yuans de em impostos e taxas em 2018, em uma tentativa de conter a desaceleração do crescimento econômico do país, enquanto o país se envolveu em uma briga comercial com Washington.

O Nikkei do Japão caiu 0,14%, enquanto o índice Topix recuou 0,60%. As ações da fornecedora da Apple, Japan Display, dispararam 18,75% depois de relatos de que a empresa está buscando ajuda de um grupo de investidores após as vendas decepcionantes do iPhone XR. A montadora japonesa Subaru viu suas ações caírem 3,44% depois que anunciou interrupção na produção de automóveis no Japão devido a uma peça defeituosa.

O banco central do Japão manteve as taxas de juros estáveis, como esperado e manteve as taxas de juros extremamente baixas por um período prolongado. As exportações japonesas caíram 3,8% em relação ao ano anterior, sua maior queda em dois anos. Também registrou seu primeiro déficit comercial no ano desde 2015. As importações subiram 1,9% em dezembro, abaixo da estimativa de mercado de um aumento de 3,7% e muito abaixo do aumento de 12,5% em novembro. As exportações japonesas mais fracas sugerem que uma desaceleração na China, a segunda maior economia do mundo, está começando a ter um impacto sobre as empresas de outros países que dependem dela para negócios.

Na Austrália, o ASX 200 caiu 0,26%. O setor de energia declinou em 1,53%, seguindo a queda de terça-feira nos preços do petróleo. Santos recuou 1,5%, a Oil Search recuou 1,1% e a Woodside Petroleum recuou 1,4%. Entre as mineradoras, BHP e Rio Tinto recuaram 0,7%, enquanto Fortescue Metals fechou em alta de 0,2%.

O Kospi da Coreia do Sul subiu 0,47%.

EUROPA: Os mercados acionários europeus abriram em queda. Espera-se que as negociações sejam cautelosas na Europa nesta quarta-feira, em meio à incerteza sobre as negociações comerciais entre as maiores economias do mundo, EUA e China, depois que surgiram relatos de que a Casa Branca cancelou uma reunião comercial com Pequim.

O pan-europeu Stoxx 600 recua 0,3%. O FTSE de Londres cai 0,64%, o DAX alemão caiu 0,43% e o CAC francês recua 0,22%. Todos os setores, exceto varejo, negociaram em território negativo. O setor de tecnologia lidera a baixa no pan-índice, com uma queda de quase 1,5%.

O setor bancário também sofre prejuízos, depois que o britânico Metro Bank alertou que seu crescimento atenuou no último trimestre. As ações do banco despencam mais de 20%. Enquanto isso, as ações do Deutsche Bank caem mais de 1% após um relatório da Bloomberg afirmar que a Reserva Federal dos EUA está investigando o papel do credor alemão em um esquema de lavagem de dinheiro do Danske Bank. 

As mineradoras listadas em Londres tem um dia de baixa. Anglo American cai 0,9%, BHP perde 0,4% e Rio Tinto recua 0,9%. A Antofagasta disse que espera que 2019 seja um ano recorde para a empresa, depois de ter alcançado os principais objetivos de guidance de produção de cobre e ouro em 2018.

Enquanto isso, o Fórum Econômico Mundial (WEF) continua em Davos. Na terça-feira, o recém-eleito presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, discursou no fórum e prometeu transformar a maior economia da América Latina em um país mais favorável para investimento.

O Brexit continua a dominar as manchetes no Reino Unido. O ministro do Comércio britânico, Liam Fox, fará uma viagem de dois dias à Davos para se reunir com seus colegas de todo o mundo para discutir os acordos comerciais existentes na UE.

EUA: Os futuros do índice de ações dos Estados Unidos flutuaram antes da abertura de quarta-feira, prejudicada pela negociação negativa observada nos mercados globais.

Na terça-feira, o índice Dow Jones Industrial Average, DJIA, quebrou sua sequência de quatro dias de altas, com temores sobre o crescimento global. No início desta semana, o Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou que revisou suas estimativas para o crescimento global, projetando uma taxa de crescimento de 3,5% em todo o mundo em 2019 e 3,6% para o próximo ano. O fundo já tinha reduzido suas previsões em outubro, devido às tensões comerciais, mas as questões ainda permanecem enquanto a instituição fica de olho em outros tópicos cheios de incertezas, como o Brexit e os fracos dados econômicos da China.

A Casa Branca parece ter rejeitado uma reunião comercial com seus pares chineses nesta semana, de acordo com uma fonte familiarizada com a situação. Ao comentar as notícias, a Casa Branca disse na terça-feira que "as equipes permanecem em contato, preparando para negociações de alto nível com o vice-premiê Liu He no final de janeiro. O principal conselheiro econômico da Casa Branca, Larry Kudlow, refutou as alegações de que a reunião havia sido cancelada.  

Os investidores mantém seu foco nas políticas domésticas, já que a mais longa paralisação do governo continua a causar estragos e a gerar incertezas nos EUA.

Entre as empresas que divulgarão seus números trimestrais, incluem a Abbott Labs, Comcast, Procter & Gamble, Kimberly-Clark, Ford e F5 Networks.

Na agenda econômica, os pedidos de hipoteca devem ser divulgados às 10h00, seguidos pela pesquisa da atividade de manufatura do FED de Richmond às 13h00.

ÍNDICES FUTUROS - 7h30:
Dow: +0,20%
SP500: +0,15%
NASDAQ: +0,20%

OBSERVAÇÃO: Este  material é um trabalho voluntário, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado e a europeia no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário de disponibilização dos dados.

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